Funkeiro enfrentava insuficiência cardíaca e infecção generalizada, impedindo a possibilidade de transplante
Por Comunicação/ MF Press Global
No último sábado, 26 de agosto, o cenário musical brasileiro perdeu um de seus pioneiros mais icônicos, o cantor MC Marcinho, aos 45 anos de idade. Reconhecido como um dos responsáveis pela popularização do funk melody, o artista deixou uma marca indelével com sucessos como “Glamourosa” e “Rap do Solitário”.
MC Marcinho encontrava-se hospitalizado desde o dia 27 de junho no Hospital CopaD’Or, situado em Copacabana, no Rio de Janeiro. Sua saúde estava debilitada por uma combinação de insuficiência renal e cardíaca, juntamente com uma infecção generalizada. O funkeiro havia recebido um dispositivo conhecido como “coração artificial”, uma tecnologia que visa replicar a função do coração ao bombear o sangue pelo corpo.
No entanto, o cenário médico do cantor tornou inviável a realização de um transplante cardíaco, conforme explicou o cardiologista Dr. Roberto Yano. A infecção generalizada que afetava MC Marcinho era um fator que impossibilitava o processo de transplante.
“O transplante cardíaco é uma alternativa valiosa para tratar condições como a insuficiência cardíaca que afetava o cantor. Contudo, as diretrizes do Sistema Nacional de Transplantes demandam que o paciente esteja em condições mínimas para receber o órgão e passar pela cirurgia. Infelizmente, esse cenário não pode ser concretizado quando há uma infecção generalizada avançada”, afirmou o Dr. Roberto Yano.
O “coração artificial”, também conhecido como ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), foi a medida adotada para tentar dar suporte ao funcionamento cardíaco de MC Marcinho. Esse dispositivo assume a função de bombear o sangue pelo corpo, atuando como um substituto temporário enquanto se aguarda a recuperação do coração ou a possibilidade de um transplante cardíaco.
O legado de MC Marcinho permanecerá como um dos pilares da história do funk brasileiro, enquanto sua partida traz à tona reflexões sobre a importância da saúde cardíaca e os desafios enfrentados por pacientes com condições graves, como a insuficiência cardíaca e as complicações associadas.