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O novo patrulhamento ideológico contra a cultura brasileira

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Com o fim do regime de exceção da ditadura militar, e com a promulgação da Constituição Cidadã de 88, entramos em pleno advento da liberdade política, e principalmente da liberdade de expressão.
Jamais em hipótese alguma poderíamos acreditar que em pleno auge dos avanços tecnológicos, pudéssemos ainda presenciar situações constrangedoras de patrulhamento ideológico.
Mas para surpresa geral, entramos em um processo estranho, aonde alguns “proeminentes” representantes políticos se acham no direito de propor que a sociedade brasileira somente tenha um pensamento, uma única idéia e uma única saída.
Para nos envergonhar ainda mais diante de um mundo perplexo, sem entender porque os brasileiros são os únicos cidadãos desse planeta que não reagem às decisões que vêm sendo tomadas em favor de uma minoria, subjugadas aos interesses de outros países, o perfumadinho prefeito de Porto Alegre, propõe aos empresários brasileiros patrulhar ideologicamente quem faz cultura no país.
É mais do que vergonhoso, é mais do que doentio, mas o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchesan, foi participar em Recife (PE) de encontro do tal do LIDE de João Dória, para convencer ao empresariado para não mais fazer anúncios em veículos de comunicação que não defenda bandeiras liberais, e do mesmo modo, não financiar mais projetos culturais que não faça o mesmo.
Como o povo não sabe da gravidade do assunto e não reage politicamente, cabe aos artistas sérios desse país, independente da postura ideológica que assumem, mas que sabem da importância da liberdade de expressão na cultura, reagir à altura contra essa safadeza política.
Com cultura não se brinca, principalmente se forem esses novatos que cheiram à perfumes importados e acham que o mundo é feito apenas de coisas unilaterais. Ou se reage diante desse disparate, ou esses sujeitos destroem o pouco que ainda existe em matéria de cultura neste país.

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