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José Carlos Prates Ribeiro

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PATOLA *

21/09/1960†10/05/2017

 

Nascido em Brumado no dia 21/09/1960, morreu em Salvador no Hospital Português em 10/05/2107, óbito atestado pelos médicos Dra. Pâmela e Dra. Clarissa. Trasladado para Brumado foi enterrado no dia 11 do mês de maio de 2017 no cemitério municipal Jardim Santa Inês. O velório foi realizado na Rua Rio de Contas, 156, residência da sua irmã Maria de Fátima Prates Ribeiro Silva com missa celebrada pelo Padre Cleonildo Alves Barbosa (Padre Cleo), que em bonita homilia falou da conformação pela família, do significado da vida e da morte, fez referências às qualidades dignas e honradas do morto que comoveu os familiares e presentes.

Filho de José de Souza Ribeiro, Zuzu do cinema, e da professora Edilce Prates Ribeiro. O casal teve os seguintes Filhos: Maria de Fátima, Carlos Alberto, José Carlos e Célia Regina Prates Ribeiro.

 A infância de José Carlos aconteceu com a participação dos irmãos, parentes e amigos. Estudou o primário no Colégio Estadual Getúlio Vargas, concluiu o curso médio e Contabilidade no Colégio Estadual de Brumado – CEB e nesse mesmo ano foi aprovado no concurso do Banco do Brasil S.A., sendo admitido em 29/03/1979 e em 1995 aderiu ao Plano de Demissão Voluntária – PDV. Atuou no Banco nas áreas de atendimento, vendas, marketing, Comunicação e Recursos Humanos. Aposentou-se como autônomo em 2016.

Na sua página do Facebook, fez as seguintes declarações: Nasci em Brumado e desde cedo me interessei por comunicação. Estudei cinema, teatro e televisão. Em 1990 criei a Centre Treinamento Empresarial de Recursos Humanos. Escrevo sobre o mercado de Trabalho e planejamento da carreira profissional no portal www.ibahia.com (blog empregos). Sou autor de livros: Falando em público com sucesso; Como conquistar emprego; O Homem que não sabia amar. Externou uma de suas citações favoritas: “Não há nada permanente, exceto a mudança”; “Ele não sabia que era impossível, foi lá e fez”’. (Heráclito).

Ele revelou-se através da seguinte sentença da sua preferência: “Coragem é a principal qualidade da liderança, em minha opinião, não importa onde ela é exercida. Normalmente isso implica em algum risco – em especial nas novas empresas: coragem para iniciar e para permanecer” (Walt Disney).

Em uma de suas mensagens ele diz: “Somente a prática e os constantes treinamentos serão capazes de fazer com que você aprimore suas habilidades e competências”.

No livro ‘Shopping Center’ fez agradecimentos à sua mãe, ao seu pai, sobrinhos, cunhados e as demais pessoas caras da sua convivência. Agradeceu os incentivos recebidos e declarou: “Com eles aprendo a comunicar e a amar o próximo”. Essa manifestação revela o amor, a consideração e o respeito pela família. Foi um bom filho, cuidou bem dos pais e dedicou atenções aos parentes e amigos (muitos) da sua consideração.

Era uma pessoa digna, honrada, criteriosa, incapaz de criticar os desafetos ou os que não concordavam com os seus posicionamentos e decisões de escolhas e preferências.

Segundo informou ao jornal ‘A TARDE’, o trabalho fotográfico realizado na Chapada Diamantina espaireceu-lhe as ideias, por ter sofrido uma decepção amorosa. Por conta desse episódio, preferiu ficar solteiro não encarar mais o matrimônio, embora tenha tido casos fortuitos de amor sem compromissos. Fez uma exposição de quadros com as fotos produzidas na Chapada e expôs no Shopping Barra/Salvador.

Dizem que santo de casa não faz milagres, Zé Carlos, não recebeu em sua terra natal o valor e o prestígio merecido e devido. Os livros escritos, as palestras proferidas, tudo feito em prol da cultura, do ensinamento e esclarecimentos técnicos, partiu do seu esforço pessoal, da sua própria divulgação, diferentemente do que aconteceu em outros lugares, que em atenção ao seu trabalho recebeu o apoio necessário.

Na política nacional apoiou a primeira candidatura de LULA a Presidência da República, e se aliou aos demais lulistas nessa campanha.

 Empolgado, no dia da eleição vestiu-se com uma camisa branca ostentando a foto do seu candidato e solicitou da mãe que pusesse uma foto de Lula no seu veículo. Diante do seu apelo, foi feita a sua vontade.

Era uma pessoa solidária, ajudava aos que precisavam, fazia o bem, orientação recebida da mãe e, posta em prática, desde pequenino. Sua religião declarada era a católica.

Ler, escrever era um de seus passatempos. Era profundo conhecedor de cinema, estudava teatro e televisão e chegou a ser ator amador, participando de uma peça apresentada no Teatro Castro Alves em Salvador/BA.

Gostava de contar piadas, de um bate-papo descontraído e era assíduo frequentador da Praça do Jurema para degustar um churrasquinho. Tocava violão e saia com amigos para a balada noturna para curtir e descontrair-se. Participou do Bloco Carnavalesco Germes da Era, era Flamenguista e Corintiano.

Zé foi um filho amoroso, alegre, carinhoso, bem-humorado e solidário, todas essas qualidades vão fazer muita falta. “O seu falecimento foi muito rápido e inesperado, constrangeu a todos nós familiares e estamos sentindo a sua falta, embora aceitemos os desígnios de Deus”.

O escritor, consultor e comunicador José Carlos Prates Ribeiro, também conhecido por Patola, aos 56 anos, na sua maior fase de produtividade intelectual, jovem dinâmico e realizador de obras importantes na área da comunicação e marketing, passa a viver em outra dimensão cósmica conforme a vontade do Criador. Uma perda prematura, provocada por uma doença que surpreendeu e abalou a família e os amigos pela rapidez do ocorrido que não houve tempo para a cirurgia programada.

ALGUNS EMPREENDIMENTOS DE JOSÉ CARLOS:

Empresa Centre Treinamento Empresarial; Atividades funcionais no Banco do Brasil; Curso de oratória – no Centro Tecnológico de Brumado – CTB; Curso Meu 1º emprego (CTB); Formação de Líderes e Empreendedores; Falando em público com sucesso; Palestra sobre o Manual de atendimento – venda e negociação e comunicação no auditório da SEMAC; Entrevista na Rádio Nova Vida, no programa ‘A tarde é nossa’ com Selma Ribeiro; Curso em Santo Antônio de Jesus sobre oratória e marketing Pessoal; Lançamento do livro Shopping Center; Entrevista na Rádio Nova Vida com Gildásio Porto, Gravação na TV Câmara/Salvador sobre Mercado & Trabalho com Manuela Bispo; Lançamento do livro Como falar em público com sucesso; Lançamento do livro Educador do século XXI; Livro Como conseguir um emprego; Palestra Preparando equipe de venda para o Natal; Artigos publicados no Blog i.bahia (empregos) Salvador/Bahia; Lançamento do livro O Homem que não sabia amar; Livro Manual de atendimento, vendas, negociação e comunicação, e demais trabalhos.

HOMENAGENS PÓSTUMAS

José Walter Pires, também, escritor e Cordelista, parente da família, prestou condolências à família e assim se expressou: […] “Ex-bancário [trabalhou no Banco do Brasil S.A. em Brumado] e se tornou Consultor, escritor e palestrante na área de Recursos Humanos e Empreendedorismo, ministrando cursos empresariais e educacionais nas mais diversas instituições públicas e privadas, na capital e no interior da Bahia, fazendo consultorias, entrevistas, apresentações motivacionais, sempre com a experiência e capacidade, que o tornaram conhecido como Professor Carlos Prates” […].

A Academia de Letras e Artes de Brumado – ALAB divulgou nota com o seguinte teor: “Brumado perde nesta data um grande escritor e historiador, que ao longo da sua vida profissional elevou o nome da nossa cidade através das suas publicações e palestras, e, acima de tudo, um ser humano íntegro, ou seja, uma grande reserva moral e intelectual de nosso município”. Recebeu também homenagem da mídia brumadense e da Câmara Municipal de Vereadores de Brumado, externando pesar pelo falecimento do jovem escritor brumadense.

O amigo e primo Adalberto Jr. (Alemão) escreveu sobre Zé, referindo-se às traquinagens cometidas com os amigos da rua, quando crianças, e assim descrevo alguns trechos da mensagem: ‘Ao meu querido primo Zé Cal (Patola) ‘ com o título “Vai afiando o passo aí que eu já volto”. “Foram muitas as traquinagens cometidas por nós e os amigos da rua: guerra de mamona; futebol na rua; guarda ladrão; dinheiro de embalagem de cigarro; bater figurinha; triângulo; jogo de gude; e tantas outras coisas que a garotada de hoje nem sabe o que é. Estávamos em todas”. […] “Foi ele que me deu o apelido de Alemão, que carrego até hoje […] “Foi Zé quem me deu aula de contabilidade para o concurso do Banco do Brasil. Aprovado, recebi as melhores dicas de como passar no teste de datilografia” […] “Em Salvador foi tão divertido quanto na infância”. Onde Zé estava, lá estavam a alegria, a amizade, a solidariedade e, é claro, a gozação que ele guardava para cada um de nós”. […] “Quero lembrar dele como aquele cara espirituoso, que sempre tinha uma palavra de encorajamento; que pensava mais em ajudar os outros do que a si próprio; do profissional apaixonado pelo que fazia, seja no cinema, no Banco ou na atividade empresarial-educacional que abraçou; do filho querido; do irmão carinhoso; do primo, mais que irmão; do tio afetuoso; amigo devotado; cidadão como poucos”. Concluo contando o reto estoira título, que resume bem o bom humor e a verve de Zé: “Numa certa época, Zé (com primeiras e segundas intenções) se matriculou num curso de dança de salão. Como era comum, adivinha quem era o astro da turma? Zé é claro. Uma das colegas se engraçou com ele e queria exclusividade (coisa que Zé não gostava de aceitar) e numa das noites a colega insistia muito em só dançar com ele. Zé, que não se engraçou com a colega, tentava educadamente se desvencilhar e, como não obtinha sucesso, se saiu com essa: “Tá bom, vai afiando o salto aí que eu já volto”. Se mandou de fininho, deixando a pretendente aguardando até hoje”.

Lourdes Prates (Tia) fez, também, uma bela homenagem ao sobrinho ZéCal: entre outras declarações citou Santo Agostinho “a morte não é nada, é somente a passagem para o outro lado do caminho”. Disse ainda: “Fique em paz, Zezinho querido. Nós te amamos!”. “Pedimos a Jesus que te ampare do outro lado da vida, que te faça feliz e encha o teu coração de Luz, de Paz e de Amor”.

Cleide Prates fez homenagem póstuma ao primo Zé com os seguintes dizeres: “Sua vivência aqui conosco nos deixa vários exemplos, quais sejam de humildade, bondade, fraternidade, alegria, simplicidade. E por isso agradecemos imensamente, pois nada é mais valioso nesta vida do que o amor que engrandece a nossa alma, o nosso coração”. “A morte do corpo físico é apenas uma etapa que todos vamos experimentar, pois sabemos que a verdadeira vida é a vida espiritual, quando todos nos encontraremos porque os laços que nos unem são eternos e ligados pelo coração”.

Thaísa Ribeiro homenageou o tio José Carlos Prates Ribeiro, Patola, com o seguinte texto: (Facebook).

Muito difícil encontrar palavras para descrever o que estamos sentindo, meu tio. Da mesma forma, impossível te descrever, único que era. Sempre de bom humor, disposto a ajudar os outros e preocupado em não sobrecarregar quem quer q fosse, precisando sempre de quase nada para estar satisfeito, você é e sempre será a simplicidade e alegria em pessoa. A sua partida deixa um vazio enorme em nossa família, mas agiremos sempre mantendo sua presença entre nós mesmo que em outro plano, nunca nos separaremos. A foto não podia ser outra, acredito que assim você gostaria de estar representando. Orgulhamo-nos muito de você! Obrigada por ter-nos dado a honra do seu convívio todos esses anos! Amamos-te e amaremos para sempre!

Aproveito a oportunidade para agradecer todas as manifestações de carinho dos seus tão queridos amigos e de toda a família, nosso muito obrigada!

Agradecemos também a toda equipe do Hospital Português, em especial a equipe da semi-intensiva e a Pâmela! A atenção e dedicação de cada pessoa da assistência: médicos, enfermeiras, técnicos, psicóloga, nutricionistas, fisioterapeutas, recepcionista, enfim a cada um da equipe. Tendo a experiência de estar dessa vez não como médica, mas como familiar posso afirmar a vocês que nada é mais importante do que a dedicação, presteza e o carinho com que cada um exerce a sua função, nem mesmo a competência técnica.

Por fim agradecemos a Deus a graça de termos tido em nossa família um tio, irmão e filho tão especial! Amamos-te tio Zé! Descanse em paz!

Nathale Prates homenageou o tio José Carlos Prates Ribeiro, Patola. Com o seguinte poema: (Facebook).

Ao para sempre amado tio Patola:

Eu vi o fio da vida emaranhado em teus cabelos/Qual algo que se agarra com medo de ir embora/Eu vi toda a esperança arrebentando feito onda/Nas margens do teu peito, tempestade dentro e fora/Eu vi parar o tempo para ouvir o teu sussurro/Um canto agoniado e dolorido sem lamento/Eu vi pelos teus olhos o caminho de outro mundo/Levando o corpo frágil convulsivo em sofrimento/Eu vi que você via o quanto tinha de tristeza/Na gente que assistia o teu ensaio da partida/E ali em tuas entranhas todo o vento fez-se brisa/Levando o caos ao cais, em mares de leveza.

[Prates, Nathale]

Segue em paz, tio Zé Carlos Prates Ribeiro – tio Patola. Obrigada por tudo que você nos ensinou sobre generosidade, simplicidade, doação, persistência, serenidade, positividade, altruísmo, alegria de viver, solidariedade, em suma, sobre AMOR, na sua mais pura e genuína essência. Te amamos.

As exéquias foram bastante concorridas, pelo prestígio e importância do morto que significou uma grande perda social e intelectual para Brumado.

NOTA DE AGRADECIMENTO: “A família de José Carlos Prates Ribeiro (Patola) vem, carinhosamente apresentar os seus sinceros agradecimentos pelas incontáveis manifestações de pesar, apoio e conforto, recebidas em razão do seu falecimento. Agradece as homenagens que lhe foram prestadas, reconhecendo que gestos e palavras tão generosas têm ajudado a acalentar os corações e a suportar a dor de tão grande perda”. 

Esse artigo é uma homenagem póstuma do amigo Antonio Torres ao falecido José Carlos Ribeiro Prates (Patola) com pêsames aos familiares.

● Os dados para composição desse artigo/Biografia foram fornecidos pela professora Edilce Prates Ribeiro, mãe de José Carlos Prates Ribeiro (Patola) e familiares a quem agradecemos a atenção e colaboração.

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