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Ministério da Saúde divulga roteiro para identificação precoce da demência

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Por Janary Damacena

Estimativas do Ministério da Saúde indicam que cerca de 80% das pessoas com demência no Brasil não receberam esse diagnóstico. O dado alarmante reflete um problema que vai além da saúde, envolvendo fatores sociais e o estigma em torno da doença.

Para ajudar a enfrentar essa realidade, o Governo Federal lançou um fluxograma inédito chamado Identificação da Demência na Atenção Primária. A ferramenta, que é uma espécie de caderneta com 10 páginas, está destinada a profissionais de saúde e tem objetivo de tornar o diagnóstico de demência o mais precoce possível já no primeiro nível de atendimento pelo SUS.

Segundo a Coordenação de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, essa etapa do atendimento tem grande potencial nesse processo, especialmente com o apoio dos agentes comunitários de saúde, que podem ser os primeiros a identificar sinais iniciais da doença. Para se ter uma ideia, em 2023, o SUS realizou quase 332 mil atendimentos a idosos com demência, um aumento significativo em comparação ao ano anterior, que registrou 253 mil atendimentos.

Apesar dos avanços, muitos casos ainda são diagnosticados tardiamente. O que precisa mudar? De acordo com especialistas, é fundamental desmistificar a ideia de que comportamentos como isolamento e solidão fazem parte do envelhecimento. Esses sinais podem indicar demência, e é possível agir sobre eles desde cedo.

O novo fluxograma lançado pelo Ministério da Saúde organiza o diagnóstico da demência em três etapas simples, desde a identificação dos sintomas até a avaliação médica. Desta forma, agora os profissionais de saúde contam com um guia prático, que pode ser acessado e utilizado diretamente na atenção primária. Com essa iniciativa, o Ministério da Saúde espera melhorar o diagnóstico e tratamento da demência, oferecendo cuidado mais rápido e acessível à população.

Foto:Gerd Altmann por Pixabay

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