A minha neta Larissa é muito ativa, esperta, traquina, buliçosa, mexe em tudo, tira os objetos do lugar e não o
repõe. Aprendeu manusear o computador e assiste os seus desenhos, com a orientação da mãe. Imprime figuras
para colorir, haja papel para satisfazer o seu desejo. Mesmo antes de se alfabetizar já assistia os seus desenhos
favoritos, baseando-se nas imagens. Domina com habilidade a tecnologia do celular do qual faz uso. Quando tem
dúvidas manda-nos consultar o Google.
Contrariada, fica brava e nervosa. Egoísta, quando alguma colega vem brincar em casa com ela, os brinquedos
preferidos ninguém pega, a visitante tem de se contentar com o que ela permite.
Decidida, escolhe o que vestir. Ao querer alguma coisa que a mãe proíbe, me pergunta: -vô o senhor tem dinheiro
para comprar tal objeto? Se não tiver passa o cartão. É independente e convencida, quando se pretende ensinar
algo, responde: – Já sei. “Ainda não é gato já quer ser pintado”.
Agora que está sendo alfabetizada, escreve mensagens diversas, e outros escritos da sua criatividade. Quando
sai comigo lê todos os letreiros de anúncios das empresas. E nas travessias das ruas faz-me observação das
cores na sinaleira: Vermelho é proibido atravessar, quando aparecer o verde pode passar.
Montou o seu salão de beleza, por imitação ao que vê no da avó. Certa feita, ao pintar minha unha, esclareceu
que o valor do serviço era mais caro, por que estava usando material francês, um presente da minha filha que
mora na França.
Nessa pandemia, tinha aulas on-line (não presenciais) e por se achar isolada socialmente dos colegas e dos
professores, sem este convívio, me chamava para brincar, ocorre que por motivo de limitações de saúde e da
idade, a depender da brincadeira, não podia lhe atender, por exemplo, fazer-me de cavalo ou jogar bola etc.
Atualmente tem aulas presenciais, voltou à vida normal de entrosamento social com os colegas e preceptores.
Conta histórias de sua invenção, muitas sem o menor sentido. Gosta de fazer perguntas: O QUE É? E contar
piadas que lê nos livrinhos infantis. Quando tem dúvida de como se escreve uma palavra pede para escrever para
sua visualização e quando não sabe o significado, pede esclarecimento.
Dinâmica e cheia de energias: pula, grita, brinca, pinta e faz desenhos, recortes e colagens, conforme a sua
preferência. Contudo o lazer tem limites, os estudos são a prioridade.
Tem prazer em comemorar o seu aniversário e participar das festas comemorativa de anos, dos colegas e
crianças do seu convívio.
A avó lhe ensinou a fazer bolo, é sua especialidade. Um dia, se encontrou com uma colega, se abraçaram em
cumprimentos, a amiga lhe contou:
– Larissa já sei fazer bolo. – Eu também, a minha vó me ensinou.
Lê muitas revistinhas e tem uma coleção de livros infantis, como os de Monteiro Lobato e outros desse naipe, é a
sua biblioteca particular, diz ela.
Quando vai ao sanitário, utiliza-se de um livro, enquanto faz as suas necessidades fisiológicas, imitando o avô.
Sempre me conscientiza para beber bastante água e alimentar-me com comida saudável, preocupada com a
minha saúde de diabético e hipertenso, por observar as orientações da mãe.
Larissa é a alegria da casa. Costuma contar-me alguns segredos, cochichando em meu ouvido, certos casos, para
que ninguém possa ouvir. Todas as suas ações me diverte. O coração do vô se alegra com Larissa. Amo-a. Que
legal! Essa inocência de criança.
Essa interação social com Larissa, não exclui o meu amor pelos outros netos, ocorre, é que ela vive e divide o
relacionamento social e familiar conosco.
Os filhos são bênçãos de Deus para os pais e que os netos são glórias e, motivos de orgulho para os avós.
Pala minha idade, tenho o pressentimento que não verei o seu desenvolvimento de idade mais avançada, por
exemplo, a sua formatura. Peço a Deus, pela sua proteção e orientação, que seja feliz e com saúde.