Por Antônio Novais Torres
Neste período de março de 1964, houve grave crise institucional na país. Vigia então o regime democrático definido na Constituição de 1946 e as alternativas de desenvolvimento econômico do Brasil.
Advertidas as Forças Armadas pelos chefes da circular reservada do Chefe do Estado Maior, General Humberto de Alencar Castelo Branco, Exército, Marinha e Aeronáutica, foram chamados para a defesa da democracia, da unidade e da integridade do Brasil, [que entendiam estar abalada politicamente].
Com o apoio da Nação, a 31 de março de 1964, deram início ao movimento militar que depôs o presidente João Goulart e que inaugurou uma nova fase histórica para o Brasil.
A revolução de 1964 [ou Golpe Militar, com alguns o definem], manteve Antonio Lomanto Júnior no governo da Bahia [1963-1967], eleito em sufrágio universal].
Em 1965 deixaram de existir todos os partidos político e organizaram dois únicos paridos: Aliança Renovadora Nacional-ARENA e Movimento Democrático Brasileiro – MDB.
Por indicação do primeiro presidente da Revolução de 1964, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, elegeu governador, o historiador e político Luíz Viana Filho, 1967-1971. Sob a sua administração, implantou-se o Centro Industrial de Aratu e efetivou a seriedade da educação e cultura, a exemplo do Plano de Educação, sob a liderança de Luís Navarro de Brito.
O médico e político, Antonio Carlos Magalhães, [ACM, 1971-1975], eleito pela Assembleia Legislativa do Estado, foi sucessor, de Luíz Viana Filho. Antes administrou a Prefeitura da cidade Salvador, no decurso da sua gestão, realizou um plano urbanístico de avenidas, vales e de renovação da cidade. Construiu o Centro Administrativo, levando a administração pública para uma área localiza à margem da Avenida Paralela (Avenida Luís Viana Filho).
Roberto Figueira Santos, médico, professor e ex-reitor da Universidade Federal da Bahia, foi indicado para suceder Antonio Carlos Magalhães. Eleito pela Assembléia Legislativa para o período de 1975-1979. Roberto Santos governou a Bahia no período de posições autoritárias e ditatoriais do movimento militar conservador, denominado “revolução de 1964”.
Administrador dedicado [e competente] Roberto Santos implantou como realizações possíveis: O Polo Petroquímico da Camaçari, Centro Industrial de Aratu, hospitais, escolas e rodovias [foi considerado o benfeitor de Brumado pelos investimentos que aqui realizou].
As forças políticas e sociais que deram sustentação ao governo de Luís Viana Filho e Antonio Carlos Magalhães, tais forças acabaram negando apoio a Roberto Santos preferindo indicar Antonio Carlos Magalhaes (PDS) para novo governador, período de 1979-1983. Indicado e eleito pela Assembleia Legislativa, Antonio Carlos Magalhães, repetiu no segundo governo o comportamento e as linhas administrativas do primeiro governo.
Lançou como seu sucessor, desta vez por via direta, o presidente do Banco do Estado da Bahia – BANEB, o advogado Cleriston Andrade, enquanto a oposição, liderada pelo PMDB, preferiu a candidatura de Roberto Santos.
Um acidente aéreo vitimou o candidato Cleriston Andrade [ e sua comitiva] pouco antes das eleições. Antonio Carlos, então, viabilizou a candidatura de do deputado João Durval Carneiro (PDS) para o período de 1983-1987, que foi eleito em sufrágio universal. Sua eleição correspondeu à mesma correlação de forças que sustentou o governador Antonio Carlos Magalhães, foi eleito em sufrágio universal, com o apoio de ACM .
Em Novembro de 1986, foi eleito governador, o ex-ministro da Previdência Social, Waldir Pires do PMDB, para o período de 1987-1989 derrotando o candidato do PDS, Josaphat Marinho que contava com o apoio de Antonio Carlos Magalhaes.
Com a renúncia do cargo de governador, Waldir Pires para se candidatar como vice-presidente de Ulisses Guimarães, assumiu o governo o vice-governador Nilo Coelho (PMDB) para o período de 1989-1991.
Em seguida;
Antonio Carlos Magalhães (PFL) 1991-1994, eleito em sufrágio Universal.
Ruy Trindade, Presidente do Tribunal de Justiça, assumiu a governança de 02/04/1994-01/01/1995.
Antônio Imbassahy, (PFL) , de 01/05/1994-01/01/1995.
Paulo Souto (PFL), de 01/01/1995-04/04/1998.
César Borges (PFL) de 04/04/1998-01/01/1999 – Obs. O vice assumiu o cargo de governador em razão da renúncia do titular.
César Borges (PFL), reeleito de 01/01/1999-05/04/2002, reeleito no cargo de governador por sufrágio universal.
Otto Alencar (PFL), de 05/04/2002-01/01/2003, (Vice-governador eleito no cargo de Governador).
Paulo Souto (PFL) de 01/01/2003-01/01/2007 eleito em sufrágio universal.
Jaques Wagner de 01/01/2007-01/01/2011 ; e 01/01/2011-01/01/2015.
Rui Copsta (PT) 01/01/2015-01/01/2019; e 01/01/2019-01/01/2023.
Jerônimo Rodrigues (PT) de 01/01/2023 – em exercício, eleito em sufrágio universal.
Fontes:
Wikipédia, a enciclopédia livre;
História da Bahia de Luís Henrique Dias Tavares – Professor Titular de História do Brasil da Universidade Federal da Bahia. – Doutor em história;
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