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O que cura um coração machucado?

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Estive viajando com um grupo nos caminhos de Jesus na Terra Santa e, na mesma oportunidade, fomos ouvir o Papa Francisco na praça São Pedro, em Roma. A pergunta acima foi feita na ocasião pelo próprio Papa.

                Se tivermos atenção com a vida e com a nossa volta perceberemos que há muitos corações machucados. Feridos pela vida, pelas alfinetadas que recebemos, pelas escolhas atravessadas que fizemos, pelas marcas que a história deixou em nós. Todos somos em parte feridos. Ninguém é isento dessa marca. O problema é maior quando essa ferida não sara. Então ela dói.  Dói permanente. Os remédios não conseguem curar. As buscas são insuficientes. As palavras, as pessoas, o dinheiro, fama e tantos outros prazeres e promessas, parecem não conseguir curar esse coração. As marcas e chagas estão sempre vivas. Quando isso acontece, a vida pode se tornar insuportável. A pessoa preferia não viver.

                Vivemos num tempo de tanta facilidade em encontrar pessoas, de oportunidades de crescimento, de facilidade na mobilidade, de interesses que apontam para todos os lados. O mundo das possibilidades também precisa ser o mundo onde a vida se constrói. Diante do turbilhão de coisas e de ofertas, não podemos esquecer que o coração precisa de respostas e de sentido. Não basta estar aí. É preciso estar aí com consciência, sabendo onde se está e o onde se quer chegar com tudo o que fazemos. Nessa questão muitos se perdem. Simplesmente são jogados por todos os lados pelo mundo das ofertas e possibilidades. São pessoas desencontradas. Longe de si mesmas. Longe de sua interioridade e de sua alma. O seu corpo está aqui, mas elas estão sei lá onde, do outro lado. Não conseguem estar em paz com nada. Essa situação fere a pessoa, machuca o seu coração, traz angústia e sofrimento. O que vai curar um coração ferido pelos desencontros?

                A resposta vem do próprio Papa: “só o amor consegue curar um coração ferido”. O amor é a força de cura. Ele tem capacidade de nos trazer de volta. De volta para a nossa interioridade. No amor, corpo, interioridade e alma permanecem juntos. Eu estou aqui, comigo mesmo e minha alma está comigo. Aqui a vida fica curada. Isso não significa o fim de todos os sofrimentos, é claro. Mas no amor a alegria é maior do que a dor. Ele nos ensina a suportar a dor. Longe do amor a dor não tem sentido. Longe do amor aquilo que machuca pode se tornar insuportável. Por isso, o amor é o verdadeiro médico e remédio para a vida que quer viver curada.  Essa é a tarefa: AMAR. Mas, como fazer? Essa descoberta é tarefa sua, minha e de todos aqueles que querem viver de verdade.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744