Além de mais investimentos e infraestrutura, a doutora em educação Caetana Juracy Rezende Silva destaca que a formação profissional precisa adaptar a capacidade de respostas às necessidades do mercado de trabalho
por Agência Brasil 61
Fortalecer a oferta de cursos personalizados e alinhados às demandas do mercado de trabalho é um dos principais desafios da educação profissional e tecnológica, de acordo com a doutora em Educação Caetana Juracy Rezende Silva. Ela destaca a necessidade de se enfrentar os desafios dessa modalidade de ensino, considerando as transformações nas atividades laborais decorrentes da mecanização, automação, inteligência artificial e outras questões relacionadas.
Dados do relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam a necessidade de redução das taxas de evasão e aumento das matrículas para a implantação efetiva desse modelo educacional no Brasil. Segundo a especialista, isso demanda planejamento, infraestrutura e investimentos adequados.
Além disso, é fundamental desenvolver um projeto pedagógico sólido, capacitar os professores, oferecer cursos adequados para a formação desses profissionais e disponibilizar laboratórios e infraestrutura adequada. A educação profissional requer um ambiente propício para sua realização. Além disso, são necessários avanços conceituais para considerar o papel da ciência e da tecnologia nesse contexto.
A agenda estratégica do Ministério da Educação (MEC) para a educação profissional e técnica tem como pilares o fortalecimento do planejamento, da gestão e da governança; a expansão da oferta de vagas; e a promoção de vínculos entre educação, emprego e desenvolvimento local por meio da inovação e do empreendedorismo.
Em consonância com os objetivos do MEC, o Senado está analisando a criação da Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica. O senador Paulo Paim destaca a importância de investir nesse setor para o desenvolvimento do país, ressaltando a necessidade de recursos adequados. Ele aponta que, em 2020, apenas R$ 3 bilhões foram destinados à educação profissional e tecnológica no orçamento anual, o que é insuficiente diante das demandas.
A Comissão Diretora do Senado já aprovou o requerimento do Projeto de Resolução 31/2023, que cria o colegiado e solicitou urgência para a apreciação da matéria.