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Oposição promete dificultar a vida do prefeito e condiciona ajustes para aprovação de projetos em Cocos

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Da Redação

 

A bancada oposicionista, majoritária na Câmara Municipal de Cocos, sinaliza que vai dificultar a vida do prefeito Marcelo de Souza Emereciano (PL) a partir do retorno do recesso legislativo, no próximo mês de agosto. Em comunicado nas redes sociais – em uma página intitulada “Vereadores em defesa do povo coquense” – e que também foi veiculado em carros de propaganda volante, no último dia 15, os vereadores Benedito – Mecânico – Alves da Silva (PL), Enaldo – Biano do Riacho do Meio – Costa Lima (PP), Francisco – Neto Dentista – de Assis Neto (PDT), Neilton – da Extrema – Lopes Pereira (PSDC), Marcos – Marquinhos – Oliveira dos Santos (PP) e Raquel Ana Macedo Costa (PRTB), apontam os motivos para rejeição e as condicionantes para eventuais aprovações de matérias que já estão tramitando na Casa, de interesse do prefeito Marcelo de Souza Emereciano (PL).

 

Os vereadores oposicionistas, através das redes sociais, destacaram as condicionantes para aprovação de projetos do Executivo que tramitam no Legislativo Municipal. Foto: Reprodução/Facebook.

 

Sobre a proposta encaminhada pelo gestor ao Legislativo Municipal solicitando autorização para assinar convênios até julho do próximo ano, os vereadores oposicionistas dizem que estão dispostos a aprovar a matéria desde que o Governo Municipal aponte, com transparência, qual será o objeto a ser pactuado. “O que não vamos fazer é dar carta branca para um prefeito que deixa a Saúde do município em um verdadeiro caos, crianças e adolescentes ficando sem aula há mais de seis meses por falta de transporte escolar”, apontam os vereadores, acrescentando que há uma denúncia de desvio de R$ 3 milhões da Educação e da Saúde, referente a um “contrato de fachada”, que estaria sendo investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas dos Municípios. “Por essas razões, o prefeito não merece nossa confiança”, ponderam os vereadores oposicionistas.

Outra proposta que tramita no Legislativo Municipal, encaminhada pelo prefeito, que é contestada pelos vereadores, diz respeito à concessão de “ganho de produtividade para servidores do Setor de Tributos”. Para a oposição na Câmara Municipal, se a proposta do prefeito for aprovada como enviada ao Legislativo Municipal, os salários mensais dos servidores do Setor de Tributos poderá chegar a até R$ 4,5 mil, desde que seja ampliada a cobrança de débitos tributários da população.

A oposição não contesta a necessidade de efetividade da cobrança de dívidas tributárias para que o município atenda às normas previstas na legislação vigente, mas condiciona a proposta de gratificar esse trabalho [dos servidores dos Tributos] a inclusão de motoristas de caminhões e máquinas pesadas, que zelarem pelos seus equipamentos, além dos Agentes de Serviços Diretos, que atuam nos serviços de limpeza dos prédios e equipamentos públicos, que economizarem e assegurarem economia para o erário municipal.

Os vereadores oposicionistas, ao comentar essa proposta, aproveitaram para condenar a ideia do prefeito de terceirizar os serviços de limpeza e conservação dos prédios e equipamentos públicos, através de certame licitatório. “Essa medida vai custar mais de R$ 100 mil reais”, destacam.

Outra proposta do prefeito Marcelo de Souza Emereciano, que pretende abrir vagas para diversos cargos, entre os quais motorista, nutricionista, psicólogo e enfermeiro, na estrutura administrativa, segundo a oposição, precisa ser bem avaliada. A justificativa é que hoje o município tem em seu quadro funcional mais de mil servidores. “A máquina pública municipal está inchada”, sinalizam os vereadores.
Por fim, os vereadores oposicionistas disseram estar dispostos a votar favoravelmente ao Projeto de Lei que trata de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Ação Social, evidentemente após uma análise da proposta. Mas fazem uma ressalva e condicionam a aprovação da proposta se o prefeito se comprometer a pagar os salários atrasados dos professores da rede pública municipal de Ensino. Alegam que o prefeito teria dado um calote de mais de R$ 150 mil nos professores ao não pagar os salários atualizados de 2017 e 2018.

 

 

Outro lado

 

Foto: Divulgação/Ascom PMC.

A reportagem do JS tentou, sem sucesso, ouvir o prefeito de Cocos, Marcelo de Souza Emereciano (PL), através do telefone móvel celular (77) 98115-**48, para que ele pudesse comentar o posicionamento e as afirmativas feitas pelos vereadores oposicionistas, sem sucesso. O prefeito não retornou as ligações feitas e não respondeu a mensagem encaminhada através do aplicativo WhatsApp.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744