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O FOLCLORE CATARINENSE

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Folclore é uma coisa muito séria. É tradição é cultura, entretenimento e conhecimento. No dia 22 de agosto, comemora-se o Dia do Folclore no Brasil. E se há uma coisa em que o Brasil é rico, é em folclore. E, como o folclore é um ramo da nossa cultura que não depende dos governantes, ele se mantém, cultivado em pequenos grupos, pequenas comunidades, em escolas, igrejas, associações, etc.

O folclore brasileiro é rico e diversificado, porque resulta da mistura de vários povos – dos indígenas, que habitavam essas terras tupiniquins, dos luso-açorianos, dos italianos, dos alemães, dos poloneses, nossos colonizadores, principalmente aqui no sul e até do negro, o africano que foi trazido para cá contra a sua vontade.

Da miscigenação de nossos colonizadores e do índio, originário deste chão, temos um folclore riquíssimo, com figuras mitológicas que permeiam toda a cultura de nosso povo. Figuras essas como o Boitatá, o Caipora, o Lobisomem, a Mula-sem-cabeça, o Cuca, o Saci Pererê e outras mais. Isso sem falar da Bernunça, a baleia que foi incorporada com muito sucesso ao Boi de Mamão, tradicional em Florianópolis e região, e nas bruxas que povoaram a Ilha de Santa Catarina e parte do continente, mais uma característica da cultura açoriana.

Aliás, em Florianópolis a cultura teve mais influência açoriana, porque os luso-açorianos vieram direto para cá, para dar continuidade à colonização portuguesa. As manifestações folclóricas da capital e arredores, ainda hoje, privilegiam danças e cantigas trazidas pelos imigrantes vindos dos Açores: a dança do Boi de Mamão, a dança do Pau de Fita e a Farra do Boi, que por lei, não deveria ser mais praticada.

As pedras na praia de Itaguaçu, na parte continental da capital, por exemplo, são a representação viva da lenda das bruxas da Ilha da Magia, conforme nos conta Franklin Cascaes, em dois livros de contos.

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