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Otimismo da indústria avança em janeiro e supera mesmo período de 2023

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Avaliação das condições atuais e expectativas positivas para os próximos meses contribuem para o avanço na confiança do setor, segundo a CNI

Por Fernando Alves

O empresário industrial começa 2024 mais confiante. A avaliação das condições atuais e a expectativa do setor para economia nos próximos seis meses avançaram em janeiro. É o segundo mês consecutivo de melhoria na confiança do setor, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta segunda-feira (15), pela Confederação Nacional da Indústria. A economista da CNI Larissa Nocko explica que o avanço é superior ao mesmo período do ano passado.

“Ainda que o mês de janeiro seja um mês em que, tipicamente, a confiança se encontra em um patamar mais alto que em outros meses do ano, quando a gente compara o patamar no qual a confiança se encontra em janeiro de 2024 em relação a janeiro do ano passado, houve um aumento de 4,6 pontos nesse índice, mostrando que o empresário industrial inicia o ano de 2024 mais confiante do que iniciou o ano de 2023”, afirma. 

A pesquisa mostra que a confiança do setor subiu de 51 para 53,2 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. O Índice de Condições Atuais registrou avanço de 1,5 ponto, passando para 48,3 pontos. Segundo a CNI, ao permanecer abaixo da linha divisória o índice assinala percepção de piora, só que menos intensa e disseminada que em dezembro. 

Já o Índice de Expectativa subiu 2,6 pontos, para 55,7 pontos. O que significa que as expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses deixaram o campo pessimista, de acordo com a CNI. O Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativa são componentes do ICEI. Foram ouvidas 1.271 empresas de todos os portes entre 4 e 10 de janeiro. 

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Modernização

Governo e Congresso concordam que modernizar o parque industrial brasileiro, incentivar a inovação e aproveitar o potencial sustentável do Brasil são ações necessárias para a neoindustrialização e para o crescimento do país. Em meados da década de 80, a indústria representava quase 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de acordo com o FGV Ibre. Nas últimas quatro décadas, no entanto, houve queda na atividade seguida por estagnação — a chamada desindustrialização. 

O deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS) é presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara. Ele defende a implementação de um plano de desenvolvimento industrial que possibilite a modernização dos equipamentos, assim como o aumento na escala de produção. Fatores que, segundo o parlamentar, aumentará a competitividade da indústria brasileira frente a de outros países.  

“Talvez precisamos mexer na parte da legislação, tornar menos burocrática, tirar as pedras do caminho, fazer com que as coisas possam fluir para que os nossos setores industrial, de comércio e de serviços possam emergir com mais força, voltar ao patamar que nós já tivemos de oitavo melhor colocado nessa indústria de transformação”, pontua Schuch. 

De acordo com a CNI, a indústria responde por 26,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, 21,2% dos empregos formais, 69,3% das exportações de bens e serviços e por 37,9% da arrecadação de tributos federais. 
 

Foto:  José Paulo Lacerda/CNI

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