Objetivo das reuniões com representantes da Contraf e do MST foi mostrar de que forma a Pasta pode atender demandas dos movimentos
Por: Brasil 61
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Assessoria de Participação Social e Diversidade, promoveu debates com a Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf) e com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O objetivo foi apresentar ações da Pasta e debater de que forma o Governo Federal pode apoiar demandas dos movimentos.
Natalia Mori, assessora de participação social e diversidade do MIDR, explica que já foram realizados dois encontros com ambos os movimentos. Segundo ela, houve avanços nas discussões e a Pasta identificou reivindicações possíveis de serem atendidas, como políticas públicas para fomento e implantação de unidades para captação e armazenamento de recursos hídricos para consumo e produção nas diversas tecnologias conhecidas; liberação de recursos para a retomada de projetos de apoio à captação de água de chuva para melhorar a situação do semiárido brasileiro; impulsionar ações para Inovação Tecnológica Sustentável dos sistemas de produção e manutenção de barragens coletivas; e a distribuição de kits de irrigação adaptados para a agricultura familiar para até quinhentos metros quadrados, entre outras.
“Depois do primeiro contato com a Contraf, eles apresentaram uma pauta mais específica para dialogar com ações do nosso ministério, como reuso de água, maquinário para ajudar na agricultura familiar, cisternas, enfim, esse tipo de ações políticas que dialogam com o nosso ministério”, conta Natália. “Falamos sobre segurança hídrica, desenvolvimento regional com nossas rotas produtivas e, ainda, sobre a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), que tem muitas ações locais e políticas de desenvolvimento que têm a ver com a pauta da confederação”, destaca.
Já na reunião com integrantes do MST, foram debatidos temas como parcerias para fomentar perímetros irrigados para o assentamento de famílias que possam desenvolver a produção agroecológicas; estradas de acesso aos assentamentos para escoar a produção; destinação de kits de irrigação para produção e de implementos agrícolas, como tratores, colheitadeiras e plantadeiras, entre outros temas.
“Com o MST, as demandas são semelhantes às da Contraf, como kits de irrigação para os assentados terem como irrigar suas hortas, suas plantações, sistemas de uso e reuso de água, parcerias para que eles consigam cisternas, dessalinizadores e equipamentos para o desenvolvimento rural para os pequenos agricultores possam trabalhar”, ressaltou Natália.
Integrante da Coordenação Nacional do MST, Lucineia Durães explicou a importância do encontro. “A nossa reunião com o ministério foi para pautar questões importantes no processo do desenvolvimento da produção e da reforma agrária. E também sobre as rotas produtivas para desenvolver os assentamentos. É importante porque temos questões relacionadas ao perímetro irrigado e queremos dobrar o processo de produção e melhorar a qualidade da vida das famílias que vivem nessas áreas”, comentou.