Pressões econômica e privilégios geram discussões sobre o futuro do país
por Jornal do Sudoeste
A busca por equilíbrio nos mercados, governos, empresários e a própria população se faz cada vez mais urgente diante dos desafios enfrentados. O foco excessivo no mercado ou um governo excessivamente político têm gerado impactos significativos na vida da população, que agora está enfrentando as consequências.
A pressão sobre a população atingiu seu limite e é necessário deixar de lado a guerra entre mercado e governo. As cobranças estão se tornando insustentáveis e, diante desse cenário, é fundamental buscar o equilíbrio necessário.
A população já arca com altos impostos e enfrenta um serviço público aquém do esperado, além de altas taxas de desemprego e o fechamento de empresas, que prejudicam ainda mais a recuperação econômica do país.
É importante parar de comparar o Brasil com a Europa ou os Estados Unidos. Temos uma extensão territorial e uma população gigantesca, com uma cultura própria. Enfrentamos limitações em diversos aspectos, mas também possuímos um povo persistente e inovador.
Quando falamos da necessidade de reformas, basta observar as regalias que estão sendo aprovadas no judiciário mineiro. Juízes e promotores de Minas Gerais que tiveram filhos nos últimos cinco anos foram agraciados com um auxílio-creche, concedido pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas, pelo chefe do Ministério Público mineiro e pelo Procurador-Geral de Justiça.
Esse benefício prevê o pagamento mensal de R$ 950 por criança, independentemente de estarem matriculadas ou não em instituições de ensino. O detalhe é que o benefício será retroativo a uma regra criada em 2010, com incidência de juros e correção monetária.
Enquanto isso, a população que utilizou o auxílio emergencial de forma indevida, por não cumprir os pré-requisitos, teve que devolver os valores com cobranças feitas pela Receita Federal. É desconcertante ver juízes recebendo altos salários e sendo agraciados com mais regalias, custeadas pelos impostos da população.
Diante disso, é importante questionar a necessidade de reformas gerais. Ou vamos continuar permitindo que esses tipos de privilégios sejam colocados na cara da população?
É preciso enxergar a necessidade da nossa população tão necessitada e buscar soluções que priorizem o bem-estar coletivo. Sabemos que o mercado e o governo são voláteis, mas é imprescindível buscar um equilíbrio que atenda às demandas da sociedade como um todo.