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Mudanças de temperatura no inverno impulsionam casos de sinusite; saiba mais sobre a condição

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Mudanças de temperatura no inverno impulsionam casos de sinusite; saiba mais sobre a condição

Por Comunicação/ Central Press

Com a chegada do inverno, a ocorrência de mudanças bruscas de temperatura é um fenômeno que propicia o aumento de casos de sinusite, uma inflamação das mucosas que revestem os seios da face – a região óssea que circunda os olhos, nariz e maçãs do rosto. Além das temperaturas mais baixas, outros fatores como a queda na umidade do ar e a elevada concentração de poluentes na atmosfera contribuem para o aumento das doenças respiratórias.

O professor titular de Otorrinolaringologia da Universidade Positivo (UP) em Curitiba, Paraná, Vinícius Ribas Fonseca, ressalta que as baixas temperaturas têm o efeito de reduzir o batimento dos cílios nas vias respiratórias do nariz, garganta e ouvidos, diminuindo a eficácia do movimento do muco protetor. Isso, por sua vez, aumenta a vulnerabilidade à entrada de vírus e bactérias na região.

A ingestão insuficiente de líquidos durante o inverno é outro fator que contribui para a propagação da sinusite. A falta de hidratação leva ao ressecamento dos tecidos, resultando no aumento da espessura do muco e, consequentemente, favorecendo a entrada de agentes infecciosos. A prática de manter ambientes fechados e frequentemente aglomerados também eleva o risco de exposição a esses agentes.

O processo inflamatório associado à sinusite muitas vezes deriva de uma inflamação nasal mal resolvida, podendo ser provocado por resfriados, crises alérgicas prolongadas ou infecções anteriores não tratadas adequadamente. O sistema imunológico enfraquecido amplia a suscetibilidade a novas infecções.

A sinusite se divide em tipos comuns, sendo os mais frequentes os virais e bacterianos. A diferenciação entre eles reside na intensidade da inflamação e nos sintomas apresentados. A sinusite viral tende a ser mais branda e autolimitada, enquanto a bacteriana resulta frequentemente de resfriados, gripes ou crises alérgicas não tratadas.

Os sintomas característicos da sinusite incluem tosse, dores intensas na região dos seios da face, dores de cabeça, pressão ao inclinar a cabeça, obstrução nasal com secreção amarelada ou esverdeada, além de outros indícios como febre, coriza e dores musculares.

O tratamento da doença, em sua maioria, consiste em medidas autolimitadas. A lavagem nasal com soro fisiológico, analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas são indicados. Em casos mais graves ou persistentes, a intervenção médica é necessária para combinar medicamentos como anti-inflamatórios, antibióticos e até corticosteroides.

A sinusite pode desencadear complicações mais sérias, especialmente quando não tratada adequadamente. Casos graves podem afetar órgãos vizinhos como olhos, ouvidos, cérebro, garganta e pulmões, ressaltando a importância de um tratamento adequado e o acompanhamento médico quando os sintomas persistem ou se agravam.

Foto de Capa: FreePik

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745