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Modelo matemático avança no controle de epidemias: Estudo foca no surto de monkeypox

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Pesquisadores do CPAH criam modelo refinado para prever epidemias na Europa e nos EUA

Por MF Press Global

O controle de epidemias é um dos maiores desafios globais, e avanços tecnológicos e científicos têm sido fundamentais para enfrentá-lo. Um estudo recente, publicado no Journal of Bio Innovation (J. Bio. Innov., vol. 14, n. 1, 2025), apresenta um modelo matemático aprimorado para analisar surtos de monkeypox, destacando diferenças regionais entre os Estados Unidos e a Europa. O trabalho foi realizado pelos pesquisadores membros da sociedade de extremo alto QI ISI Society, Bryne Tan Jin-Yon, Mestre em Nanociência e Física, membro da Mensa Singapura, e representante do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito em Singapura, e Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, pós-PhD em Neurociências, diretor do CPAH, e membro da Royal Society of Medicine no Reino Unido.

Bryne Tan Jin-Yon. – Foto: Divulgação

O estudo, intitulado Extending the Hybrid SEIR Model with Vital Dynamics: Insights from Monkeypox Outbreaks in the US and Europe, utiliza o modelo SEIR (Susceptible-Exposed-Infectious-Recovered) aprimorado, incorporando dinâmicas vitais, como taxas de nascimento e mortalidade, para uma análise mais realista de longo prazo das dinâmicas epidêmicas.

O que o estudo traz de novo?

Segundo o Dr. Fabiano, o modelo não só prevê a propagação do monkeypox, mas também permite ajustes regionais cruciais. “Ao incluir variáveis dinâmicas, conseguimos capturar melhor as particularidades de cada região, o que é essencial para a eficácia das intervenções públicas”, destaca.

Entre os principais achados, o estudo revelou:

  • Diferenças Regionais: A Europa teve intervenções precoces, mas menos intensas, enquanto os EUA adotaram medidas mais tardias, porém mais robustas.
  • Modelagem Avançada: A inclusão de dinâmicas vitais foi essencial para evitar projeções irreais de esgotamento populacional em simulações de longo prazo.
  • Parâmetros Otimizados: Incorporação de taxas variáveis de transmissão e análise de sensibilidade para ajustar intervenções de acordo com dados locais.

Bryne Tan, principal autor do estudo, destaca o impacto prático da pesquisa. “Nosso modelo oferece uma base robusta para prever surtos futuros e adaptar estratégias de controle de forma mais eficiente”, explica.

Impactos e aplicação prática

O estudo reforça a importância de modelos regionais para epidemias, destacando como variações no comportamento social e na resposta dos sistemas de saúde influenciam os resultados. Além disso, fornece insights valiosos para a formulação de políticas públicas mais eficazes e direcionadas.

A pesquisa, vinculada ao CPAH, demonstra como a ciência de dados e a modelagem matemática podem transformar o controle de epidemias, fornecendo ferramentas práticas para mitigar impactos e salvar vidas.

Resumo

O que o estudo encontrou?

A pesquisa identificou diferenças cruciais na forma como surtos de monkeypox se comportam em contextos regionais distintos, refletindo variações na densidade populacional, comportamento social e respostas de saúde pública. Nos EUA, intervenções mais tardias, porém intensas, resultaram em uma trajetória epidêmica mais controlada, enquanto na Europa, intervenções precoces, porém brandas, exigiram maior tempo para estabilizar os surtos. O estudo também revelou que as dinâmicas vitais – como nascimentos e mortes – são fundamentais para simulações de longo prazo, garantindo projeções mais realistas ao impedir o esgotamento populacional nas simulações. Além disso, a análise de sensibilidade confirmou a necessidade de ajustes finos nos parâmetros de transmissão, destacando que intervenções públicas bem programadas podem reduzir significativamente o impacto da epidemia.

Fonte:

  • Bryne, B. T. J.-Y., & Rodrigues, F. de A. A. (2025). Extending the Hybrid SEIR Model with Vital Dynamics: Insights from Monkeypox Outbreaks in the US and Europe. Journal of Bio Innovation, 14(1), 16-26. DOI: 10.46344/JBINO.2025v14i01.02

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745