A Femama foi criada em 2006 com o objetivo de articular a sociedade e o terceiro setor na busca por melhores resultados das políticas ligadas ao câncer de mama. Nestes 12 anos de existência formamos uma rede com 74 ONGS que ajudam milhares de mulheres a conhecerem seus direitos, terem acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama e, principalmente, enfrentarem a doença.
Com foco no fortalecimento e ampliação desta rede, anualmente a Femama realiza um grande encontro com organizações do terceiro setor, especialistas e pacientes para debater questões relevantes e atuais acerca do tema.
Ao longo destes anos, em que conhecemos a história de diversos pacientes, presenciamos jornadas de muita luta! Casos em que não havia data para exames, demora na marcação de consultas, mulheres que perderam a vida porque não conseguiram o tratamento adequado a tempo, dentro outros desafios maiores até que a própria doença. No entanto, também acompanhamos verdadeiras guerreiras, que buscaram seus direitos, superaram as adversidades e seguiram adiante ao lado de instituições que exercem o seu papel de defesa de direito de pacientes com histórias de sucesso que se traduziram em cura ou aumento da qualidade de vida.
Neste sentido, o V Fórum de Combate ao Câncer da Mulher, que acontece nos dias 29 e 30, na cidade de São Paulo, busca debater os temas mais delicados no acesso à diagnóstico e tratamento do câncer: o que é preciso saber sobre a regulamentação do registro compulsório de câncer que em breve entrará em vigor no país, as perspectivas de uma legislação para promover o diagnóstico ágil do câncer, a necessidade de acesso a testes genéticos, a importância de se trabalhar com dados em saúde, as novas perspectivas de tratamento para o câncer de mama são alguns de nossos temas. Essas discussões se desenrolam com o objetivo de capacitar instituições a assumir um papel ativo e de impacto na luta por direitos de pacientes.
Fortalecer redes e antecipar o cenário de acesso ao atendimento oncológico são determinantes para assegurar melhores experiências de milhares de pacientes, proporcionar a eles autonomia e apoio para continuar a luta por um tratamento igualitário e preservar vidas.