Objetivo é detectar eventuais fraudes por substituição de espécie de pescado
Por IMPRENSA MAPA
Brasília (12/03/2019) – Servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizam nesta terça-feira (12) a “Operação Semana Santa”, em 16 Estados do Brasil, coletando amostras de pescado nacionais e importados na rede varejista. Na última sexta-feira (9) foi feita a coleta em Mato Grosso, somando 17 estados fiscalizados. Os produtos alvo são os de maior consumo na Páscoa e maior valor comercial: bacalhau, salmão, sardinha e outros.
A ação tem por objetivo o controle oficial de fraude por substituição de espécies de pescado, quando a empresa embala um peixe diferente (de qualidade inferior) daquele informado no rótulo do produto. Deverão ser coletadas cerca de 230 amostras desses produtos no país. O material será analisado no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, do Ministério, em Goiânia (LFDA-GO), que realizará o sequenciamento genético do material (análise pelo DNA), para verificar qual a espécie de peixe está dentro da embalagem. O DNA começou a ser usado em 2015 e garante resultado com precisão de praticamente 100%.
Participam da operação de coleta em torno de 70 servidores, divididos entre auditores fiscais agropecuários e agentes de inspeção. A previsão é de que os resultados das amostras coletadas sejam disponibilizados em cerca de 15 dias, antes da Semana Santa.
Segundo a coordenadora do Serviço de Controle de Programas Oficiais da Secretaria de Defesa Agropecuária, Adriana Aguiar Oliveira, “no ano passado, a operação resultou em um total de 87% de conformidade em amostras nacionais e 100% de conformidade em amostras de produtos importados, ambos fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). Foram coletadas também amostras de pescado produzidas em estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Estadual ou Municipal, identificando-se 44% de conformidade”.
A coleta da amostra consiste na retirada de uma parte do pescado, com bisturi descartável, colocado em recipiente com álcool conservante, para ser enviado ao laboratório. São coletadas três amostras: duas são enviadas ao laboratório e uma fica com o estabelecimento para servirem de contraprova e direito de defesa do comerciante.
Para mais informações sobre a conformidade de produtos e as ações de combate à fraude em produtos de origem animal, podem ser consultadas em publicação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), disponível no link: