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O erro político do Ministério da Cultura

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Lançado com o estardalhaço que a imprensa sempre faz com as grandes produções cinematográficas, o filme sobre a Operação Lava Jato não parece cumprir o papel que deve ser desempenhado pelo mundo das artes, especialmente o cinema.

Confesso que não vou perder meu tempo para ocupar uma cadeira num cinema para assistir ao mesmo, porque como não tenho resistência à raciocínio não considero o filme uma obra de arte, mas uma peça feita para servir de instrumento de propaganda política simplesmente contra a esquerda brasileira.

Pode até ser que alguém com a sagrada inteligência de quem somente enxerga a corrupção de alguns cafajestes da esquerda, diga que minha atitude é coisa de um radical. Mas não posso considerar arte perseguir apenas o PT e aliados, e esconder embaixo do tapete a sujeira inerente aos partidos de Aécio Neves, Michel Temer, Romero Jucá e outros bichos peludos.

Além do mais transformar em verdadeiros heróis juízes de primeira instância e membros do Ministério Público Federal, jamais deveria ser o papel do cinema brasileiro que já sofre pela carência de boas produções. Mas como quem tem dinheiro pode comprar passagem para Roma, ficarei em silêncio.

Mesmo ainda tendo a consciência de que não gosto do péssimo cinema que foi produzido, causa-me indignação o papel do cambaleante Ministério da Cultura ao escolher o filme em destaque aqui para ser representante do país na indicação de melhor filme estrangeiro pela academia de Hollywood.

Essa atitude do MinC passou de todos os limites, pois está dando muito bandeira a desesperada tentativa de se utilizar de todos os instrumentos para assassinar a reputação de um único homem, a maior liderança política viva, o ex-presidente Lula. Não existe nos dicionários outra palavra para isso a não ser vergonha!

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