Já ouviu falar sobre bulimia nervosa ?
por Agência Brasil 61
A bulimia nervosa é um transtorno alimentar mais comum do que se imagina, afetando aproximadamente de 1 a 2% das mulheres jovens. Esse transtorno se caracteriza por episódios recorrentes de compulsão alimentar, nos quais a pessoa consome grandes quantidades de comida em um curto período de tempo. Em seguida, métodos compensatórios são adotados, tais como indução de vômitos, jejum prolongado, exercício físico excessivo e uso de medicamentos para perda de peso, com o objetivo de evitar o ganho de peso decorrente da alimentação descontrolada.
Quais são os métodos compensatórios comumente utilizados? Os métodos compensatórios mais comuns incluem a indução de vômitos após comer em excesso, jejum prolongado (passar o restante do dia sem comer), atividade física excessiva (frequentar a academia várias vezes ao dia, correndo o risco de lesões) e o uso de laxantes e diuréticos desnecessários.
Para um diagnóstico preciso dessa doença, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), os episódios de compulsão alimentar e os métodos compensatórios devem ocorrer semanalmente, por pelo menos um mês. Além disso, o paciente deve apresentar uma preocupação excessiva com o ganho de peso e mudanças na forma do corpo.
É importante ressaltar que a bulimia nervosa tem múltiplas causas e o tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos para auxiliar no controle da alimentação.
Sintomas Além das características mencionadas anteriormente, alguns sintomas podem ser observados, como:
- Baixa autoestima e vergonha em relação ao comportamento alimentar;
- Raiva de sentir fome, interpretando isso como falta de controle;
- Excesso na regulação do peso, com o hábito de se pesar antes e depois das refeições;
- Insatisfação constante com o peso e corpo;
- Problemas dentários, como desgaste ou perda precoce de dentes devido à acidez do vômito;
- Calos nas mãos causados pela indução frequente de vômitos.
Nos casos mais graves, os pacientes podem apresentar alterações nos níveis de potássio, com risco de arritmia, convulsões e até morte súbita.
A bulimia nervosa frequentemente está associada a outros transtornos psiquiátricos, principalmente depressão, transtornos de personalidade, dependência de álcool e outras substâncias.
Causas da bulimia nervosa A causa da bulimia nervosa é multifatorial, envolvendo fatores biológicos, psicológicos, socioculturais, genéticos e familiares. Existe uma grande pressão para alcançar o ideal estético extremamente magro propagado pela mídia, cultura e sociedade.
Como é feito o diagnóstico? Na maioria dos casos, o diagnóstico é clínico, baseado nas informações relatadas pelo paciente ao profissional de saúde. Quando há suspeitas de algo atípico, exames complementares podem ser solicitados para investigação. Exames laboratoriais também são frequentemente solicitados para um melhor acompanhamento do caso.
E quanto ao tratamento? O tratamento da bulimia nervosa requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais das áreas de psiquiatria, psicologia e nutrição. Após a avaliação médica psiquiátrica, pode ser necessário o uso de medicamentos para o tratamento da impulsividade característica desse transtorno.
O tratamento geralmente é realizado em regime ambulatorial, mas, em alguns casos, a internação pode ser necessária. É importante não demorar para buscar ajuda profissional, pois o atraso no tratamento pode complicar a evolução do paciente.