Então, o assunto era outro. Para o ministro, o ninho de imbecis está nas redes sociais. Por quê? Porque elas confrontam os aplausos com que a dita mídia tradicional acolhe a conduta anômala da atual composição do nosso Supremo. É nas redes que se manifesta essa característica sagrada da democracia que é o pluralismo, perdido pela “mídia tradicional” no afã das conveniências e paixões. São elas, as redes, que clamam à surdez e à arrogância da Corte.
Durante 35 anos atuei na “mídia tradicional” e sei o quanto se foi tornando restrito o espaço destinado às opiniões não comprometidas com as pautas e interesses da esquerda. Ela é um privilegiado lugar de poucos, lugar da opinião publicada. As redes sociais ao contrário, são lugar de muitos, lugar do povo e o povo não é imbecil.
Elas promovem a cidadania ao democratizar a liberdade de expressão, algo vital para que o país não se deixe tomar pela tirania dos fazedores de presidentes. Uns, sentem saudades da época em que os candidatos precisavam beijar-lhes as mãos; outros, novatos na atividade, usam a capa e a caneta como anacrônicos personagens dos filmes de capa e espada.
Duas palavras busco e não encontro nas arengas dos confrades do STF: pluralismo e liberdade individual. Só ouço falar em Estado de Direito e democracia, como se os dois conceitos ainda fossem proporcionados ao país pelas ações e omissões de sua elite dirigente.
Por isso, estou civicamente empenhado na preservação da liberdade nas redes sociais. Elas deram voz às multidões. Elas permitem que pessoas simples tenham meio e coragem de dizer e escrever – do jeito que podem – aquilo que pensam! Aponte os erros, leitor. Diga o que a “mídia tradicional” não diz, exercite sua cidadania, mostre as muitas lesões e feridas pelas quais a pátria sangra.