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Operação conjunta da Polícia Federal e Ministério da Transparência desarticula esquema de desvios de recursos do transporte escolar em Malhada de Pedras

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Agentes da Polícia Federal e auditores do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta sexta-feira (25) a Operação Vigilante, destinada desarticular um esquema de desvios de recursos destinados ao transporte escolar em Malhada de Pedras.  As investigações apontam um prejuízo estimado de pelo menos R$ 3 milhões.

Durante as investigações foram identificadas fraudes em licitação, com direcionamento, para contratação de empresa vinculada a gestores municipais; superfaturamento mediante adulteração de quilometragem de linhas percorridas e a cobrança pela prestação de serviço de transporte em dias sem atividade escolar. Há indícios ainda que a quilometragem cobrada era mais do que o dobro da distância real percorrida.

Noventa agentes da Polícia Federal e Auditores do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) participaram da ação e cumpriram dois mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária, oito conduções coercitivas, três medidas cautelares e 15 mandados de busca e apreensão. Além de Malhada de Pedras, foram cumpridos mandados em  Salvador, Alagoinhas, Itagibá e São José do Jacuípe.

Segundo informações não confirmadas pela Polícia Federal e Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União, entre as pessoas que foram presas estão o prefeito Valdecir – Ceará – Alves Bezerra (PT); o vice-prefeito Paulo César Reis Paca (PRB); o vice-prefeito eleito Adriano Reis Paca; secretário municipal de Transportes, Serlândio Rocha Dias.

Foram conduzidos coercitivamente para depor na Delegacia da Polícia Federal em Vitória da Conquista a prefeita eleita Terezinha Baleeiro Alves Santos (PP) e seu esposo, o ex-prefeito Ramon dos Santos (PP).

Os envolvidos devem responder pelos crimes de responsabilidade, fraudes em licitação, organização criminosa, além de atos de improbidade. O nome da Operação faz referência a dois aspectos: primeiro, deriva do nome da empresa utilizada pela organização criminosa, que em tupi, significa vigilante; segundo, uma alusão a órgãos de controle, que estão vigilantes quanto aos desvios de recursos públicos.

 

(*) com informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Federal de Vitória da Conquista

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