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Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica estende as inscrições para sua 25ª edição

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Maior olimpíada científica do Brasil voltará a ser realizada de forma 100% presencial e tem suas inscrições prorrogadas até o dia 10 de maio

Por: Gabriela Araújo

Ao observar o céu à noite, você fica curioso sobre como as estrelas se formam, evoluem e morrem? Você se interessa sobre buracos negros, big bang e cosmologia? Então, o seu lugar é na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Fique atento, pois a edição desse ano, a vigésima quinta, já está com as inscrições abertas para as escolas. Em 25 anos de existência, a OBA já superou a marca dos 11 milhões de participantes e distribui anualmente cerca de 50 mil medalhas.

A OBA é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) entre alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio, em todo território nacional e no exterior, desde que por escolas de língua portuguesa. A olimpíada acontece no dia 20 de maio e, devido à normalização da pandemia de Covid 19, a OBA voltará a ser realizada somente na forma presencial na escola e em fase única. Escolas públicas e particulares podem se cadastrar pelo site https://app.oba.org.br/login. O prazo para inscrições de alunos foi estendido e irá do dia 01 de maio até o dia 10 do mesmo mês.  Excepcionalmente, se a escola onde o aluno estuda não estiver cadastrada ou interessada em participar da OBA, o estudante interessado poderá recorrer a outra escola cadastrada de sua região, desde que com consentimento desta, para realizar a prova junto a ela.

A olimpíada é dividida em quatro níveis – os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto para os do ensino médio – e a prova é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

Os melhores classificados na OBA, entrarão em um processo seletivo para representar o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2023. E os participantes dessa edição ainda vão concorrer a vagas na Jornada Espacial, que acontece em São José dos Campos (SP), onde os participantes recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

O objetivo da OBA, de acordo com o Dr. João Batista Garcia Canalle, astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador nacional do evento, é “ fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia, Astronáutica e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando num mutirão nacional, além dos próprios alunos, seus professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, planetários, observatórios municipais e particulares, espaços, centros e museus de ciências, associações e clubes de Astronomia, astrônomos profissionais e amadores, e instituições voltadas às atividades aeroespaciais”.

Os alunos e os professores podem se preparar para a prova através do aplicativo “Simulado OBA”, disponível para celulares, tablets, e computadores, e pelo site da olimpíada www.oba.org.br, que fornece vídeos explicativos, além de provas e gabaritos das edições anteriores. Além disso, também apresenta conteúdos no seu canal no Youtube www.youtube.com/obaoficial.

MOBFOG

Organizada pela OBA, a 16ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) também está com inscrições abertas. O evento avalia a capacidade dos estudantes de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, de tubo de papel ou de canudo de refrigerante. Realizada tradicionalmente nas escolas, os professores da escola coordenarão os lançamentos dos foguetes, cuidarão de todos os aspectos da segurança do evento e medirão em número inteiro de metros os alcances obtidos pelos foguetes, medido entre o ponto de lançamento e onde parou o foguete.

A MOBFOG tem quatro níveis e é voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. Jovens que concluíram o ensino médio podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram, com a concordância da mesma. As inscrições vão até o dia 01 de maio. O cadastro é único para os dois eventos e deve ser feito pelo site https://app.oba.org.br/login

Os foguetes devem ser elaborados e lançados individualmente ou em equipe até 20 de maio de 2022. Entre 21 e 31 de maio, a escola deverá informar os alcances dos foguetes junto aos os nomes dos participantes previamente inscritos. No final, todos, incluindo professores e diretores, recebem um certificado e os estudantes que alcançarem os melhores resultados receberão medalhas.

Os alunos do nível 1 (do 1º ao 3º ano do ensino fundamental) lançam foguetes construídos com canudinhos de refrigerantes. Os do nível 2 (do 4º ao 5º ano do fundamental) elaboram foguetes com tubinhos de papel. Já os alunos do nível 3 (do 6º ao 9º ano) constroem foguetes com garrafas PET, mas usam somente água e ar comprimido para lançá-los. Os alunos do ensino médio também fazem foguetes de garrafa PET, mas com um elemento mais complexo, pois têm que usar combustível químico composto por vinagre e bicarbonato de sódio. Durante o trabalho, os participantes aprendem, na prática, a famosa Lei da Física da Ação e Reação, de Isaac Newton. Além de desenvolverem os foguetes, os estudantes terão que construir a base de lançamento. Os alunos do ensino médio também poderão optar por construírem um foguete movido com propelente sólido.

No site da OBA, nos tópicos Regulamentos e “Downloads”, encontram-se todos os detalhes para a construção dos projetos, além dos vídeos explicativos. Os resultados serão obtidos por meio das distâncias medidas ao longo da horizontal entre a base de lançamento e o local de chegada dos foguetes.

Organização

A OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Paulista (UNIP).

Além de ter crescido, a OBA se multiplicou ao longo dos seus 25 anos. Dentro da olimpíada foi criada a Mostra Brasileira de Foguetes, a MOBFOG, que cresce anualmente com alunos lançando seus foguetes aos céus do Brasil. Mas não é só isso. Também nasceram as Jornadas Espaciais, as Jornadas de Foguetes, os Acampamentos Espaciais e os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREA). Este último, promovido desde 2009, já capacitou cerca de 10 mil professores passando por mais de 80 cidades do país, até mesmo na longínqua Oiapoque, no extremo norte do Amapá. Ele é realizado com parcerias locais e principalmente com recursos obtidos junto ao CNPq. Outro projeto promovido pela olimpíada é o OBA de Olho no Céu, que leva astronomia para cerca de 25 mil alunos por ano por meio do seu Planetário Digital.

 

 

 

Foto de Capa: Reprodução conhecimento cientifico

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