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Meio milhão de jovens largam os estudos anualmente; entenda os motivos

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Firjan realiza pesquisa para combate à evasão no Ensino Médio, revela números e possíveis causas para ocorrência do fenômeno 

Por: Flávia Viana/Conversion

Dados fornecidos pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) anualmente, através da pesquisa “Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades”, demonstram que o número de jovens que abandonam o Ensino Médio é de mais de meio milhão; o problema é recorrente no Brasil, uma vez que a passagem pelo Ensino Médio é a conclusão de uma etapa básica da formação dos indivíduos. 

Os dados também apontam que a evasão ocorre majoritariamente em famílias carentes, 70% dos alunos que abandonam a escola são de famílias cuja renda mensal per capita é de até um salário mínimo. Vale ressaltar que o fator financeiro é um dos grandes indicativos, mas não somente. 

Do ponto de vista social, os motivos não podem ser restritos à ordem econômica, embora outro fator comumente apontado seja a necessidade dos jovens de gerar renda para a manutenção de suas famílias, por isso a evasão também ocorre pela insustentabilidade de manutenção de escola e trabalho.

O fenômeno adquire tons mais complexos para a sociedade como um todo quando há o reconhecimento de que estudantes que não concluem essa etapa de formação possuem menos chances de conseguir trabalho formal, alocação profissional fixa, ou até mesmo uma qualificação adequada para o trabalho, perpetuando a pobreza e a desigualdade social, relegando-os ainda mais a uma posição de vulnerabilidade social.

No entanto, a complexidade é maior, uma vez que os motivos podem estar ligados a uma série de motivos de ordem socioculturais. Por isso, o combate à evasão escolar deve envolver diversas frentes, desde a oferta estimulante de uma educação de qualidade para os jovens até programas que visem a permanência estudantil. 

Os problemas de ordem econômica devem contemplar transporte escolar gratuito, alimentação na escola, bem como a articulação sincera entre escola e família, a fim de criar um plano de permanência para o jovem nas escolas. Além disso, é importante que haja uma integração da comunidade de maneira geral na proteção da perspectiva de futuro desses jovens. 

Afinal, um jovem cuja educação está assegurada possui um leque de opções no que diz respeito a sua posição profissional, podendo até mesmo ampliar seu repertório disputando vagas em concursos, etc. Para aqueles que vieram de escolas públicas, é interessante que a preparação ocorra de diversas maneiras; se o desejo é por concursos de grande visibilidade, como o concurso IBGE, o ideal é que um repertório de estudos seja atribuído, trazendo mais possibilidades profissionais ao indivíduo.

Foto de Capa: iStock

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745