Um projeto de lei, tramitando no Senado, prevê a liberação dos jogos de azar e o estabelecimento de licenças de funcionamento para grandes “cassinos resort”, de acordo com a população em cada estado. Na Bahia, de acordo com esse esquema, poderiam abrir dois grandes cassinos. Mas tem quem fale que há espaço para mais.
Para que isso aconteça, é necessário que os jogos de azar sejam liberados no Brasil, o que poderá estar perto de acontecer.
Proibição perto do fim?
O movimento sociológico apontando ao fim da proibição dos jogos de azar tem raízes em uma combinação de fatores. A internet é um dos mais importantes. Atualmente, qualquer brasileiro pode acessar um cassino online como o netbet.com a partir de seu computador ou do celular e apostar em jogos de cassino reais, com prêmios em dinheiro real. Com estas condições, a proibição dos jogos se torna bastante anacrônica.
Além disso, a sociedade vem dando vários sinais. Não é o caso de não pararem de abrir e fechar estabelecimentos de cassino ilegais. É mais o caso de indicações como a que foi dada pelo Paraná Pesquisas, com sua enquete do início do ano apontando um empate 50-50 nas opiniões contra e a favor da liberação dos cassinos.
E é também o fato de vários políticos de direita estarem ‘desistindo’ do combate aos cassinos, e num país como o Brasil (onde a esquerda passa ao lado do tema, ao contrário do que acontece em Cuba) isso vira uma pesada derrota para os defensores da proibição. O candidato presidencial Jair Bolsonaro diz que “é contra, mas vamos ver qual a melhor saída”, abrindo claramente a porta à liberação. E o prefeito carioca, Marcelo Crivella, vem se reunindo com empresários de Las Vegas para debater “investimento imobiliário”.
Locais já apontados na Bahia?
Tem vários, claro, pois os grandes empresários sabem que essa corrida começa muito antes de a bandeirada verde ser dada. Salvador, a Chapada Diamantina, Porto Seguro e Costa do Sauípe são os “candidatos” que vêm sendo mais falados.
Haverá espaço para o Sudoeste?
A concorrência é bem importante, mas temos de nos atrever a fazer a pergunta. Não haverá lugar para um cassino no Sudoeste?
Se a intenção é atrair turistas e promover o desenvolvimento econômico por essa via, o Sudoeste poderia merecer uma atenção especial. Por aqui estamos atentos à movimentação que aconteceu no Tocantins. O candidato a governador, Ronaldo Dimas, pegou numa ideia já anterior de criar a “Las Vegas do Cerrado”: uma zona especial destinada à promoção do jogo e outras indústrias de diversão. O objetivo justificado seria o desenvolvimento de uma região, economicamente limitada, recorrendo ao jogo como ferramenta – exatamente como foi feito em Las Vegas e na zona do deserto do Nevada, um estado americano bem mais pobre que sua vizinha Califórnia.
Se o projeto de lei avançar, não haveria espaço para uma Las Vegas baiana no sudoeste?