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Novembro Azul: Atenção integral à saúde do homem pode prevenir tipos mais comuns de câncer

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Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica alerta para os tumores mais frequentes entre os homens, além do câncer de próstata

 

Por Jubelini, Giulia

 

São Paulo, novembro de 2018 – A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita a celebração do Novembro Azul para alertar a população masculina sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce de outros tipos de tumores frequentes entre os homens, como os de pele, pulmão, colorretal, estômago, região da boca, cabeça e pescoço.

“O câncer de próstata é o segundo mais prevalente entre os homens e as campanhas de conscientização são fundamentais para discutir o problema e tirar o estigma que envolve a detecção da doença, tendo em vista que os homens costumam ser mais negligentes em relação à prevenção e realização de exames. Porém, é importante ressaltar que há outros tumores muito comuns entre a população masculina que podem ser evitados ou tratados com sucesso quando diagnosticados precocemente”, comenta o Dr. Volney Soares, oncologista clínico e diretor da SBOC.

De acordo com pesquisa realizada pela SBOC, por conta das diversas campanhas de prevenção, 67% dos homens sabem que deveriam fazer exames de próstata e 42%, que deveriam passar por exames de PSA. No entanto, na hora de colocar em prática essa atitude preventiva, os números despencam. Apenas 22% dos brasileiros fazem exame de próstata e 20% de PSA. “Este é um dado bastante preocupante, em especial, porque a taxa de conversão, ou seja, o número de brasileiros que sabem que deveriam fazer exames e não os fazem é extremamente alta”, afirma o Dr. Volney Soares.

Para orientar a população, a SBOC preparou uma relação com os tipos de tumores mais comuns entre os homens e como fazer a prevenção ou o diagnóstico.

 

Câncer de pele

Para 2018, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 85.170 casos novos de câncer de pele não melanoma nos homens. Este é o tipo de câncer mais frequente entre os brasileiros e o principal fator de risco para a doença é a exposição excessiva à radiação solar. Dessa maneira, a prevenção individual com o uso de filtros solares é eficaz e de custo relativamente baixo.

Pessoas de pele clara possuem um risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de pele, sendo que a incidência aumenta com a idade e é mais frequente na população masculina do que na feminina. O bronzeamento artificial também é considerado um fator de risco, especialmente em idades jovens.

“O cuidado com o sol deve começar já na infância, com o uso de protetor solar em toda exposição mais prolongada, e mantida na vida adulta. Ao primeiro sinal de surgimento de novas manchas na pele ou alterações em manchas já existentes, como modificações de cor e tamanho, é preciso procurar um médico para que seja feita a correta avaliação e, se for necessário, que o tratamento comece o quanto antes”, recomenda Dr. Rodrigo Munhoz, oncologista diretor da SBOC. 

Câncer de pulmão

O tabagismo é responsável por, aproximadamente, seis milhões de mortes anuais no mundo, e aproximadamente 147 mil mortes no Brasil, incluindo as decorrentes de câncer. Segundo o Inca, estima-se que o Brasil apresente 18.740 casos de câncer de pulmão entre os homens, em 2018.

“O câncer de pulmão é um dos mais agressivos e, ironicamente, um dos mais fáceis de ser evitado, uma vez que o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo”, comenta a oncologista e diretora da SBOC Dra. Clarissa Mathias. Em geral, os fumantes têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão, quando comparados a pessoas que nunca fumaram.

Os sintomas da doença incluem tosse, que pode vir acompanhada de sangue, dores no peito, espirros, perda de peso e não costumam aparecer até que o câncer esteja em estado avançado, o que dificulta o tratamento.

Câncer colorretal

Para 2018, o Inca estima 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens no Brasil. Este tipo de tumor está ligado ao consumo de carnes vermelhas e carnes processadas, à pouca ingestão de frutas, legumes e verduras, à obesidade e, à falta de atividade física.

 “Sabemos que o consumo de alimentos ricos em fibras e a prática regular de atividade física são considerados medidas preventivas contra a doença, portanto este é mais um tipo de tumor que pode ser evitado com a adoção de hábitos de vida saudáveis”, explica Dr. Gustavo Fernandes, oncologista Diretor da SBOC.

A suspeita do câncer colorretal deve ser investigada em casos de alteração do hábito intestinal e eliminação de sangue nas fezes.

Câncer de próstata

Considerado o segundo tumor mais comum na população masculina em todo o mundo, o câncer de próstata deve atingir 68.220 novo casos no Brasil em 2016, segundo estimativas do Inca. O principal fator de risco para a doença é a idade, uma vez que a maioria casos é diagnosticada em homens acima dos 65 anos e menos de 1% é diagnosticado em homens abaixo dos 50 anos.

“Quando o câncer de próstata é diagnosticado em fase inicial, 90% dos casos têm chance de cura. Mesmo estágios mais avançados podem ser tratados com bons resultados. É preciso saber que ainda existe a chance de diagnosticar na fase inicial da doença. A realização do exame de toque realizado pelo urologista associado ao exame de sangue denominado PSA são as melhores maneiras de se detectar a doença”, alerta o Dr. Volney Lima.

Câncer do estômago

Com a melhor conservação dos alimentos – uso de geladeira e redução do consumo de conservas e alimentos salgados –, a incidência do câncer de estômago caiu muito ao longo do século XX. Mesmo assim, esse tumor continua sendo um dos mais comuns entre os homens no Brasil.

Os sintomas do câncer de estômago inicial são parecidos com os de uma gastrite ou de uma úlcera e o diagnóstico é realizado por uma endoscopia.

Como o câncer está relacionado à infecção pela bactéria Helicobacter Pylori, que também responde por boa parte das gastrites, sua presença deve ser sempre pesquisada em pacientes que apresentam essa doença. A eliminação do agente é possível com o uso de antibióticos.

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