Jerusalém, a palavra tem o significado de habitação da paz. “Jerusalém, uma das mais antigas cidades do mundo, localiza-se no oeste do continente asiático, entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto, na extremidade de um planalto. Israelenses e palestinos disputam há décadas essa cidade, que é considerada sagrada para três grandes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo. Divide-se em uma porção oriental, que representa a parte leste, atualmente sob o domínio de Israel, mas reivindicada pelos palestinos como capital, e uma porção ocidental, que é a porção da cidade que permaneceu sob controle de Israel. . A cidade tem altitude de oitocentos metros acima do nível do mar. Foi em Jerusalém que Jesus fez muitos milagres, Morreu e ressuscitou.
Jerusalém é a cidade mais antiga do mundo, e conhecida por vários nomes, entre outros: Jebus, Sião, Ariel, Lareira de Deus, Cidade da Justiça, Cidade Santa, Cidade de Deus, Cidade do Grande Rei, Moriá, Cidade do Altíssimo, Cidade Eterna, Salém, cidade de Davi. A cidade de Davi era a fortaleza de Sião, a fortaleza da cidade de Jerusalém dos Jebuzeus. Belém chamava-se também a cidade de Davi.
Jerusalém é a principal cidade da Palestina, a cidade santa dos cristãos, dos Judeus e dos maometanos. Entretanto, enquanto Roma era o centro político e Atenas o centro intelectual, Jerusalém era o centro espiritual do mundo, a cidade da maior influência sobre a esperança e o destino da humanidade. A cidade foi escolha do único Deus verdadeiro e centro dos seus cultos, leis e revelações, com a missão de proclamá-lo a todo mundo. Tornou-se a capital política e religiosa de Israel.
Jerusalém segundo os exegetas foi habitada muitos séculos antes de Davi por homens pré-históricos. Era tradição de que Jerusalém era a cidade de Salém, por causa do reino de Melquisedeque, rei de Salém.
O primeiro registro da cidade de Jerusalém aparece nas inscrições em caracteres cuneiformes, descobertos em Tell-Amarna (Alto-Egito). No tempo desse registro o nome da cidade era Urusalem e seu rei era Abd Khiba. No tempo da conquista de Canaã, por Josué, o rei de Jerusalém era Adoni-Zedeque.
Cerca de 1.000 a.C. Davi foi constituído rei de todo Israel e expulsou de Jerusalém todos os Jebuseus. Davi, em Hebron reinou sobre Judá sete anos e em Jerusalém reinou por trinta e três anos, sobre todo Israel e Judá. Fez de Jerusalém capital do seu reino e o centro religioso do país.
Salomão, filho de Davi, é constituído rei. Davi dá orienta Salomão sobre a construção do templo e morre. Salomão alargou os muros da cidade e construiu o Templo com grande magnificência conforme instruções recebidas. Edificou também , um palácio real, de grande esplendor, grandeza e pompa. O templo foi erigido em uma região montanhosa, é tida como uma fortaleza natural É uma vista panorâmica, com exceção do lado que dá para o deserto e os montes de Moabe.
Depois de o reino dividir-se, Roboão , filho de Salomão, continuou a reinar em Jerusalém sobre duas tribos. No quinto ano do reinado de Roboão, a cidade foi sitiada por Sisaque , rei do Egito, que saqueou o templo e levou os tesouros consagrados a Deus. Roboão, foi o único rei que entregou Jerusalém sem combater.
No reinado de Jeorão , foi tomada novamente pelos filisteus e arábios. No tempo de Amazias o rei de Israel , Jeoás, rompeu uma grande parte do muro , que levou muito despojo.
No reinado de Acaz, Rezim, rei da Síria, e, Peca rei de Israel, fracassaram na tentativa de tomar Jerusalém, Igualmente fracassou a tentativa de Senaqueribe, no reinado de Ezequias.
Os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés, e o amarraram com cadeias, e o levaram à Babilônia. Por causa das suas impiedades Deus o puniu, e por conta de suas orações , Deus ouviu a sua suplica e arrependimento e o trouxe para Jerusalém.
O rei Josias realizou em Jerusalém, uma grande reforma moral e religiosa. Em todas as cidades de Israel, Josias derrubou todos os lugares pagãos de adoração que haviam sido construídos pelos reis de Israel e que haviam provocado a ira do Senhor. Morreu e foi substituído pelo filho Joacaz.
No reinado de Joaquim, a cidade de Jerusalém foi cercada e tomada por Nabucodonosor II e seu exército. Deportou para a Babilônia a maior parte do povo que serviram como escravos na Babilônia. O bloqueio durou cerca de um ano e meio mais ou menos, antes de conquistar e destruir totalmente a cidade. Joaquim foi o 18º Rei de Judá. Seu nome, originalmente, era Eliaquim. Seu nome foi mudado pelo Faraó Neco, quem o constituiu rei. Era filho de Josias e irmão de Joacaz, que foi levado cativo ao Egito pelo mesmo Faraó, tendo Joacaz antecedido Joaquim no trono de Judá por três meses.
Zedequias foi o 20° e último rei de Judá. Foi deposto e levado para o exílio em Babilônia. Era o terceiro filho de Josias. Quando foi constituído em rei vassalo, o rei babilônio Nabucodonosor II mudou-lhe o nome de Matanias para Zedequias.
Após retirar todos objetos de valor do templo. Nabucodonosor na presença do rei e diante dos escravos, sob alegação de traição, mandou matar seus filhos e amigos. Vazou os seus olhos ordenou acorrentá-lo e levá-lo como escravo para a Babilônia, sob o comando do General Nebuzaradã . todas as casas da cidade foram queimadas, inclusive o Templo.
Foi um dos eventos mais dramáticos da história antiga. Todo o povo foi levado como escravo para a Babilônia, além de outras atrocidades perpetradas aos sacerdotes e pessoas da nobreza. O rei Zedequias morreu na prisão.
A escravidão dos judeus sob Nabucodonosor durou 70 anos, segundo profetizado por Jeremias. O cativeiro babilônico não foi nada fácil para os judeus. Eles foram humilhados, maltratados e insultados, e a lembrança da queda de Jerusalém e da destruição do Templo angustiava-os. Nabucodonosor morreu após reinar 43 anos.
No tempo de Ciro, rei dos Persas, conforme relato de Esdras, Ciro permitiu e o povo Judeu voltou do cativeiro, reedificou o Templo consagrado a honra de Deus e reconstruiu a cidade.
Por volta de 445 a.C., Neemias, descendente de uma família de deportados, vem a Jerusalém com a autorização do rei persa para colocar a casa em ordem. A primeira tarefa de Neemias foi a reconstrução dos muros da cidade para protegê-la dos vizinhos intrusos.
Em 332 a.C., logo após haver capturado e pilhado Tiro, cujos habitantes foram massacrados e vendidos como escravos, Alexandre Magno, cheio de cólera, decidiu-se a punir os judeus, e avançou com o exército contra Jerusalém.
Ptolomeu Soter, rei do Egito. A conquista de Jerusalém é por si obtida no ano de 320 a. C., ocupando de igual modo a Fenícia e a Celesíria, que serão tomadas posteriormente por Antígono, voltando a ser reconquistadas em 312 a.C.
Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 a.C.
Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C. Cerco de Jerusalém foi um cerco ocorrido em 63 a.C. na cidade de Jerusalém durante a campanha de Pompeu na Judeia. O general romano Pompeu recebeu um pedido para intervir na guerra civil entre Hircano II e Aristóbulo II pelo trono do Reino Asmoneu. Depois de conquistar Jerusalém, Pompeu encerrou a independência dos judeus e incorporou a Judeia à República Romana.
Quando Pompeu chegou a Jerusalém, sua primeira ação foi inspecionar a cidade:
“ …pois ele percebeu que as muralhas eram tão firmes que seria difícil superá-las; e que o vale diante da muralha era terrível; e que o templo, que estava neste vale, estava também circundado por uma muralha muito forte, tanto que se a cidade fosse tomada, este templo seria um segundo lugar de refúgio para o onde o inimigo poderia se retirar. (Flávio Josefo)
Scopas, o general alexandrino, retomou-a em 199 a.C.
Em 168 a.C., Antíoco Epifânio enviou seu general Apolônio contra Jerusalém, desarmou os habitantes, destruiu as muralhas, aboliu a lei de Moisés, proibiu a observância do Sabá e a circuncisão, confiscou e queimou copias da Torá, realizou cerimônias pagãs no Templo e tentou forçar a helenização dos judeus.
Foi saqueada pelos partos em 40 a.C. Na Judeia, as tropas judaicas favorável aos romanos do sumo sacerdote Hircano II, de Fasael e de Herodes foram derrotadas pelos partas e por seu aliado judeu Antígono II (r. 40–37 a.C.); este tornou-se rei da Judeia enquanto Herodes refugiou-se em seu forte, em Massada.[
Herodes Magno retomou-a em 37 a.C. Foi ele que reconstruiu, novamente o Templo de Jerusalém, maior e mais alto que o que existia, para torna-lo mais belo.
No sétimo ano do reinado de Herodes, aconteceu Terrível terremoto, trovões e relâmpagos, que se teve notícia em terras de Jerusalém, (Judéia). Houve muita devastação humana, de animais e construções. Uma Tragedia desesperadora, além da Guerra patrocinada pelos árabes.
No ano 70, o exército Romano de 100 mil homens, comandados por Tito, filho do imperador Vespasiano, depois de um cerco de cinco meses, tomou e destruiu o segundo Templo e a cidade. Os valorosos sitiados defenderam-se com empenho, coragem e determinação. Uma vez rompidos os muros, os conquistadores cavaram e viraram as pedras dos alicerces.
O historiador Tácito calculou em um milhão a perda de vidas. Os Judeus sob Bar Coceba, retomaram a cidade em 131. O imperador romano Adriano conquistou-a e devastou-a em 132. Cosrões II, rei da Pérsia , conquistou-a e saqueou-a em 614. Heraclio retomou-a em 628. Omar sucessor de Maomé , ocupou-a em 637. Revolucionários muçulmanos conquistaram-na em 812.
Os edifícios dos cristãos foram destruídos em 937. A dinastia Fitimita ocupou-a em 969. Calif Hakim destruí-a em 101. Os turcos seljuk ocuparam-na em 1096. Godofredo, chefe da primeira cruzada, sitiou-a, conquistou-a e massacrou os habitantes em 1099.
Saladino, chefe da terceira cruzada ocupou-a em 1187. Os muros foram destruídos em 1219. O Emir de Kerak conquistou-a em 1229. Entregou-se a Frederico II na sexta cruzada em 1259.
Os Kharesmians conquistaram-na e os árabes saquearam-na em 1240. Foi ocupada pelos turcos em 1547. Ibraim Pachá do Egito, ocupou-a em 1831. Os turcos bombardearam-na em 1885. Foi ocupada novamente pelos turcos em 1841. General Allenby libertou-a em 1917.
Hazael o rei da Síria, entrou no reino de Joás tomou saqueou e destruiu a cidade de Gate e sitiou Jerusalém. Por medo Joás lhe entregou todos os tesouros do templo, bem como os dos reis seus predecessores. Foi enterrado em Jerusalém.
Caio Júlio César Germânico, conhecido por Calígula, imperador romano, sumo sacerdote e ditador, além de outros favores, permitiu a Hircano, filho de Alexandre, sumo sacerdote e príncipe dos judeus, reconstruir os muros de Jerusalém, os quais ainda não haviam sido restaurados depois que Pompeu derrubara. Obcecado pelo poder e pela religião do Egito, considerou-se uma divindade, mandou colocar suas estátuas em vários templos, entre eles o de Jerusalém.
Antípatro, filho de Herodes, o Grande, fez seu filho mais velho, Fazel, governador de Jerusalém.
A tensão chegou a seu cume em novembro de 1947, com a decisão da ONU de finalizar o período de mandato britânico e converter Jerusalém numa cidade internacional. Em 14 de maio de 1948, renasceu a nação de Israel como a capital em Tel Aviv. Após a Segunda Guerra Mundial, os britânicos se comprometeram a criar um estado na região para os judeus (que seria Israel) e um para os muçulmanos (que seria a Palestina) com a intervenção da ONU. Entretanto, não o fez. Os conflitos entre judeus e muçulmanos que se conhece hoje começaram nesse período. Os muçulmanos não aceitaram o acordo. Diante desse fato em 1948 teve início a Guerra Árabe-Israelense.
Em 1967, com a Guerra dos Seis dias, Jerusalém foi completamente dominada por Israel. Atualmente, apesar de Israel declarar que a Jerusalém é a sua capital, a comunidade internacional não a aceita como tal.
Atualmente a cidade de Jerusalém tem uma população estimada de 948.500 judeus. Hoje uma mesquita muçulmana ocupa o local no templo. “Até que os tempos dos gentios se completem Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21.24).
O passado de Jerusalém é assunto muito comentado. É uma cidade cosmopolita de muita religiosidade. Jerusalém é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo. O futuro é complicado, tendo em vista, o ódio das nações vizinhas por Israel. O futuro templo e Israel restruturado, Jerusalém , é objeto de preocupação diária dos judeus e muçulmanos, que se enfrentam, referente ao assentamento de Israel em terras Palestina.
Judeus têm Jerusalém de cima, como cidade de Deus, sendo Ele o arquiteto e fundador. É a cidade do Deus vivo, a cidade celestial, a cidade santa, a Nova Jerusalém. A preservação de Jerusalém e a compra do local do templo prepararam o caminho para o sucessor de Davi, o rei Salomão. Ele construiu o templo para a verdadeira adoração ao Deus de Israel.
Ao longo dos séculos, a cidade pertenceu a hebreus, persas e romanos. Esteve durante muito tempo em poder dos muçulmanos. Muitas vezes foi conquistada, destruída e reconstruída.
“Jerusalém é atualmente cidade de Israel e a sede do governo, fato não reconhecido pelas Nações Unidas e União Europeia. A cidade é disputada e reivindicada por israelenses e palestinos como sua respectiva capital, o que gera grandes tensões.”
O Muro das Lamentações é um lugar sagrado de Jerusalém, visitado por peregrinos judeus do mundo todo. É tudo que restou do Templo de Salomão, centro de culto religioso e vida espiritual de Jerusalém.
Devido sua importância histórica, cultural e religiosa, em 1981, Jerusalém foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O título veio para reforçar a relevância da cidade para todos os povos.