Impacto da pandemia no mercado de trabalho possibilitou que empresas testem novos formatos de trabalho, que devem se manter no longo prazo
Por: Gabriela Bianco dos Santos
Com o avanço da vacinação e a redução de novos casos da COVID-19, uma nova discussão no mercado de trabalho vem à tona: a volta presencial das equipes aos escritórios. A crise sanitária que colocou profissionais de diversas áreas em home office, e que trouxe a curto prazo algumas vantagens, como a possibilidade de contratar pessoas de qualquer lugar e a flexibilidade, apresentou também alguns desafios, como falta de motivação, relações interpessoais, impacto na produtividade e na saúde mental e física. E dentro disto, uma solução encontrada pelas empresas foi a adoção do modelo híbrido, combinando dias de trabalho em casa (home office), com rodízio entre os funcionários presencialmente no ambiente do escritório.
Solução vista com bons olhos durante muito tempo, e que deve se manter em muitas empresas ao redor do mundo, mas que ainda divide opiniões entre organizações que, de um lado possuem funcionários que desejam voltar 100% presencial, enquanto outras, se adaptaram ao home office e pretendem continuar neste formato, ou adotando o sistema híbrido. Segundo pesquisa realizada pela consultoria KPMG, 33,8% das empresas preveem voltar ao trabalho presencial nos escritórios apenas em 2022, enquanto 66,2% já voltaram dentro do modelo híbrido ou esperam que isso ocorra ainda este ano. Fora do Brasil, a realidade que se desenha é outra, pois o que parecia ser um retorno ao velho normal — ou seja, à sede da empresa — ganhou ares de resistência, com alguns funcionários se recusando a encarar a antiga rotina ou até em alguns casos, há quem prefira a demissão. Este movimento é observado em diversos países e põe em xeque a nova rotina dos trabalhadores. Como nos Estados Unidos, onde segundo pesquisa realizada recentemente pela Morning Consult essa tendência se confirma entre os americanos: 87% dos entrevistados que adotaram o teletrabalho durante a pandemia desejam continuar no regime pelo menos uma vez por semana. Porém, alguns executivos, no entanto, não querem nem ouvir falar em propostas desse tipo e permanecem fiéis aos velhos modelos.
Para o Gerente de Recursos Humanos, Carlos Espósito, profissional que já passou por multinacionais como WarnerMidia e Latam Linhas Aéreas, e que segue acompanhando as tendências e comportamento do mercado internacional, no Brasil não existe uma urgência das empresas em retornar presencialmente nos próximos meses, mas o trabalho híbrido já é uma realidade e será algo extremamente natural e requisitado para qualquer organização. “Tenho conversado com empresários de diversos setores e venho percebendo que o plano pós pandemia com certeza será o trabalho híbrido. Além de ser muito favorável em vários escopos, temos que pensar que existe a questão do bem-estar do funcionário, custos, logística que são positivos para essas empresas. Acho muito difícil a volta 100% presencial, porque realmente este modelo de trabalho traz muitos benefícios”.
No início da pandemia a adesão ao home office fez com que uma parcela de empresários aprovasse e apostasse neste que seria o modelo ideal a seguir a longo prazo, mas a realidade no dia a dia foi outra. “Inicialmente para a grande maioria das empresas o trabalho em casa funcionou super bem, mas isso depende de diversas questões, entre elas a estrutura que a organização oferece ao funcionário, desde uma boa internet até equipamentos como cadeira ergométrica, interação com a equipe e um local na casa que sirva de escritório e que tenha privacidade. Sem isso, vimos muitos profissionais que não possuem uma condição financeira favorável com dificuldades de se adaptarem a essa realidade e como consequência o rendimento de trabalho caiu”, completa.
Dentro deste cenário, os coworkings chegaram como solução para ajudar as empresas a se adaptarem em meio à pandemia, por trazerem as ferramentas necessárias e planos customizados para a realidade de cada organização, além de ter flexibilidade para atender qualquer ajuste das empresas, aumentando ou reduzindo seus espaços conforme necessidade. “Ter o colaborador presente de 2 a 3 vezes por semana, foi o que transformou em realidade trabalho em formato hibrido, para que cada organização pudesse inserir à rotina a troca de ideias interpessoal e o networking que o home office não consegue proporcionar. A partir daí o aumento do rendimento tornou-se consequência”, afirma Patrícia Coelho, Diretora de operação e novos negócios do Club Coworking.
Segundo Patrícia, a percepção é de que ainda não há uma tendência para retorno 100% presencial e que home office exclusivo já não é mais realidade em parte do mercado, por isso, em um curto espaço de tempo, as empresas perceberam que coworking é a melhor solução para retomada do funcionário, seja em modelo híbrido, novos formatos e até mesmo um futuro presencial. “A maior parte das empresas fala em adotar o modelo híbrido e enxerga no coworking a flexibilidade ideal para fazer testes, entender a demanda dos funcionários e, se no futuro decidir voltar ao 100% presencial, poder ampliar seu espaço de forma prática”, completa.
Para equipe, as principais vantagens do trabalho híbrido está na redução do deslocamento diário, fazendo com que possa aproveitar o melhor dos mundos: a produtividade e networking do escritório, com aumento da qualidade de vida de poder estar em casa alguns dias da semana.
Sobre o Club Coworking
Fundado em 2018, o Club Coworking é uma empresa nacional de escritórios compartilhados que tem como grande diferencial o atendimento humanizado de seus clientes e um trabalho ativo de conexão e network entre as empresas ali alocadas. Com dois endereços em importantes polos de negócios na capital paulista (Avenida Paulista e Avenida Faria Lima), a empresa oferece serviços para uma rede de mais de 4.000 clientes que buscam dinamismo, eficiência e modernidade em seus ambientes profissionais.
Parte do Grupo Virtual Office, presente há mais de 25 anos no segmento, o Club Coworking traz no DNA a excelência em atendimento e ambiente familiar do grupo, além de estar atento às demandas do mercado e dos novos empresários, que vão de startups de tecnologia a empresas de investimento preocupadas em se estabelecer em pontos comerciais de destaque e ampliar networking.