Jonas, natural de Brumado, era portador de loucura intermitente, época estava bem, época estava aluado. Por isso chamavam-no de Jonas Louco. Era um louco manso, não agredia ninguém. Não se sabe a origem da sua doença mental. Morava na roça, mas perambulava pela cidade.
Gostava de poetar, fazia versos populares e declamava-os com desenvoltura. Era um dom inato, por inspiração, tinha facilidade para construir os seus versos.
Quando pressentia que a doença estava prestes a se manifestar, pobre e sem recursos, corria para a prefeitura municipal de Brumado e solicitava ao prefeito que o mandasse levar imediatamente, para o manicômio Afrânio Peixoto em Vitória da Conquista, para o tratamento adequado, senão seria acometido do mal que o perseguia.
Jonas tinha consciência da sua situação, sentia quando estava próximo a ser atacado pela doença, e para solucionar o seu problema recorria à prefeitura para encaminhá-lo para o hospício.
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Torres, aí vão versos do Jonas, relativos ao incêndio do posto da J.O. Neves, situado na Rua Exuperio Pinheiro Cangussu:
– Vou contar para vocês o que se “assucedeu”
Quando fogo na bomba pegou, todo mundo correu!
..e no meio de toda aquela confusão, vejo Bigodão correndo com uma panela de fato na mão…
…logo mais acima, com medo de levar a breca, Sr., V….correu pra dentro de casa segurando a cueca…
Tem mais, entretanto só esses guardo na memória.