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O Paradoxo da Superalimentação: Estudo Alerta para os Perigos do Consumo Excessivo de Nutrientes

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Por MF Press Global/ Divulgação CPAH

Em um cenário de abundância alimentar, a superalimentação – mesmo de alimentos saudáveis – surge como uma nova preocupação de saúde pública. O estudo intitulado “Nutrição em Vão“, conduzido pelo pós-PhD em Neurociências e licenciado em Biologia e com formação em Nutrição Clínica em Portugal, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e da Royal Society of Biology no Reino Unido, lança um alerta sobre os riscos associados ao consumo excessivo de nutrientes. A pesquisa, realizada no CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, aborda a importância de equilibrar a ingestão alimentar para preservar a saúde a longo prazo.

Superalimentação de Nutrientes Essenciais

Embora seja amplamente reconhecido que uma dieta equilibrada é crucial para o bem-estar, o estudo destaca que até os nutrientes essenciais podem ser prejudiciais quando consumidos em excesso. “A superalimentação, mesmo de alimentos nutritivos, pode levar a consequências adversas para a saúde”, ressalta Dr. Fabiano de Abreu Agrela. “Nosso corpo tem limites quanto à quantidade de nutrientes que consegue processar e utilizar de forma eficiente, e o excesso pode se manifestar em condições como doenças cardiovasculares, obesidade e até mesmo câncer”, completa.

A pesquisa chama a atenção para o consumo exagerado de suplementos nutricionais. Embora possam ser benéficos em casos de deficiência, seu uso excessivo está associado ao aumento do risco de problemas como desequilíbrios metabólicos, toxicidade e complicações cardíacas.

A Relação Entre Nutrição e Saúde Mental

Além dos impactos físicos, o estudo também explora a influência da nutrição na saúde mental, mostrando que deficiências ou excessos podem contribuir para transtornos como depressão e ansiedade. O papel das vitaminas do complexo B, por exemplo, é crucial na prevenção desses distúrbios. No entanto, o excesso de suplementos vitamínicos sem necessidade comprovada pode não ser benéfico. “Precisamos encontrar um equilíbrio na nossa dieta, que atenda tanto às necessidades físicas quanto às cognitivas”, explica o pesquisador.

Capacidade de Armazenamento do Corpo

Um dos pontos interessantes levantados pelo estudo é a capacidade evolutiva do corpo humano de armazenar nutrientes durante períodos de escassez, um mecanismo adaptativo que pode ser prejudicial em um mundo de fácil acesso a alimentos ricos. “Hoje, temos alimentos disponíveis o tempo todo, e nosso corpo, que evoluiu para armazenar nutrientes durante períodos de fome, acaba acumulando em excesso, o que pode resultar em problemas de saúde a longo prazo”, alerta o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Moderação é a Chave

A principal conclusão do estudo “Nutrição em Vão” é a necessidade de se adotar uma abordagem moderada em relação à alimentação, mesmo em tempos de fartura. “É essencial que as pessoas entendam que mais não significa necessariamente melhor quando se trata de nutrição”, conclui o Dr. Fabiano de Abreu Agrela. “A chave para uma vida saudável é o equilíbrio, garantindo que nosso corpo receba os nutrientes necessários sem os excessos que podem ser prejudiciais.”

O estudo enfatiza a importância de repensarmos nossos hábitos alimentares, não só em termos de quantidade, mas também de qualidade, buscando sempre orientação de profissionais capacitados.

Para mais detalhes, acesse o estudo completo publicado na revista Ciência LatinaNutrição em Vão.

Foto: Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744