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Não reeleja ninguém

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A oxigenação no Parlamento e Executivo é salutar para a política não cair na mesmice de pensamentos. Quem não tem competência para apresentar os seus projetos e aprová-los, em quatro anos, não devia se iniciar na política representativa nem tentar a reeleição.   

Estamos cansados de políticos tiriricas, de falsos messias, de enganadores que em época de eleição se apresentam para pedir votos e depois se esquecem de seus compromissos com o eleitor.  

  

O exercício representativo político é uma oportunidade dos cidadãos de poderem contribuir de forma cívica com a nação através do emprego de seus conhecimentos e experiências, mas devia ser exercido de forma temporária.  

  

A política não devia ser confundida com profissão, como hoje muitos, de maneira obstinada, operam. Trata-se, pois, de mandato transitório, o qual, após o cumprimento, devia ceder lugar para novas cabeças pensantes. Afinal, ninguém é insubstituível na vida.   

  

A reeleição política devia ser proibida para frear o contingente de políticos profissionais, instalados no país, assim como o instituto do voto obrigatório – incompatível no Estado Democrático de Direito -, responsável pela eleição e reeleição do quadro político nacional, repleto de oportunistas (incompetentes) de condutas não ilibadas vivendo no cabide de emprego público ou cuidando de seus inconfessáveis interesses.  

  

É lamentável que profissionais de diversas áreas de atuação – como médicos, advogados, engenheiros, professores, etc. – venham, praticamente, se desvincular de suas profissões para se enveredar na política representativa e, o pior, tomar gosto pelo poder a ponto de não pretenderem largar mais a vida pública.    

 

A reeleição de um político representa a sua garantia de emprego, enquanto o responsável pela reeleição pode estar desempregado e vai continuar sem emprego. 

  

Certa feita, o jornal espanhol El País escreveu que ser político no Brasil é um grande negócio, tendo em vista as vantagens auferidas. E são tantos os benefícios que muitos desejam ingressar na política e poucos pensam em abandonar as benesses públicas.   

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745