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O papel do jornalismo da obediência e a canonização de Lula

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Nas entrelinhas o juiz Sérgio Moro, coordenador da Operação Lava Jato, concedeu em forma de espetáculo a condenação de Lula, não porque dialogou com os cânones judiciais, mas porque foi literalmente coagido pelo processo midiático imprimido pela Rede Globo, desde que a famosa Operação foi montada em Curitiba para eliminar politicamente Lula. Sérgio Moro foi alçado à condição de herói e mordeu a mosca azul da fama política, e não por ser um bom juiz de província.

A vida de Moro, sua família, seus gostos, suas leituras, seus pets e seus hobbies foram expostos para mostrar aos brasileiros que “gente de bem” existe na justiça brasileira. Provavelmente agora que cumpriu sua missão será esquecido aos poucos, perderá o respeito de muita gente do mundo jurídico, por ser tendencioso, parcial e político em seu veredicto final, e principalmente, a Operação Lava Jato desaparecerá em algum tempo para não atingir aliados políticos, principalmente do PSDB, do DEM e do PMDB.

Caso os membros do Tribunal Regional da 4ª Região (Carlos Eduardo Thompson, João Pedro Gebran, Leonardo Paulsen, Victor Luís Laus e outros) não revejam judicialmente dentro do que reza os cânones da Justiça a condenação de Lula sem provas, e faça “justiciamento” como quer a Rede Globo, na narrativa de seu repórter do Jornal Nacional que “se Deus quiser, o destino do vagabundo será selado por estes guerreiros”, a justiça brasileira estará em cheque, pois ficará com a pecha de que não é mais justiça, mas braço do mundo político.

A Rede Globo não como Quarto Poder, mas agindo como o maior de todos os poderes da República, já começou a pressão contra os juízes de Porto Alegre, para que os mesmos não deixem de modo nenhum que Lula se candidate a Presidência da República, porque segundo todas as pesquisas que foram feitas até o momento, colocam ele na condição de ser o primeiro homem da história do Brasil a ser presidente do país em três oportunidades.

Que ninguém se engane, mas a partir desse momento o Jornal Nacional, as revistas Época, Veja e Isto É, os jornalões familiares da imprensa tradicional O Globo, a Folha de São Paulo e o Estadão (porque o resto da imprensa é preguiçosa para o jornalismo investigativo) trabalharão vinte e quatro horas por dia para criar os novos heróis de Porto Alegre, que poderão morder a mosca azul da fama, ou assumirem o papel de representantes do Poder Judiciário de fato, cumprindo a risca o que reza a lei, de que nesse país somente se prende alguém com provas, e não com convicções e lucubrações de feiticeiros.

Mas mesmo assim, com toda a imposição de interesses da imprensa tradicional, o Jornalismo da Obediência, o que estão fazendo com Lula, que deveria já está aposentado se não continuassem na insistência de o colocarem em evidência (o único brasileiro que incomoda e faz medo aos grupos políticos da direita brasileira), é canonizá-lo politicamente, cacifando o mesmo para ser Presidente da República, ou na pior das condições eleger de novo qualquer nome da esquerda que ele imprimir sua voz para dizer que é seu candidato. A história nos mostrará!

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 746