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Mudança na terapia padrão para câncer de pulmão beneficiará baianos

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Um tempo maior de vida com qualidade graças à redução dos efeitos colaterais do tratamento. Esses são, de forma resumida, os maiores benefícios da mudança da terapia padrão – de quimioterapia para imunoterapia com o medicamento pembrolizumabe – para o câncer de pulmão do tipo de células não pequenas metastático (que já se espalhou para outras áreas).

 

O câncer de pulmão de células pequenas é o mais prevalente na população (cerca de 85% dos casos). Na Bahia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de que mais de 1.000 novos casos da doença sejam registrados este ano, cerca de 340 deles só em Salvador. Por isso, amudança no padrão de tratamento da doença aprovada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem animado os especialistas.

 

“Sem dúvida, a notícia representa um grande avanço no tratamento dessa doença. Entretanto, a imunoterapia com pembrolizumabe está indicado somente para quem tem alta expressão de uma proteína na parede da célula chamada PDL-1, o que ocorre em aproximadamente 25% dos pacientes”, explica Antonio Buzaid, coordenador do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer (Ivoc).

 

A decisão da Anvisa tem como base os dados apresentados durante o encontro anual da American Society of Clinical Oncology (Asco) realizado no início de junho em Chicago (EUA), conforme explica Carolina Kawamura, oncologista da BP que esteve presente ao evento e é especialista no tratamento no câncer de pulmão.

 

“O câncer de pulmão é uma doença grave e com alto potencial de agressividade. Essa medicação tem um mecanismo de ação inovador, pois estimula o sistema imunológico do próprio doente a combater o tumor. Nos casos com alta expressão de um marcador chamado PDL-1 o pembrolizumabe se mostrou mais eficaz do que a quimioterapia convencional, reduzindo o risco de morte em 40% por qualquer causa (quando comparados ao grupo que recebeu quimioterapia). Por isso, esta aprovação representa um enorme avanço no tratamento do câncer de pulmão, não só pela sua alta eficácia, mas também por proporcionar menos efeitos colaterais aos clientes, contribuindo para a melhor qualidade de vida”, destaca a especialista.

 

Sobre a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

 

A Beneficência Portuguesa de São Paulo agora é BP. Composta por 7 Unidades de Negócio distintas, sendo 4 ofertas hospitalares e 3 que contemplam outros serviços de Saúde e de Educação e Pesquisa, a BP possui mais de 220 mil m² construídos, 7.500 colaboradores e mais de 3.500 médicos distribuídos em oito edifícios e cerca de 50 Clínicas nos Bairros da Bela Vista, onde são concentrados os serviços privados, e da Penha, onde são oferecidos os serviços para clientes regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

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