Por Redação
Com mais de 99% dos votos apurados, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou oficialmente a eleição do candidato do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, para presidência da República no quadriênio 2023/2026.
O resultado das urnas confirmaram as pesquisas eleitorais que durante toda a campanha apontavam a eleição do petista.
O presidente eleito é nordestino, natural de Garanhuns (PE), e aos 77 anos chega ao Palácio do Planalto para o 3º mandato em um cenário de forte divisão política da sociedade. A vitória do petista traz ainda um simbolismo – a significativa recuperação pessoal, depois de ter passado um ano e sete meses preso após ser condenado na Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, no escândalo que ficou conhecido como “Petrolão”. O agora presidente eleito deixou a Cela Especial da Polícia Federal em Curitiba em novembro de 2019. Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou as condenações impostas a ele pela Operação Lava Jato, arguindo a Incompetência de Juízo – A Vara da Justiça Federal de Curitiba não era, na avaliação da Corte Suprema, para processar e julgar Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão restabeleceu os direitos políticos e permitiu que Luiz Inácio Lula da Silva disputasse as eleições deste ano.
Nos próximos 60 dias, o Brasil terá o desafio de fazer uma transição sem traumas, com foco único e absoluto no interesse nacional. A travessia governamental está regulamentada pela Lei 10.609 de 2002 e permite que o novo presidente convoque uma equipe de até 50 pessoas para a ocupação de cargos especiais durante esse período.
O presidente eleito terá a importante tarefa de conduzir o País a um processo de pacificação e retomada do desenvolvimento social e econômico. O Brasil que será herdado pelo futuro presidente tem características muito distintas do que ele assumiu há 20 anos, após vencer a disputa de 2002.
Caberá ainda ao petista Luiz Inácio Lula da Silva a exigência de compor um Governo mais amplo e participativo, extrapolando os limites e quadros do Partido dos Trabalhadores, principalmente para assegurar a governabilidade, uma vez que terá, em tese, que conviver e negociar nos próximos quatro anos com um Parlamento (Câmara Federal e Senado da República) ideologicamente mais hostil.
A posse do presidente eleito está prevista para o dia 1º de janeiro de 2023.