Lendo o pequeno grande livro de Joanna de Ângelis – Espírito -, intitulado Vida Feliz, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, nos deparamos com um capítulo denominado “Estuda sempre”, em que a autora nos convida à eterna busca do conhecimento, nos estimulando ao saudável hábito da boa leitura. No referido capítulo pudemos extrair uma frase lapidar, a qual já fizemos constar em dois trabalhos monográficos nossos, pois entendemos ser a mesma perfeita! Ei-la: “O conhecimento é um bem que, por mais seja armazenado, jamais toma qualquer espaço. Pelo contrário, faculta mais ampla facilidade para novas aquisições”.
Tal axioma estabelecido pela nobre autora nos dá a real dimensão da importância da infinita busca da essência da gnose – conhecimento -, como “ferramental” imprescindível ao auxílio do entendimento das coisas da vida, já que esta é eterna e estua nas várias dimensões e planos. A ignorância representa bloqueio ao nosso progresso como espíritos imortais que somos, obnubilando nossa mente e, via de consequência, nosso raciocínio, pois sempre faltarão dados para formarmos juízo de valor, tornando difícil o entendimento.
O conhecimento é multifacetado, se nos apresentando nas inúmeras áreas do saber – as quais tangenciam, inevitavelmente, as nossas vidas -, representando conquista nobre para a nossa evolução, considerando que esta se dá tanto no campo intelectual, quanto no moral, favorecendo o avanço da nossa escalada quando logramos ambos os campos, o que representa empreitada por demais difícil, porém não impossível.
Sábios da antiguidade sempre reconheciam as suas “insignificâncias” ante a busca do conhecimento, considerando que, cada vez que achavam que “sabiam”, percebiam que “muito pouco compreendiam”, fazendo com que o grande filósofo grego Sócrates, por exemplo, sempre dissesse que “só sabia que nada sabia”. Essa era a máxima socrática! O Cristo, por sua vez, teve o ensejo de dizer: “conhecereis a verdade e esta te libertará”, convidando-nos à análise acurada dos fatos, estudando-os detidamente! E complementou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, apontando-nos o rumo a seguir e, naturalmente, a decifrar!
Desta forma, entendemos que muito há a percorrer entre o conhecimento empírico e o científico. Contudo, jamais podemos nos ufanar em imaginar que somos “intelectuais”, pois a nossa língua é tão paupérrima a ponto de simplesmente não podermos compreender mensagens de outras dimensões, justamente em razão de carecer-mos de elementos que pudessem subsidiar o nosso discernimento! Esmorecer, jamais! Devemos porfiar e perquirir sempre, pois, nesse processo, do solilóquio chegaremos ao diálogo, através do qual naturalmente haverá de facilitar uma melhor compreensão e um melhor entendimento daquilo que representa motivo de nossa inquietação.