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Metas dos brasileiros para 2024 incluem ouvir os outros com mais interesse e lidar melhor com conflitos, diz pesquisa

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À Preply, 25% dos entrevistados ainda reconheceram que foram impacientes com as pessoas ao redor ao longo de 2023 

Por Helvio Caldeira

Enquanto refletia sobre sua vida em 2023, você chegou a sentir que não se comunicou como deveria ao longo do último ano? Se sim, saiba que está longe de ser o único com essa impressão. Isso porque, durante a mais nova pesquisa da Preply, brasileiros de todas as partes do país também admitiram: seja porque interromperam os outros, se mostraram impacientes ou evitaram conflitos, não agiram da melhor maneira no quesito comunicação. 

As metas principais para o ano que se inicia, nesse sentido, são diversas — e incluem desde ouvir as pessoas com cuidado e ser mais construtivo a conseguir expressar as emoções de modo mais direto.  

Para compreender melhor a comunicação das pessoas nos diferentes estados, recentemente, a plataforma pediu que entrevistados de Norte a Sul do Brasil compartilhassem como avaliam suas interações passadas, bem como as habilidades comunicativas que pretendem melhorar em 2024. `À especialista no ensino de idiomas, os respondentes ainda tiveram a oportunidade de analisar o uso da língua portuguesa em 2023, entre habilidades como escrita, leitura e conversação. 

2023 entre erros e acertos 

Respeito, empatia, assertividade. Pelo menos ao que sugerem as respostas ao levantamento, essas são as três palavras que melhor resumiram a comunicação dos brasileiros com as pessoas ao redor durante 2023, um ano no qual, de forma geral, grande parte dos entrevistados se mantiveram atentos ao próprio comportamento nos âmbitos pessoal e profissional.

Esse foi o caso, por exemplo, dos mais de 61% que revelaram ter sido respeitosos e empáticos ao se expressarem, bem como aqueles que enfatizaram: quando o assunto foi expor suas opiniões com precisão (36,8%) ou negociar acordos e soluções de modo eficaz (19%), se autoavaliam, sim, positivamente quanto ao último ano. 

Isso não significa, de toda maneira, que as avaliações positivas sejam uma unanimidade entre os que responderam a pesquisa.

Para cerca de 25% deles, 2023 foi marcado por certa dificuldade em expressar os próprios sentimentos e ter um pouquinho mais de paciência na hora de se comunicar, desafios tão populares quanto evitar conversas difíceis ou confrontos necessários (32,4%). Para outros, se autoavaliar foi perceber o quanto interromperam as falas alheias (12%) e lidaram mal com os conflitos interpessoais (15%). 

Mais vocabulário ao longo do ano 

Mas, afinal, para além dos aspectos gerais de suas comunicações, como os brasileiros utilizaram a nossa língua ao longo de 2023? Enquanto especialista na aprendizagem online de idiomas, a Preply também fez essa pergunta aos respondentes, com respostas que, convenhamos, merecem os aplausos de qualquer professor de português. 

Para se ter uma ideia, de acordo com quatro em cada dez entrevistados, o grande ganho do último ano foi ver o próprio vocabulário enriquecer, com diversas palavras novas se tornando aliadas no dia a dia. Não apenas isso, aliás: tanto a escrita e leitura (29,4%) quanto a habilidade de se comunicar formalmente (19,8%) ainda fizeram parte dos destaques, em meio a projeções de aumento no número de leitores no país nos próximos anos segundo a Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia. 

Já os desafios comuns relativos ao nosso idioma, por sua vez, englobam a sensação de não se ter compreendido as gírias do momento (20,6%), além de ter sido mais informal do que gostaria (18,2%) em muitos momentos. 

Clareza, atenção, sinceridade: os desejos dos brasileiros para 2024 

Como de costume nos começos de ano, muita gente tem aproveitado a chegada do mês de janeiro para traçar o conjunto de metas para 2024 — e as resoluções envolvendo a comunicação, em 2024, farão parte das listas de boa parte dos brasileiros. 

Embora os desejos tenham variado em diferentes regiões e momentos de vida, a meta que mais uniu os entrevistados foi, em poucas palavras, a busca por mais objetividade. Afinal, para 65,6% das pessoas consultadas, a prioridade nos próximos doze meses será ter mais clareza e assertividade ao comunicar ideias, habilidade imprescindível dentro e fora de casa. 

Provando que uma comunicação eficiente requer bons ouvintes, 5 em cada 10 respostas também mencionaram o desejo de desenvolver melhor a arte de saber ouvir, ao lado de metas como expressar emoções de forma mais clara (38,6%) e lidar bem com embates e conflitos (35,4%).

Por fim, para se tornar um comunicador de mão cheia independente da modalidade, uma faceta comunicativa específica também foi adicionada à lista de objetivos anuais mais recentes da população: a atenção à comunicação digital (21%), algo que, sobretudo em tempos de TikTok e ChatGPT, costuma ser o ponto fraco dos menos antenados. Você tem se comunicado como gostaria nos ambientes online? 

“Fazer resoluções de ano novo é o momento ideal para refletir sobre suas falhas de comunicação e priorizar o trabalho nessa habilidade para que você possa melhorar as interações diárias, promover o entendimento mútuo e abrir a porta para avanços na carreira”, explica Sylvia Johnson, líder de Metodologia da Preply. “Em nossas vidas pessoais, a comunicação clara facilita laços mais fortes e promove relacionamentos livres de mal-entendidos. Profissionalmente, ela melhora o trabalho em equipe, a tomada de decisões e a resolução de problemas, ao mesmo tempo em que aumenta as perspectivas profissionais”. 

Metodologia 

Entre 13 e 14 de novembro, foram entrevistados 500 brasileiros de todas as regiões do país no intuito de compreender suas metas de comunicação para o ano de 2024. Para tal, os respondentes responderam a diferentes questões envolvendo suas interações ao longo de 2023, bem como resoluções para os próximos doze meses. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.

Sobre a Preply 

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem de idiomas que conecta professores a centenas de milhares de alunos em 180 países em todo o mundo. Atualmente, mais de 40.000 tutores ensinam mais de 50 idiomas, impulsionados por um algoritmo de aprendizado de máquina que recomenda os melhores professores para cada aluno. Fundada nos Estados Unidos, em 2012, por três fundadores ucranianos, Kirill Bigai, Serge Lukyanov e Dmytro Voloshyn, a Preply cresceu de uma equipe de três pessoas para uma empresa com mais de 600 funcionários de 62 nacionalidades diferentes, com escritórios em Barcelona, Nova York e Kiev. 

Foto: Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744