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Operação Ganguçu: chega a 20 o número de pessoas mortas ou presas em confronto com a polícia

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Força-tarefa apreendeu verdadeiro arsenal de guerra com bando que tocou o terror no interior de Mato Grosso

Por: José Roberto Azambuja/Agência Brasil 61

A Operação Canguçu identificou, nesta quinta-feira (4), a origem dos envolvidos no confronto com policiais empenhados em prender os assaltantes que no dia 9 de abril tentaram roubar uma transportadora de valores em Confresa (MT). A maioria dos suspeitos é do estado de São Paulo, mas também foram identificadas pessoas de Pernambuco, Maranhão, Goiás e Pará.

A força-tarefa reúne cerca de 350 policiais civis e militares de seis estados, envolvidos na caçada. De acordo com o major Thiago Monteiro, da Assessoria de Comunicação Social da Polícia Militar de Tocantins, cinco pessoas estão presas e outras 15 morreram, na troca de tiros com a Polícia. 

Portanto, em apenas 25 dias de operação, com a prisão de mais um dos assaltantes nesta quinta-feira (4), subiu para 20 o número de suspeitos de envolvimento com o crime – somando-se 15 pessoas que morreram na troca de tiros com os policiais, três que foram presas durante os confrontos e outras duas, suspeitas de estarem dando apoio logístico ao bando.

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“Com esse criminoso preso hoje, o saldo fica de 15 criminosos que vieram a óbito, desde o início da operação – confrontaram com as polícias e vieram a óbito – e dois presos aqui na região, no perímetro da operação”, afirmou, acrescentando que também houve “outros dois criminosos que foram presos no Pará, com suspeita de estar dando apoio ao crime; e hoje essa prisão em Araguaína, que fica na região Norte”, relatou. 

Arsenal de guerra

As buscas continuam em uma área de difícil acesso, totalizando mais de 4,6 mil quilômetros de florestas, rios e zona rural de vários estados das regiões Norte e Centro-Oeste do país. Segundo o Major, foi apreendido com o bando um verdadeiro arsenal de guerra – com várias armas calibre 50, granadas, fuzis, munições e até barcos e motores – exigindo da força-tarefa o uso de carros, embarcações e helicópteros. 

Emergência em Pium

A cidade de Pium, no oeste de Tocantins, segue em situação de emergência por causa da caçada policial à quadrilha de criminosos que atacou uma transportadora de valores em Confresa (MT). Embora as duas cidades (Confresa e Pium) estejam a mais de 500 quilômetros de distância, durante a fuga os bandidos teriam chegado ao estado de Tocantins por rios e criaram um clima de terror na zona rural próxima a Pium, inclusive fazendo reféns.

Conforme o secretário administrativo do município de Pium (TO), Paulo Gomes, a declaração de estado de emergência no município foi necessária devido à paralisação de atividades essenciais na zona rural, como transporte escolar, atendimento à saúde, assistência social e infraestrutura. O decreto tem validade de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30.

Comunidades isoladas

O secretário afirmou que a prefeitura local está dando apoio principalmente aos Projetos de Assentamentos de reforma agrária (PA’s) mais isolados: “Inicialmente, a atenção está sendo dada aos assentamento PA Macaúba, assentamento PA Toledo, assentamento PA Barranco do Mundo – que foram os três mais prejudicados”, informou.

De acordo com Paulo Gomes, naqueles locais pararam de circular o transporte escolar e assistência médica está sendo feita só para casos de urgência e emergência. “Nós fizemos distribuição de cestas básicas, começando pelo assentamento Barranco do Mundo e vamos dar sequência nos outros assentamentos também, dando apoio às comunidades isoladas”, detalhou.

Foto de Capa: Divulgação/Polícia Militar do Tocantins

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