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Literatura Universal

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A IWA – International Writers & Artists Association agrega escritores de vários países e ser parte dela faz com que conheçamos estilos e cosmovisões diferentes na literatura de outros pontos do mundo, com costumes e tradições bem diferentes da nossa.

Faz algum tempo que a Dra. Teresinka Pereira, brasileira radicada nos Estados Unidos há várias décadas, convidou-me a fazer parte da IWA. Ela é uma professora que atua em universidades americanas e, além de professora, é escritora. Ela já publicou livro meu por lá em português e um outro, em co-edição com as Edições A ILHA, em inglês.

Ser um membro dessa associação internacional de escritores possibilita, como já disse no início, o intercâmbio com escritores e editores de diversos países. Publicamos textos deles aqui no Brasil, vertidos para o português, e eles publicam coisas nossas lá em seus países, vertidos para a sua língua. É assim que tenho poemas, crônicas e contos publicados na India, na Grécia, nos Estados Unidos, na Rússia, em Cuba, na França e em vários outros países.

Foi ao sabor dessa troca que recebi, recentemente, o livro “Vela no Horizonte”, do poeta austríaco Kurt F. Svatek. O livro, é claro, é em português, publicado aqui no Brasil. E constato, mais uma vez, que a poesia é uma língua universal, porque embora as estações sejam em épocas diferentes, o clima não seja o mesmo que o nosso, os hábitos e costumes sejam outros, a emoção, o sentimento que transborda em cada verso é o mesmo em qualquer lugar, a alma é igual a de qualquer mortal, o céu que todos vemos é exatamente o mesmo.

Então, não interessa muito a origem do poeta. Interessa, sim, o conteúdo do seu poema. Isso é o que vai mostrar a alma, o sentimento, o coração do poeta. E “Vela no Horizonte” evidencia toda a sensibilidade e lirismo do seu autor. Como no poema “Sesta”: “A erva alta / brinca com o vento sussurado / e os paraquedas brancos / do dente-de-leão / elevam-se em direção ao céu / como uma pequena nuvem / cheia de sonhos.” Ou como em “Distintivo”: “Não existem almas pretas / nem brancas; / não existem almas vermelhas / nem morenas ou amarelas pálidas // Existem simplesmente / apenas almas de seres humanos / cheias de sentimentos. / E para sentir não é preciso ter cor.” Ou ainda, como em “Desilusão”: “Olho uma segunda vez / pela janela: / é um floco de neve tardio / e nenhuma borboleta.” Ou como em vários outros dos poemas que compõe o livro.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744