Muitas idosas por terem a concepção de estarem com idade avançada, optam por não seguir o tratamento, porém é possível ter uma longevidade ativa durante e após o câncer de mama, segundo a especialista.
O mês de outubro foi constituído através das ações internacionais para conscientizar sobre a prevenção e o controle do câncer de mama, sendo idealizado pela Fundação Susan G. Komen for Cure, no ano de 1990.
Os últimos levantamentos referente ao câncer de mama, que atinge majoritariamente as mulheres, registrou 66.280 casos no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em vista disso, a taxa de mortalidade pela doença é muito alta, segundo as informações só no ano de 2020 morreram 17.825 brasileiras.
O câncer de mama não tem diferenciação, pois pode acometer desde uma mulher mais jovem até uma mulher idosa, principalmente. Referente às análises, relatam que uma idosa com 70 anos ou mais que tenha a enfermidade, tem 20% de chance a mais de vir a óbito.
A especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora e CEO da Senior Concierge, empresa que pratica um modelo de atenção integrada para dar suporte a pessoas com mais de 60 anos, Márcia Sena, diz, que muitas dessas idosas acabam morrendo pela falta de um tratamento adequado e também pela descoberta tardia da doença.
“Essas mulheres acima dos 65 anos, ou quanto mais velhas forem, acreditam que não precisam mais fazer os exames de prevenção, por estarem na menopausa. Porém, isso é uma desinformação que gera risco” relata a Sena.
Márcia, diz, que as idosas, por acharem que já estão com uma idade avançada, acabam também optando por não fazer ou parar o tratamento. Porém, vale lembrar que é possível sim ter uma longevidade ativa durante e após a doença. Pois essa enfermidade não é o fim da vida, visto que a doença tem cura sendo tratada em fase inicial.
Ainda, Márcia Sena orienta, que é fundamental que a mulher a partir dos 20 anos, realize mensalmente o autoexame. Já as mulheres de 50+, é importante se submeter à mamografia de rastreamento e outros exames, pelo menos uma vez ao ano. Sendo assim, este é um tema que merece a atenção das mulheres idosas, principalmente em relação à periodicidade do autoexame.
“Vale ressaltar a importância dos cuidadores e familiares neste processo, tanto para o incentivo ao autocuidado, como também na programação de idas anuais ao médico para a realização específica da mamografia”, enfatiza Márcia.
A especialista em longevidade ativa e qualidade de vida, cita alguns sintomas do câncer de mama em mulheres idosas.
- Vermelhidão na pele da mama;
- Alterações no mamilo;
- Nódulo fixo- quase sempre indolor;
- Produção anormal de líquido na mama;
- Nódulo pequeno nas axilas;
“Fazer o autoexame e o tratamento para combater o câncer, é um sinônimo de autoamor e autocuidado que deve ser difundido não só no mês do outubro rosa, mas durante todo o ano”, finaliza a especialista.