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Municípios da microrregião de Brumado (BA) registram aumento de 222% nos casos de sífilis

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Na microrregião onde estão os municípios de Ituaçu, Condeúba, Tanhaçu, Aracatu e outras 10 cidades baianas, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento de 222%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.

Por Agência do Rádio

A população dos municípios pequenos do centro-sul baiano precisa se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs, como HIV, gonorreia, hepatites virais e sífilis. Essas doenças são transmitidas de uma pessoa a outra por meio de contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso da camisinha.

Na microrregião de Brumado, onde estão os municípios de Ituaçu, Condeúba, Tanhaçu, Aracatu e outras 10 cidades baianas, as infecções por sífilis entre a população tiveram aumento de 222%, em apenas um ano, de 2017 a 2018.  Apenas nos seis primeiros meses de 2019, foram notificados quase 40 casos de sífilis na região. Os dados são do DataSUS.

As autoridades em Saúde alertam que a negligência no uso da camisinha e a crença de que essas doenças são problemas apenas das cidades grandes podem contribuir para aumento das ISTs principalmente entre os jovens.

Carla Bresse, enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado, explica que a melhor forma de prevenção contra as ISTs é o uso da camisinha e alerta que os casos de sífilis são altos no estado.

“Aqui na Bahia, a gente tem um grande enfrentamento em relação à sífilis, que é a infecção sexualmente transmissível com maior ocorrência. Temos a sífilis em taxas alarmantes e as ações são direcionadas no sentido de tentar reduzir ou minimizar 20%, ao ano, essa incidência.”

Arte: Ítalo Novais/ Sabrine Cruz

A Bahia registrou, ao todo, quase 3 mil casos de sífilis, no primeiro semestre do ano passado. Nos últimos nove anos, foram 7.992 casos registrados.

Além disso, o estado teve 800 casos de HIV notificados, apenas nos seis primeiros meses de 2019. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu mais de 31 mil baianos, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram 2.183 pessoas, de 2000 a 2017, no estado. Os dados são do último Boletim Epidemiológico HIV/Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde.

A prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs e o uso da camisinha é um hábito que precisa ser constante, também entre os jovens dos municípios pequenos, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.

“Se a gente coloca um jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da camisinha”.

Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.

Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.

Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist.

 

 

 

Foto: (Divulgação)

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