Enquanto as bombas da guerra explodiam na Europa, o casal Rodrigo Alves Meira, Seu Tatinha, e Isabel Costa Meira, D. Pequena, amavam com fervor e esperança e viviam em paz e harmonia com sua filha Maria Aparecida Alves Meira, Lili, em Livramento do Brumado-Ba, na rua Miguel Tanajura, nº 47, no centro da cidade. Em plena manhã do dia 03 de junho de 1944, ali nasceu, do ventre de Isabel Costa Meira, mais uma criança do sexo feminino. Tempos difíceis, em que os bebês vinham ao mundo pelas mãos de santas parteiras, mulheres magníficas que recebiam crianças com toda carência e sapiência intuitiva.
Os partos de D. Isabel eram muito difíceis, por isso ela perdia os filhos, mesmo depois de sua completa gestação. Desta vez, porém, esta criança teve mais sorte. Pouco tempo antes do seu nascimento, chegara à cidade um médico cearense que salvou muitas vidas nesse sertão árido do município de Livramento, o grande Dr. Edilson Ribeiro Pontes. Daí a sorte de essa criança ter recebido o nome de: MARIA, em homenagem a Nossa Senhora do Livramento, padroeira da cidade; ED, em homenagem a Dr. Edilson; I, de Isabel e R, de Rodrigo, formando EDIR. Assim a menina recebeu seu nome cheio de significados, como devem ser os nomes das crianças, pois o nome identifica a pessoa. Isso é muito importante na existência de um ser humano. D. Pequena fica, então, com o marido e suas duas filhas, felizes pelo milagre de mais uma vida para a alegria do seu lar. Rodrigo e Isabel conseguiram, para o encanto da família, mais uma menininha que, em homenagem a Santa Terezinha, recebeu o nome de Maria Terezinha Meira.
Isabel Costa Meira nasceu em Igatu, município de Andaraí, na Chapada Diamantina, filha de Onofre Ribeiro da Costa e Maria Meira Costa. Eles vieram das Lavras Diamantinas, do sonho do encontro de ouro e pedras preciosas com a família e fixaram residência em Livramento, na praça onde há hoje a gruta de Nossa Senhora de Lourdes, casa que depois veio a pertencer ao Sr. Ezequiel Alcântara e D. Lelé, uma senhora distinta que deu exemplo de elegância a essa terra. Isabel, D. Pequena, uma simples e grandiosa mulher, foi, durante todos os seus 78 anos de vida, literalmente apaixonada pelo esposo Rodrigo Alves Meira, filho de Rodrigo de Souza Meira e de Othília Alves Meira. Em mãos de pais sensatos, nobres e ricos em princípios e valores, pois, descendentes de portugueses fidalgos, legaram a seus descendentes uma formação cristã, amorosa e cheia de valores.
Assim, nessa terra de Nossa Senhora do Livramento, nasceu e cresceu Maria Edir Meira em companhia de suas irmãs amáveis e gentis: Maria Aparecida Alves Meira (hoje com 86 anos) e Maria Terezinha Meira (76 anos). As três Marias são descendentes de portugueses desbravadores que por aqui passaram (a exemplo do Capitão Francisco de Souza Meira também descendente de portugueses, nascido em Brumado, na fazenda Campo Seco) e deixaram nas cidades de Livramento e Brumado a gênese e a história de muitas famílias. As crianças eram acompanhadas por uma dama de companhia (Tereza de Comadre Rita de Maria Riqueza) que, em particular, conduziu, durante muitos anos, com dedicação e carinho, as meninas à escola.
Elas viveram a infância, a adolescência e a juventude em uma família equilibrada, responsável, sensata e rica em valores e princípios cristãos, recebendo de Seu Tatinha e D. Pequena tudo que eles tinham de bom: princípios éticos, de coragem, de força para a construção da fé em Deus e resiliência frente às dificuldades. Esses pais cuidaram de suas filhas com amor, incentivando-as para os estudos, a leitura, o desenho, costuras, organização da casa por meio dos afazeres domésticos, gosto pela música, pela frequência constante à Igreja para assistirem à Santa Missa aos domingos, a presença em festas do interior da padroeira e de São João e muito mais. Ofereceram-lhes uma educação de qualidade a fim de conquistarem uma profissão digna para uma vida melhor em cultura, aprendizagens diversas, visão de mundo e coragem para viver. O diálogo sempre foi a sua maior didática no ensino da instrução primária.
Maria Edir, em seu primeiro ano de vida, foi batizada na Igreja Matriz de Livramento e teve como padrinhos Antônio Alves Meira e Nair de Castro Meira, pessoas importantes na sua vida ao longo de sua trajetória, numa convivência afetiva, cheia de consideração. Naquela época, era comum “pedir a bênção” a seus padrinhos e assim era o comportamento regular da menina Edir, “pedir a bênção” aos seus pais, padrinhos, avós, tios e aos mais velhos.
A menina Maria Edir chegou a sua primeira escola, Escola Senador Tanajura, aos sete anos de idade e já sabia ler. Sua primeira professora foi Corina Correia da Silva Lima, professora severa e carinhosa ao mesmo tempo, “ou estuda, ou estuda”. Sua segunda professora foi Lídia Correia da silva, com quem concluiu o primário. Depois estudou no Colégio João Vilasboas, instituição particular mantida por uma cooperativa que muito contribuiu para a formação da juventude de Livramento de Nossa Senhora. Em 1963 e 1964, Edir estudou em Livramento os dois primeiros anos do Curso Normal para formação de professores primários.
Em 1965, a menina do interior da Bahia deixou Livramento para estudar em Salvador, onde conheceu a “televisão” e se encantou pela civilização. Chegava mesmo a falar o coração quando, após viajar nos velhos ônibus da empresa Novo Horizonte, via a majestosa “Baía de São Salvador”. Aí concluiu o “Curso Normal no “IEIA” (Instituto de Educação Isaías Alves), referência para toda a Bahia. Era muito bem administrado pela Professora Teodolina Nogueira Passos, professora de pulso forte e muito respeitada! Exigia um “responsável” por cada aluno, e o Professor Laerte Correia Lima era o responsável por Maria Edir. A formatura no Curso de Professor Primário de Maria Edir foi em 1965, tendo como paraninfo o Dr. Lomanto Júnior, político, então Governador da Bahia, que prestigiou muito os Professores e a Educação do Estado.
Em 1966, contando com a ajuda e o incentivo do namorado Zelito Caetano Moreira nos estudos, prestou vestibular para Pedagogia na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e, aprovada, foi estudar na Faculdade de Filosofia da UFBA. O seu professor de Sociologia, Antônio Luís Machado Neto, logo a apelidou de “a menina do mandacaru”, por conta do jornal dos estudantes de Livramento que circulava na universidade e do qual a “menina Edir” fez parte. Aí se deu o encontro da moça Edir com a civilização. Ser universitária, muita responsabilidade… lá se foi Maria Edir morar na Casa da Universitária, na Rua João das Botas, no Canela, graças ao seu conterrâneo Raimundo Caires Araújo, que acreditou na amiga. Raimundo, nessa época, era da direção do DSVU (Departamento Social de Vida Universitária). Bons tempos! Com Zelito por perto, Maria Edir sentia-se segura, pois ele ia esperá-la na porta da Faculdade, em Nazaré, e levá-la até o Canela.
A conclusão do curso de Pedagogia deu-se no ano de 1969. O culto ecumênico e a colação de grau foram de forma coletiva, no Ginásio de Esportes Balbininho, reunindo todos os estudantes da Universidade, sem direito a discursos ou qualquer outra fala dos formandos por força do Ato Institucional nº 5. “Tempos difíceis!”.
Em 1967, Maria Edir foi aprovada em dois Concursos Públicos para o Ensino do Curso do Magistério do 1º grau, pelo Estado e pela Prefeitura de Salvador. Com muita dificuldade e emoção, lecionou na escola Paula Frassinetti, no bairro do Garcia. Após ser aprovada em um terceiro concurso para lecionar no Ensino Médio as disciplinas Didática, Psicologia, Sociologia e Educação Moral e Cívica, foi nomeada para o Colégio Severino Vieira, onde ministraria aulas, o que não aconteceu em razão de, logo em seguida, em junho de 1970, ter sido escolhida pelo Diretor de Ensino Médio, Professor Silvestre Ramos Teixeira, para ir dirigir o recém-estadualizado Colégio Estadual de Brumado, ex-ginásio General Nelson de Mello. Ficando com três vínculos por aprovação em concursos públicos, teve de pedir a exoneração da escola da Prefeitura de Salvador.
O ano de1970 foi de uma intensidade notável na vida de Maria Edir Meira. Ela, então com 26 anos, e Zelito Caetano Moreira contraíram matrimônio em Livramento. A cerimônia civil realizou-se às 15 horas do dia 12 de dezembro de 1970, na residência de seus pais, Rodrigo e Isabel, tendo como Juiz o Dr. Raimundo Guanaes. Serviram de testemunhas da noiva José Walter Pires e Zonita Brasil e do noivo, Álvaro Aurélio Dantas e Gerolina Viana Dantas.
A cerimônia religiosa realizou-se às 16 horas na mesma data, na Catedral de Nossa Senhora do Livramento, tendo como celebrante o Bispo D. Hélio Pascoal. Serviram de padrinhos da noiva Antônio Alves Meira e Nair de Castro Meira e do noivo, Álvaro Aurélio Dantas e Gerolina Viana Dantas. Os noivos perceberam quão grande foi a celebração daquele momento, quando suas mãos se uniram ante o altar de Nossa Senhora do Livramento e eles ouviram os “anjos cantando em coro as mais lindas músicas do Céu!”. Nesse instante, o noivo, sorrindo, disse: “Meu Amor!…”, a noiva respondeu: “Minha vida!”.
Casamento por amor é um ato santo. Momento inesquecível, divino! Os jovens Edir e Zelito casaram-se determinados para construir uma família juntos e juraram um amor eterno “até que a morte nos separe!”. O casal Zelito e Edir deu certo, graças a Deus! Viveram juntos e em harmonia durante quarenta anos e tiveram três filhos fruto de amor verdadeiro:
- Bethânia Meira Moreira Fraga, filha primogênita, nasceu no dia 17 de dezembro de 1971, em Salvador, no Hospital Espanhol. Formada em Direito, é servidora concursada do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Casou-se com o também advogado Paulo César Rabelo Fraga, tem uma filha, hoje com 13 anos, Paula Meira Moreira Rabelo Fraga.
- Breno Konrad Meira Moreira nasceu em Vitória da Conquista, no dia 05 de março de 1974, no Hospital São Geraldo. Formado em Medicina, exerce sua profissão em vários municípios da Região Metropolitana de Salvador. Casou-se com a médica dermatologista Aline Martins Pontes Moreira e tem dois filhos, João Martins Pontes Meira Moreira, com 18 anos e Maria Martins Pontes Meira Moreira, com 15 anos.
- Rodrigo Isaías Meira Moreira nasceu no dia 15 de fevereiro de 1978, na clínica São Lucas, em Brumado. Formado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis, trabalha na Price White House Coopers. Casado com Ticiana Pereira Sampaio Moreira, tem duas filhas, Maria Eduarda Sampaio Moreira e Maria Luísa Sampaio Moreira, com 12 e 10 anos respectivamente.
Assim se deu a construção de uma família que respeitou o crescimento profissional na vida de cada um dos seus filhos. Foi grande o compromisso com seus filhos durante toda a trajetória, conforme suas escolhas de vida familiar, mas é maior a certeza do dever cumprido, de obstáculos superados e conquistados. Zelito Caetano Moreira participou da vida de todos os filhos como um excelente pai e, o melhor, o lar de Zelito e Edir, na capital, foi compartilhado com sobrinhos que, por anos, com eles viveram e conseguiram uma formatura e um nível de vida melhor.
Ainda em 1970, Maria Edir Meira Moreira foi nomeada como Professora de Psicologia, a nível de 2º Grau, e Diretora Geral do Colégio Estadual de Brumado. Aos 26 anos, ela “arregaçou as mangas e a mente” para dirigir um colégio, escola de grande porte, onde funcionavam os cursos Ginásio e Normal. Devotou-se ao trabalho com o coração e a alma abertos para o novo e para o desconhecido. Aos poucos, Maria Edir foi descobrindo a importância de cada um dos seus pares licenciados. O quadro de Direção ficou constituído com a seguinte estrutura: Diretora-Geral: Maria Edir Meira Moreira e Vice-Diretores: Nivaldo José de Carvalho Silva – turno matutino, Antônio Xavier (in memoriam) e com a saída deste, Frederico Xavier Rego – turno vespertino e José Walter Pires – turno noturno. Marília de Lourdes Spínola Costa respondeu pelo cargo de Diretora do 1º grau diurno e Zelito Caetano Moreira, pela Direção de 2º grau noturno. Este, impossibilitado por sua função de Engenheiro Civil, foi substituído por Franklin da Mata Dias.
No segundo semestre de 1970, o CEB já tinha o Regimento Interno atualizado conforme a legislação da época. Maria Edir contou com a ajuda do Promotor da Cidade, Dr. Ruy Trindade, uma pessoa especial, generosa que, com toda paciência, elaborou, com a Diretora Geral, o Regimento Interno do CEB. A Bibliotecária Júlia Trindade, esposa de Dr. Ruy, foi nomeada para responder pela biblioteca. Ambos contribuíram para a organização do CEB em sua fase inicial.
Gradativamente, a nova Diretora do CEB foi descobrindo os anseios da comunidade, dos colegas professores e dos alunos e dos funcionários. O estabelecimento das relações humanas foi-se dando de forma amistosa, respeitosa, por mais difícil que fosse o problema a ser resolvido. A empatia sentida por ela, a valorização devotada a cada ser humano do corpo administrativo, docente e discente, a sua competência, a sua simpatia e a sua determinação foram muito importantes para a construção de uma educação, ensino e aprendizagem em que a equipe, como um todo, trabalhava de maneira responsável, com seriedade e muito amor.
Logo Maria Edir deu mostras de como seria o CEB a partir de 1970. Ela comunicou à comunidade: autoridades, comerciantes, empresas, instituições oficiais, igrejas que todos responderiam com uma parcela de contribuição para o novo colégio que se estabelecia com vontade. Foram muitas as dificuldades, mas ressalta-se que a nova direção sempre contava com a comunidade em geral. A equipe foi notável, extraordinária! Trilhou-se um caminho novo, buscando um novo jeito de caminhar. Lá se foram todos transformando o ensino com uma educação moderna e de qualidade. “Sonho que se sonha só é só um sonho. Mas sonho que se sonha junto é realidade!”. Tudo que surgia em termos de dificuldade era resolvido nas Reuniões de Planejamento, aos sábados. Não havia problemas sem solução.
O CEB foi crescendo, a clientela aumentando, as atividades e ações educacionais também cresciam por meio de projetos na busca por um conhecimento científico, cultural e respeitoso. Muitos professores foram transferidos de várias escolas primárias para lecionar no CEB. Foi necessário encaminhar a documentação exigida à SEC/Ba e ao Conselho de Educação para a criação de um Complexo Escolar que deu origem a mais duas escolas subsidiárias: Escola Rotary Club e Grupo Escolar Getúlio Vargas, onde funcionavam as quatro séries do Curso Ginasial, ampliando-se o número de funcionários, alunos, professores e diretores. “Combatemos juntos o bom combate”. O CEB, a Escola Rotary Club e o Grupo Escolar Getúlio Vargas passaram a funcionar nos três turnos para atender a clientela que só fazia crescer. Contou-se com muitos professores que aceitavam as aulas para ajudar o CEB, além de alguns alunos – a exemplo de Augusto Raimundo Santana Aguiar, Clarice Morais dos Santos (in memoriam), Nifra Lima Dias –, ainda em curso de Terceiro Ano de Magistério, que aceitaram o desafio de ensinar e entraram nas equipes de planejamento para, com autorização provisória, começarem a lecionar para completar o quadro de professores. Necessitou-se também de vários supervisores para os cursos profissionalizantes de Contabilidade, Secretariado e Cursos Adicionais para Professores de Nível I, proporcionando a estes a efetivação no Nível II. Tais cursos foram sendo criados gradativamente após as autorizações do Conselho Estadual de Educação do Estado da Bahia. Primeiro fazia-se o projeto do pretendido, sempre tendo o cuidado de enviar para a SEC do Estado da Bahia o necessário para a devida autorização. Vale ressaltar que todos os cursos profissionalizantes só foram iniciados após a publicação das Resoluções do Conselho Estadual de Educação da Bahia.
Sempre à frente dos trabalhos, Maria Edir, aos sábados, acompanhava e orientava a equipe de Professores do CEB no Planejamento Semanal, considerando a separação por áreas do conhecimento: Língua Portuguesa, Ciências Exatas, Ciências Sociais e equipes das disciplinas optativas. Nesses planejamentos, surgia uma multiplicidade de ideias realizadas por áreas específicas, mas, sempre se preocupando com a unidade temática em estudo, exercitava a educação interdisciplinar. O trabalho das Coordenadoras de áreas era esclarecedor, inclusive para algum professor que não pudera comparecer às reuniões de planejamento.
Relevante também era o trabalho de Supervisão do Curso de Magistério que cuidava, desde as fardas para o estágio prático para a formação dos professores, até os magníficos Encontros dos Normalistas. As disciplinas optativas tinham também suas Coordenadoras e apresentavam trabalhos notáveis com as Técnicas Agrícolas e Educação Artística. O resultado era exposto junto aos trabalhos das demais áreas de estudo.
Os Cursos Técnicos que funcionavam à noite também contavam com a rica supervisão da Professora Glória Spínola Costa e do Dr. Rui Osório, então Promotor Público da Comarca de Brumado. A comunidade, sempre com a integração necessária com os Cursos de Formação Técnica, colocava seus escritórios e empresas à disposição do CEB para os devidos estágios dos formandos que frequentavam os cursos de Contabilidade, Secretariado e Administração, todos a nível de 2º Grau. O curso de Formação Geral a nível de 2º grau também funcionava com o acompanhamento da Supervisão. Foi criado também, nessa gestão, o Curso Supletivo de 1º e 2º graus, assim como os respectivos exames.
O trabalho da Coordenação de Educação Física, além do cuidado com o corpo físico, era também voltado para atividades lúdicas, com intercâmbio competitivo de jogos entre cidades vizinhas, desfiles que significavam o ponto culminante das atividades desportivas, desfiles cívicos e primaveris. Os alunos representavam o CEB com elegância e galhardia, num grande sentimento de amor à Pátria e à Natureza. Conseguiu-se, com o trabalho de todos os professores, supervisores e alunos, a criação de uma magnífica Banda que contava com 125 instrumentos afinados… O bumba retumbava, fazendo tremer as brumas no dia da Pátria! No Sete de Setembro, grande número de moradores de Brumado tomava as ruas para ver e aplaudir o Colégio Estadual de Brumado. Além dos alunos, diretora, vice-diretores e professores desfilavam com alegria e prazer pelas ruas da cidade, mostrando que nessa unidade escolar a vida teve abundância.
O terreno fértil, a dedicação e a vontade de trabalhar sério em educação faziam com que todos vestissem a camisa do semeador! A comunidade acreditou e colaborou. Os professores e funcionários que trabalharam sob a direção de Maria Edir semearam as sementes de fé, força, coragem, vontade política e social para que, na atualidade dos anos do século XXI, essas sementes semeadas com muito suor e, muitas vezes, com lágrimas, pudessem germinar e criaram frutos em forma de crescimento e desenvolvimento de seus alunos em todos os setores da vida, da escola e da comunidade. Em cada final de curso, aconteciam as colações de grau em Professor Primário, Contadores, Secretários, Administradores e os concluintes dos Cursos Adicionais nas áreas de Comunicação, Matemática, Estudos Sociais e Ciências.
Cada vez mais, as brumas enchiam de coragem a Diretora Maria Edir para, junto à comunidade como um todo, realizar uma grande obra de Educação. Nessa terra fértil, sob sua direção, a Educação transformou o CEB, do ginásio ao curso normal, em um dos melhores colégios do Estado da Bahia. Quem ensinou, quem estudou, quem trabalhou nesse período pode confirmar essa experiência educacional vivida com intensidade. Dificuldades, carências, dúvidas, discussões constantes palpitavam nos corações de todos e não apenas do corpo docente, discente e funcionários. A comunidade acreditava nos trabalhos realizados e muito contribuiu para que o CEB criasse o complexo escolar formado pelas escolas Rotary e Getúlio Vargas. Nesta, hoje, funciona o Ensino Fundamental II e aquela deu lugar a uma bonita e ampla praça.
Maria Edir permaneceu como Diretora do Colégio Estadual de Brumado de 1970 a 1987, durante 17 anos ininterruptos. Nesse período, não se afastou dessa instituição para nenhuma outra atividade, numa dedicação exclusiva à Educação dessa terra, em companhia de uma equipe de professores e alunos motivados em ampliar e transformar a educação da calorosa cidade de Brumado. Nessa unidade de ensino, Maria Edir realizou a maior experiência e as maiores alegrias e gratificações de sua vida pessoal e profissional.
Em 1987, Maria Edir mudou-se para Salvador, capital da Bahia, em companhia do seu esposo Zelito Caetano Moreira e seus filhos, ainda pequenos, levada por vários motivos. Dentre eles, Edir não se sentiria feliz se não conseguisse pôr em prática o que aprendera por meio de seus estudos nos diferentes cursos que realizou em Salvador, para que ela e Zelito conseguissem subir ao podium da conclusão de curso superior dos seus filhos. Outro fator relevante foi a doença de sua mãe, que fora acometida de um câncer no estômago, levando-a a óbito no dia 21 de março do mesmo ano.
Ainda diretora do CEB, a mudança política impôs a necessidade de Maria Edir tomar providência, solicitando sua transferência oficial para Salvador.
Obrigada é a palavra de Maria Edir à comunidade Brumadense que sempre apoiou os projetos e atividades as mais diversificadas do CEB: à Magnesita S/A, que muito contribuiu atendendo às solicitações, como fornecer madeira e marceneiros para a confecção de bancos e para consertar as carteiras, colocar as suas máquinas pesadas nas ruas, para conhecimento da Comunidade nos desfiles cívicos e muito mais; à Escola Cirandinha (CEMNAS), parceira significativa; à Prefeitura Municipal, generosa em atender às mais diversas solicitações; a Zé Maria com o seu carro de som, levando as informações do CEB rua a rua. A todos que direta ou indiretamente construíram uma parceria com o CEB, permitindo que os alunos fizessem estágio de cursos profissionalizantes em suas casas, oficinas, escritórios, escolas e empresas em geral.
A Professora Maria Edir trabalhou com afinco e amor durante toda sua vida profissional. Viveu o presente e acreditava em um futuro próspero, mas não pensava que, em uma bendita noite, receberia uma homenagem da Câmara Municipal de Brumado, na íntegra:
“A Câmara de Vereadores de Brumado vem, de acordo com o Projeto de Resolução 002/2010, conceder à Ilustríssima Senhora MARIA EDIR MEIRA MOREIRA o título de CIDADÃ BRUMADENSE, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Comunidade de Brumado.
Sala das sessões da Câmara Municipal de Brumado,, em 21 de junho de 2010
Fevereiro de 2011.
Assinado: Aguiberto Lima Dias, Presidente da Câmara
Wanderley Amorim da Silva, Vice-Presidente
Miguel Lima Dias, 1º Secretário
Joãozito Lima, 2º Secretário
“Justificativa para a concessão do título: Maria Edir Meira Moreira nasceu em Livramento de N. Senhora, e, ainda muito jovem, revelava uma forte vocação para a carreira pedagógica.
Possui Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia; Especialização em Alfabetização e Capacitação de Docentes pela Universidade Católica de Salvador; Programa de Desenvolvimento de Gestores da Educação e Programa de Desenvolvimento de Gestores Integrados; Curso na Universidade Federal da Bahia em Educação e Direitos Humanos. Nos trinta anos ininterruptos como pedagoga, ocupou vários cargos em educação junto à Secretaria de Educação da Bahia.
Maria Edir Meira Moreira teve uma enorme participação na formação e na educação de uma parcela dos nossos cidadãos. No período de 17 anos, de 1970 a 1987 exerceu a Direção do Colégio Estadual de Brumado (CEB) e, durante sua gestão, aplicou seu conhecimento técnico, pedagógico e científico no desenvolvimento dos estudantes brumadenses.
A concessão deste Título Honorífico de Cidadã Brumadense à Senhora Maria Edir Meira Moreira é o reconhecimento dos méritos da homenageada e o agradecimento por tudo que ela fez por Brumado.”
Assinado: Vereador Miguel Lima Dias Autor da Proposição
Foi uma noite inesquecível, iluminada, brilhante! Na porta da Câmara, a Professora Maria Edir foi recebida por vários professores vestidos de branco saudando-a e abraçando-a, para conduzi-la ao grande salão. No meio do salão, havia uma grande mesa onde se exibia uma faixa branca com os dizeres: “Os Professores do Colégio Estadual de Brumado, do período de 1970 a 1987, saúdam e agradecem a Professora Maria Edir Meira Moreira pelos serviços prestados à Educação de Brumado!”.
Quanta emoção! Os olhos de Maria Edir brilhavam como faróis e o seu coração pulava de alegria pela colheita de uma trajetória de deveres cumpridos em prol da Educação, que é tudo, e não é privilégio de ninguém.
Maria Edir agradece, de coração, a concessão desse Título Honorífico de Cidadã Brumadenses. A Professora se refere a esse título, em reconhecimento dos seus méritos e serviços prestados, como uma joia rara lapidada com muito carinho e gratidão. Esse reconhecimento em agradecimento por méritos pessoais que tocou a alma da nova Cidadã Brumadenses é como bálsamos do sofrimento de todos os professores que não são reconhecidos como importantes e indispensáveis para o desenvolvimento econômico, técnico e cientifico, necessários para alavancar a força deste País frente aos demais países ricos do mundo, pois somos ricos em matéria-prima, somos o maior País da América do Sul. Toda atenção para os professores que guiam os estudantes que são transformados em profissionais das mais diferentes necessidades que surgem na Nação!
A mudança domiciliar foi terrível! Situações de tristeza, pois a vida na antiga Bom Jesus dos Meiras fazia Maria Edir sentir-se perto dos costumes, crenças e princípios, herança de seus ancestrais. Sair de Brumado – onde fez sólidas amizades –, levada pelas exigências das circunstâncias, para enfrentar as mudanças na Baía de Todos os Santos (Salvador) foi, para a Professora Edir, um misto de medo do desconhecido com esperança de dias melhores para sua família.
Em Salvador, Maria Edir foi trabalhar no Departamento de Orientação Educacional, deixando para trás toda a movimentação alegre de um grande colégio. Mais adiante, trabalhou no Departamento de Ensino como Subgerente dos cursos profissionalizantes de Ensino Médio, depois, como Sub-gerente do Curso de Magistério na Secretaria do Estado da Bahia, onde a Professora foi adaptando-se às perspectivas de muitas responsabilidades, destacando-se as inúmeras qualificações em que teve a oportunidade de autocapacitar-se nas diversas disciplinas do Curso do Magistério a nível de Ensino Médio. Maria Edir sempre se dispôs a representar a SEC-Ba em vários municípios, universidades, apresentando propostas Pedagógicas oficiais, bem como representando e ministrando cursos de Língua Portuguesa, Psicologia e outras disciplinas do curso de magistério, ressaltando um Curso para a Integração dos Alunos Portadores de Educação Especial em Brasília. Na Capital do Brasil, a Professora Maria Edir participou do Plano Nacional de Educação em companhia da Diretora do Departamento de Ensino, onde foi montado um stand para apresentação das diferentes propostas, capacitações e realizações desse DEE da SEC na gestão da Professora Dirlene Mendonça, época em que essa gestora possibilitou o envio de muitos livros e materiais pedagógicos para as escolas da região Sudoeste da Bahia, principalmente uma estante de livros do Professor para o Colégio Estadual de Brumado, o Colégio João Vilasboas em Livramento e o CIRCEA de Rio de Contas.
A Professora Maria Edir tem ainda outros Títulos de Capacitação:
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- Participou da Conferência Nacional de Educação para Todos – evento patrocinado pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasília, 1994;
- Especialização em Administração e Desenvolvimento de Recursos Humanos, pela Fundação Visconde Cairu, Faculdade de Ciência Contábeis – Centro de Pós-Graduação e Pesquisa Visconde de Cairu (CEPREV), em 1998;
- Especialização em Psicopedagogia clínica e Institucional pela Faculdade de São Bento – Mosteiro de São Bento da Bahia 2008;
- Participação do X Encontro de Psicopedagogia Incluindo Dificuldades e Diferenças em 2008;
- Participação do Projeto realizado na Fundação Luís Eduardo Magalhães, como Professora de Didática dos Recursos Humanos, direcionado para capacitar todos os gestores que atuavam em todas as secretarias do Estado da Bahia – PDGI (Programa de Desenvolvimento dos Gestores Integrados) e, também, o PDGE (Programa de Desenvolvimento dos Gestores Educacionais da jurisdição da Capital nas escolas municipais e estaduais; foram participantes Diretores, Vice-diretores, Supervisores Pedagógicos de todas as unidades escolares de primeiro e segundo graus. Todos juntos buscando uma capacitação reflexiva para uma Escola e Educação de qualidade inclusiva, lúdica em busca da excelência. Foi um grande e importante curso de capacitação no Governo César Borges.
- Participou do Projeto Escola Ativa, em 2001 e 2002, no governo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo como Ministro da Educação o Dr. Prof. Paulo Renato, patrocinado pelo BID – Banco Mundial, atuando na Zona Rural dos Municípios de: Ilhéus, Itabuna, Ibicaraí, Barro Preto e Itapé, junto à DIREC e às Secretarias Municipais;
- Proferiu várias palestras sobre temas educativos e humanos no Estado da Bahia, destacando a Universidade de Feira de Santana, e junto à DIREC de Paulo Afonso, em Guanambi, Vitória da Conquista, Rio de Contas, Teixeira de Freitas, Porto Seguro. Também ministrou cursos sobre Alfabetização e Língua Portuguesa;
- Proferiu duas palestras na Universidade do Estado da Bahia – “Meu Professor é um herói”: práticas docentes nos Ensinos Fundamental e Médio, em 2014;
- Durante 30 anos ininterruptos, ocupou vários cargos junto à Secretaria do Estado da Bahia;
Foram muitas as palestras realizadas por Maria Edir, enquanto representante do Departamento de Ensino junto às DIRECs. O ensino nessa época foi levado muito a sério. Desnecessária seria a citação das inúmeras realizações dessa Professora durante o tempo em que esteve na ativa, permanecendo na ocupação por 27 anos em cargo público, “cargo de confiança como gestora”.
Em 2018, Maria Edir concluiu o Curso de Terapia Comunitária, realizado pelo Polo Formador – COFAM (Centro de Orientação Familiar) com o apoio da ABRATECOM (Associação Brasileira de Terapia Comunitária Integrativa). Essa é a ocupação da Professora Maria Edir atualmente, atividade que permite o contato direto com pessoas. As realizações das “Rodas de Terapia Integrativa” podem acontecer em qualquer espaço escolhido e devidamente organizado. Ela atende, atualmente, as pessoas do Convento Frei Ludovico, na comunidade de Luís Anselmo em Salvador e acha muito gratificante atender a clientela que comparece ao convento.
A Professora Maria Edir afirma que é bom recordar, sobretudo quando recordamos uma vitória, a história de se estar vivo, a sua própria história. Como é bom ter participado com afinco da história do nosso Colégio Estadual de Brumado! Lembranças, memórias, trajetória de Educadora! 17 anos de vivência envolvida no plantio das sementes férteis semeadas no Sertão Baiano, sempre afirmando: “Amar para compreender e compreender para educar”. Como é bom viver! Como é bom ter fé, sentir amor, sentir paixão por aquilo em que se acredita e poder contar sua história de um passado de registros para não se permitir morrer. Maria Edir acreditou em cada ser humano que esteve dialogando com ela. Todos juntos buscando os mesmos objetivos, foi uma prática e práxis que deram certo.
Nas suas reminiscências, Maria Edir lembra-se: da Igreja do Bom Jesus cheia de alunos, cujas Professoras de Religião, Eni Mafra e Jucelina, preparavam os meninos e jovens para receberem a Primeira Comunhão e dos encontros das Normalistas abençoados pelo Monsenhor Antônio da Silveira Fagundes; das compotas feitas pelos professores de Técnicas Agrícolas, tendo Loy como coordenadora dos serviços; dos desfiles do Dia da Pátria, da Primavera, dos ensaios dos tambores e demais instrumentos da banda; dos cursos das diferentes disciplinas; dos jogos na quadra de esporte e dos troféus conseguidos pela disputa com as cidades vizinhas; da elegância dos estudantes que formavam a grande banda vestidos com trajes de gala e rufavam os tambores para comemorar os 100 anos de Brumado; dos homens da comunidade Jacaré que cantavam e dançavam a dança do pilão para comemorar a colheita do milho; da cantina, das hortas, das professoras trabalhando com esmero. Trabalhos em equipe, um ajudando o outro; das exposições que enchiam as salas de aula, formando unidades de trabalho; da Associação de Pais e Mestres; do hastear das Bandeiras do Brasil, da Bahia e de Brumado; das comemorações dos aniversários dos professores; do Conselho de Classe e o medo da reprovação por centésimos; das quadrilhas juninas e as vestimentas notáveis; das Semanas da Cultura e dos professores de todo Departamento do Ensino médio que chegaram a Brumado para a Semana da Cultura em homenagem ao Grande Anísio Teixeira, vizinho da cidade de Caetité; dos cursos para as diferentes disciplinas, áreas de estudos, cursos de educação artística, apresentação de peças teatrais e o encontro programático de cada disciplina; dos festivais… Parece que o CEB plantou a semente para todas as faculdades que hoje existem na região! Lembranças boas, e não saudosismos, são feitos que ficam cravados na alma de quem faz acontecer.
Maria Edir Meira Moreira sempre gostou de falar, de aprender, de ensinar. A sua empatia pelo próximo é real, verdadeira, irrequieta, acelerada. Quando tem de dizer seja lá o que for, sempre é autêntica, transparente, destemida e rica em fé. A fé sempre foi o fermento de sua alma. Ela não queria sua biografia só com citação de números, de datas que ninguém decora. Ela é uma contadora de histórias, muitas delas vividas por agricultores magérrimos, sofridos, esquecidos, como muitos nordestinos deste país. Na terra árida da zona rural de Brumado, eles contavam as horas à espera da chuva para plantar o milho, o feijão catador, o algodão. Foi uma empatia enorme o que ela sentiu por eles. Tê-los conhecido, com poucos dentes na boca, mas com um olhar de luz, foi inesquecível e muito enriquecedor! Eles passavam alegria! Eles cantavam e trabalhavam. Era como se estivessem a dançar, a exemplo dos homens do Jacaré que, de roupas florais, novas e coloridas, cantavam e dançavam a “dança do pilão”, em um movimento dialético. Certa feita, em pleno palco, eles apresentaram para a comunidade de Brumado em dia festivo para todos que, encantados, ouviam a voz do nordeste: “Tá de noite, meia noite / Tá de noite, meia noite / Tá de noite!”. Esses versos não saíam da cabeça e da história de Maria Edir.
As pessoas que fazem as coisas, têm muito o que contar, Maria Edir bem reconhece que agora é que estaria plena para começar, para poder fazer mais pela Educação, pois o aprendizado continua, aí sim, tudo de bom e positivo acontece.
Maria Edir perdeu Zelito em 13 de outubro de 2009. Ele deixou um legado de honradez e nobreza de caráter e valores, assim como princípios morais. Hoje Maria Edir é aposentada e mora em Salvador – Ba.
Lá se foi o tempo em disparada nesta vida breve que não se vê passar. Tempos, costumes, tradições, conceito de família mudaram-se… Seria a evolução? Mudaram-se os tipos de relacionamentos, “qualquer forma de amor vale a pena”. Será?
É grande a saudade do que se foi, maior ainda é a esperança do que virá porque, na vida, o que serve é quando o amor prevalece.
“Graças à memória, o tempo não está perdido, e, se não está perdido, também o espaço não está.
Ao lado do tempo reencontrado está o espaço reencontrado, ou para ser mais preciso, está enfim encontrado um espaço que se encontra e se descobre em razão do movimento desencadeado pelas lembranças”
(George Poulet ao analisar Proust)
Em sua trajetória de vida, Maria Edir recebeu inúmeros títulos pelo seu trabalho, mas o mais significativo para ela foi o de Cidadã Brumadense. “Fui muito feliz em Brumado, sou sertaneja da gema, amo minhas origens”. O amor por Brumado, essa terra quente, com sol brilhante, que encheu o coração da Professora Maria Edir, credencia-lhe dizer, era uma vez uma jovem que acreditou que a Educação é a única forma de pobre ficar rico. Aqui ela se refere a riqueza de visão de mundo, de homem e de sociedade. A educação transforma tudo, porque Educação é tudo!
Salvador, outubro/2022
Texto da professora Maria Edir Meira Moreira e revisado pela professora Nifra Dias Silva.