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Operação Faroeste: Polícia Federal prende ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia

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Da Redação

Agentes da Polícia Federal prenderam preventivamente, na manhã desta sexta-feira (29), em Salvador, a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do tribunal de Justiça da Bahia, em nova fase da Operação Faroeste, que investiga supostas vendas de sentença judiciais para beneficiar um possível esquema de grilagem de terras na região de Formosa do Rio Preto, no Oeste do Estado.

A Desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, foi presa na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal, em mais uma fase da Operação Faroeste. Foto: Ascom/TJ BA

A ordem de prisão preventiva foi expedida pelo ministro Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes, relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça, atendendo a pedido formulado pela Procuradoria Geral da República. Na mesma decisão, o ministro converteu em preventiva as prisões temporárias do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio; do Assessor Judiciário do Tribunal de Justiça da Bahia Antônio Roque do Nascimento Neves; do falso cônsul da Guiné-Bissau Adailton Maturino dos Santos; dos advogados Geciane Souza Maturino dos Santos e Márcio Duarte Miranda, cumpridas na primeira fase da Operação. A prisão do borracheiro José Valter Dias, considerado o maior latifundiário do Oeste da Bahia e suspeito de ser laranja do esquema, que se apresentou e prestou depoimento à Polícia Federal em, Teresina (PI), foi revogada por razões de saúde. Dias está acometido e em tratamento de um câncer.

A desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, que já estava afastada do cargo, assim como o presidente da Corte, Gesivaldo Nascimento Britto, e os desembargadores José Olegário Monção, Maria da Graça Osório Pimentel Leal, e a juíza Marivalda Moutinho, de acordo com as investigações teria movimentado cerca de R$ 17 milhões em suas contas bancárias entre 2013 e 2019, parte desses recursos sem origem comprovada.

No cumprimento dos mandados de busca e apreensão em duas residências e no gabinete da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago no Tribunal de Justiça da Bahia, os agentes da Polícia Federal apreenderam R$ 100 mil em espécie [R$ 56,5 mil, 9 mil euros e 200 dólares], joias e relógios de luxo, além de obras de arte. As apreensões confirmam a denúncia do Ministério Público, que apontou que o padrão de vida ostentado pela desembargadora “com muitos adornos, aparentando joias, dinheiro em espécie de grande monta, obras de arte, bolsas, é acima do que seria esperado para uma servidora pública”.

(*) COM INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA SUPERINTENDÊNCIA DA POLÍCIA FEDERAL NA BAHIA

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