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Moisés personagem bíblico

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Moisés, foi um Libertador, estadista, historiador, poeta, moralista e legislador hebreu – o maior vulto do Antigo Testamento. Deus o usou para   formar, de uma raça de escravos egípcios  que viviam  sob as maiores dificuldades e tratamento cruel –  maltratados ,  oprimidos  e  trabalhos forçados. Coube-lhe a missão de transformá-los  em uma nação poderosa.

A história de Moisés ocupa os  primeiros cinco livros da Bíblia: Genesis (atribuído como de sua autoria), Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. O quinto livro da Bíblia foi denominado Deuteronômio (“segunda Lei”) por seus tradutores gregos.  Deuteronômio é, em síntese, um relato das últimas palavras e atos de Moisés. Em geral, estas leis referem-se aos problemas que surgiam na vida diária.   Diante desses feitos pode-se considerá-lo um grande vulto da época.

Moisés nasceu no Egito, tribo de Davi,  no fim do século XIII a.C.,   filho de  Arão e Joquebebe, (pais, também   de Miriã, Aarão). Criaram a criança  por três  meses, mas   por temer ser atingido pelo  decreto do rei,  mandando  matar os hebreus recém-nascidos do sexo masculino, instruindo as parteiras egípcias dizendo: Quando servirdes de parteira às hebreias,  se for filho, matai-o; mas se for filha, que viva. Disseram ao rei:   as mulheres hebreias não são como as egípcias; são vigorosas, e antes que lhes chegue à parteira já deram à luz aos seus filhos.

 Fizeram um berço de juncos, revestiram-no de betume e colocaram nas águas do rio Nilo,  confiantes nos desígnios e vontade  de Deus. Miriã irmã do menino, por ordem da mãe, foi para o outro lado do rio para observar o que aconteceria. O  qual foi  salvo pela  filha do faraó  Ramsés II,  Termutis,  que se banhava no rio,  que ao avistar o regatou e foi criado  como seu filho.

A princesa providenciou uma ama, porém , tanto  esta,  como as outras, foram rejeitas e,  a criança não mamou. Alertada por Miriã, que ali se  fingiu estar por acaso,  disse-lhe “ É inútil, senhora, que mandeis chamar outras amas, pois elas não são da mesma nação que esta criança. Se tomardes uma hebreia , talvez ele não sinta aversão”.

 Termutis assim procedeu  e a autorizou procurar uma. Ela trouxe Jaquelube que ninguém conhecia, para ser ama  e alimentar a criança. Dessa forma, o  menino foi amamentado pela própria mãe.

A princesa recomendou-as que  criasse o menino com zelo e  todos os cuidados e lhe deu o nome de Moisés que significa salvo das águas. Diante desse acontecimento, resolveu adotá-lo, levou-o ao Rei Faraó, seu pai,  e alegou  ser um presente do rio Nilo para ela. Ofereço-o , como seu sucessor,  pois não tinha  filho homem. Ao colocar-lhe o diadema, Moisés,  instintivamente,  o arrancou e jogou no chão, pisando-o.

À medida que o menino crescia,  demonstrou ter muita  inteligência para a sua idade. Provocando inveja  aos doutores da lei, que queriam eliminá-lo.  Educado na cultura egípcia, por ser judeu,  rejeitou ser chamado filho da filha do faraó. Foi criado na corte do Faraó. Ele tinha plena consciência de que o rei  sequer consideraria ouvir as palavra de um ser humano comum. Deus fez ver ao rei  que estava tratando com alguém que merecia ser ouvido.

 Ao visitar o cativeiro dos  hebreu, matou  um feitor   egípcio, que espancava um hebreu e o enterrou na areia. Abandonou o país  fugindo pelo Sinai e estabeleceu-se em Midiã.

Em defesa das irmãs  que buscavam água doce em um  poço,  foram agredidas por alguns pastores, tomando-lhes  as vasilhas de água. Moisés  os   afugentou   fazendo justiça. Contaram ao pai  Reuel, o ocorrido e pediram a ele , que mostrasse o seu reconhecimento  ao estrangeiro que as socorreu. Não só agradeceu como deu-lhe Zípora, uma de suas sete  filhas,  em casamento e a superintendência de todos os seus rebanhos. Passou então a viver no deserto onde trabalhou para o sogro, o sacerdote Jetro,  como pastor.  Zípora deu à luz um filho que ele chamou Gérson e depois a  Eliezer.  Permaneceu  peregrinando, por quarenta anos no deserto.

Morto o rei do Egito,  os filhos de Israel clamaram a  Deus,   que ouviu os seus  pedidos e atentou para essa condição cruel de escravidão, prometendo libertá-los.

Era  crença popular que Deus morava  no Monte Horebe  ou Sinai.  O encontro entre Deus e Moises  no Monte Sinai  gerou um profundo impacto no Mundo.  Ele ouviu o  clamor do povo  por Justiça e liberdade.  O Anjo do Senhor  aparece-lhe  numa chama de fogo no meio duma sarça (planta) ardente e a sarça não se consumia. Deus o chamou identificando-o pelo nome.  Javé,  anunciou tê-lo escolhido, pelas suas virtuais qualidades e homem de fé,  para libertar o seu povo do cativeiro egípcio e conduzi-lo à Terra Prometida.

  Ordenou-lhe que voltasse ao Egito sem medo, a fim de libertar os hebreus   da sua cruel escravidão.  Moisés foi dotado de poderes especiais para operar prodígios,  e cumprir a missão que lhe fora confiada. Arão seu irmão, por ordem de Deus,  foi  a seu encontro,  para auxilia-lo nessa missão. Moisés fez todo relato e instruções  que ouviu de Deus a  Arão.

Vai, e torna ao Egito, porque são mortos todos os que  procuravam tirar-lhe a vida.   Ele Demonstrou ao seu povo, que sua missão foi  determinada por Javé, e  que  seria o seu  guia e o libertador da escravidão. Queixaram a Moisés e Arão os maus tratos sofridos.

Moisés e Arão  foram ter com Faraó e pediram  cedesse a solicitação de liberdade para os hebreus para uma celebração no deserto. Ante a sua recusa fez com que o país fosse assolado  por  pragas.

 Ao se encontrar com o novo  Faraó, Contou-lhe o que Deus dissera no monte Sinai. Suplicou-lhe então que não resistisse com incredulidade à vontade daquele soberano Senhor dos reis.

 Faraó, no entanto, zombou de suas palavras, e então Moisés fez em sua presença os mesmos prodígios que havia feito no monte Sinai. Os reis do Egito eram considerados deuses e suas palavras eram encaradas como pronunciamentos divinos.

Então comandou  as dez pragas,   foi visto pelos egípcios  como se fosse feiticeiro ou  um mágico. Depois  os egípcios  expressaram admiração por Moisés e disseram: Isto é o dedo de Deus que tem produzido esses milagres,  por intermédio de Moises.  Dessa forma eles aprenderam que o Deus de Moisés era bem maior que os  deuses falsos dos egípcios. Moisés por meio dos milagres revelou o poder de seu Deus.

Novamente falaram ao Faraó e para convencê-lo  e aos seus oficiais, Arão lançou o cajado no chão e transformou-o em uma serpente. Faraó requisitou os sábios do Egito e fizeram o mesmo,  com suas ciências ocultas, porém a vara de Arão devorou as serpentes  deles.

Toda via o coração do Faraó endureceu  e não  permitiu a liberação dos escravos. Promoveram como determinado pelo SENHOR impondo  as dez pragas,  delas,  a última foi a morte de todos os primogênitos egípcios, inclusive o filho do rei.

 As pragas foram: 1 – as águas se transformaram em sangue; 2- praga das rãs; 3 –  praga dos piolhos; 4 – praga das moscas; 5 –  peste dos animais; 6 –  praga das úlceras; 7 – praga chuva de pedras; 8 – praga dos gafanhotos; praga das trevas; 10 – praga morte dos primogênitos.  Nenhum   dos filhos de Israel pereceu, dessa forma fez  distinção entre os egípcios  e os israelitas.

 O Faraó cedeu e resolveu libertar os hebreus. Disse o Faraó: Sai  do meio do meu povo, vai  com todos os seus pertences. Os israelitas  habitaram no Egito por 430 anos.

Quando Moisés e seu povo estava a caminho da Terra Prometida, o soberano se arrependeu da decisão e ordenou às suas tropas que os perseguissem e os trouxesse  de volta

Mas Moisés abriu  com seu cajado  um caminho  em meio as águas  do mar vermelho e ao estender a mão sobre o mar,  as águas refluíram   tragando  o exército de Faraó.

 No dia seguinte, os ventos e as ondas impeliram as armas dos egípcios para a praia onde os israelitas estavam acampados. O  cântico de Moisés sobre o  triunfo – o hino de ações de graça,  foi entoado por ele e os filhos de Israel.

Moisés levou o seu povo ao sopé do monte Sinai e se recolheu ao alto do monte oferecendo  a Deus um sacrifício como gratidão pela salvação e liberdade do seu povo.

No monte Sinai, recebeu  as tábuas dos dez mandamentos e estabeleceu nova aliança  com Javé. Orou durante quarenta dias e quarenta noites. O  povo ficou desesperado com essa demora,  e cada um fazia sua conjectura. Por fim,  ele voltou para alegria  do povo.

Nesse período não se alimentou com comida humana. Trouxe consigo as duas tábuas do testemunho escritas pelo dedo de Deus. Depois de falar com Deus o seu rosto resplandecia.

 Ao regressar,  encontrou os hebreus dedicados à idolatria. Queimou o bezerro de ouro , fabricado por Arão,  o reduziu  a pó,  espalhou  sobre a água e mandou  o povo bebê-la. Como castigo vagaram por quatro décadas no deserto.

Em  Mara, o povo reclamava a falta d’água,  Moisés  transformou a água amarga em água doce.  Revoltados com a falta de comida criticaram Arão e Moisés, culpando-os como  responsáveis pela situação, pois preferiam viver no Egito onde tinham alimento  a fartar. Conduziram-nos  a esse deserto para nos matar de fome.  Deus cientificou a Moisés que enviaria Maná e codornizes  para alimentação do povo.

Acamparam em  Refidim e não havia ali água para beber. Disseram:  nós e nossos animais vamos  morrer de sede.  O Senhor  atendeu o clamor de Moisés e disse:   Ferirás a Rocha, e dela sairá  água e o povo beberá.

Quando chegou aos limites de Canaã, Moises concluiu a sua missão.  Promulgou um conjunto de leis inspirados nos dez mandamentos e designou Josué como seu sucessor.

O Egito após várias derrotas ,  o rei foi informado de que só havia um hebreu capaz de auxiliá-lo, o rei intuiu  ser Moisés, esse hebreu em questão. Pediu a filha para fazê-lo general de todo o exército. Ela reivindicou que não lhe fizesse mal algum e  recriminou os sacerdotes que o tratava como inimigo  e agora dele estavam dependo  para auxilio. Corajoso , praticou atos de bravura e deu a vitória ao Egito.

 Os egípcios despeitados pelo seu valor, enciumados,  achavam que ele, pela fama das conquistas,  poderia  vir a ser o senhor da nação.  Descoberta essa intenção Moisés fugiu para o deserto   de lá até  foi para  cidade de Midiã, livrando-se dos perseguidores

Tarlis, filha do rei da Etiópia, tendo-o visto do alto das muralhas,   ficou cheia de admiração pela sua bravura.   Apaixonou-se por ele,  mandou oferecer-lhe a mão em casamento. Ele aceitou  a proposta com a condição de que lhe fosse entregue a cidade. Com essa confirmação foi dado a vitória aos Egípcios.

Moises, entrando pelo meio da nuvem, subiu ao monte e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noite.

  Uma voz fala do céu diretamente ao  povo e dita  os preceitos contidos no tabernáculo: I. Há um só Deus, e somente Ele deve ser adorado. II.  Não se deve adorar a imagem de animal algum. III. Não se deve jurar em vão o nome de Deus. IV. Não se deve profanar por obra alguma a santidade e o descanso do sétimo dia. V. Deve-se honrar pai e mãe. VI. Não se deve cometer assassínio. VII. Não se deve cometer adultério. VIII. Não se deve roubar. IX. Não se deve das falso testemunho. X. Não se deve desejar coisa que pertença a outrem.

Foi  criticado  em Mara, em Sim, e em Refidim.  Com fome e sede quiseram apedrejar Moisés. Miriã  torna-se leprosa e fica curada em resposta a oração de Moisés.

Apesar de ser criado  em um ambiente de idolatria, cercado por idolatras que adoravam os seus ídolos pagãos, edifica a nação de Israel  na rocha firme e ensina a fazer o culto  ao único Deus (Jeová).

 O Senhor manda Moisés fazer uma serpente de bronze para curar aqueles que olhassem para ela. Lembra  que o SENHOR guiou os israelitas à terra prometida, mas que, por causa da dureza de coração dos israelitas, muitos morreram devido às picadas das serpentes.

 Deus não lhe permitiu entrar em Canaã.  Ele contempla  a Terra da Promissão do cume do monte de Pisga. Nomeia.

 Josué, seu sucessor,   estava cheio do Espírito de sabedoria, porque Moisés tinha imposto as suas mãos sobre ele. De modo que os israelitas lhe obedeceram e fizeram o que o Senhor tinha ordenado a Moisés. “Esta é a terra que prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó, quando lhes disse: Eu a darei a seus descendentes. Permiti que você a visse com os seus próprios olhos, mas você não atravessará o rio, não entrará nela”.

Fez de Josué General e o entregou o  comando do exército e retirou-se para o monte. Josué saindo vitorioso do embate contra os amalequitas,   foi aclamado pelo seu valor  e sua virtude,  por todo exército.

Arão, irmão de Moisés, Deus o  alçou  a sumo sacerdote, essa decisão causou   a  inveja de Corá,  que pretendia o cargo.  Incitado por Corá,  o povo se rebelou  e tentou  matar a pedradas Arão e Moises.

Era estimado pelo povo,  como seu profeta de maior liderança e  considerado o maior profeta hebreu.  Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face. E que fez todos aqueles sinais  que o Senhor o tinha enviado para fazer no Egito, contra o faraó, contra todos os seus servos e contra toda a sua terra.  Pois ninguém jamais mostrou tamanho poder como Moisés nem executou os feitos  que Moisés realizou aos olhos de todo o Israel.

Os sacerdotes consideraram um truque de Moises e fez a mesma coisa: fazendo o cajado rastejar como cobra, transformar água em sangue ou invocarem rãs do Nilo, eles acreditaram  que era o poder de seus deuses agindo por intermédio deles.

 Os magos do Faraó não ficaram muito impressionados com Moisés e seu Deus uma vez que podiam fazer algumas coisas semelhantes por meio de sua arte mágica.

Viveu  quarenta anos no Egito, quarenta anos  deserto,  outros quarenta à frente dos israelitas no deserto. Morreu com 120 anos de idade. todavia, nem os seus olhos nem o seu vigor tinham se enfraquecido. Foi sepultado  no vale que fica diante de Bete-Peor, mas até hoje ninguém sabe onde está localizado seu túmulo.

 Os israelitas choraram Moisés nas campinas de Moabe  durante trinta dias, até passar o período de pranto e luto.

Os israelitas foram escravizados pelos egípcios por quatrocentos anos,  outros atestam 215 anos.

Fontes de pesquisa:

Enciclopédia BARSA;

História dos Hebreus de Flávio Josefo;

Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer;

Comentário Bíblico de Earl D. Radmacher, Ronaldo B. Allen e H. Wayne House;

Bíblia Sagrada – comentada.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745