Na Região, foram realizadas mais de 2,6 milhões de exames preventivos nos últimos anos. Veja quais os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde para combater e tratar a doença
Por: Secom
A Bahia foi o estado do Nordeste com mais mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2019. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o estado registrou, ao todo, a realização de 873.820 mamografias nos últimos anos. Desse total, 466.697, representando mais da metade dos exames, foram em mulheres com idade entre 50 e 69 anos, faixa etária com maior risco para o desenvolvimento do câncer de mama.
O Sistema Único de Saúde (SUS) investiu, entre 2019 e 2021, R$ 36,5 milhões nas realizações das mamografias na Bahia. O aumento observado no número de exames feitos de entre 2020 e 2021 é de 74,1%, subindo de 159.228 em 2020 para 273.810 em 2021. No Nordeste, foram realizadas mais de 2,6 milhões de mamografias em todos os nove estados.
A detecção precoce é uma das estratégias de combate ao câncer de mama. Profissionais do Sistema Único de Saúde são capacitados para reconhecer sinais e sintomas iniciais da doença de forma a garantir o encaminhamento rápido aos serviços de saúde na atenção primária e na investigação diagnóstica.
Em outra frente, o rastreamento é um procedimento dirigido às mulheres na faixa etária em que há evidência para a redução da mortalidade por câncer de mama e em observância aos benefícios e danos à saúde mais favoráveis. Os benefícios do rastreamento a cada dois anos com a mamografia em mulheres de 50 a 69 anos são o melhor prognóstico da doença, tendo o tratamento mais efetivo. É importante ressaltar que o câncer de mama também atinge homens, representando 1% dos casos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a redução da mortalidade por câncer de mama atribuída a mamografia de rastreamento, inicialmente estimada em torno de 30%, nos casos seguidos de estudos foi rebaixada, sendo estimada atualmente em 15%.
O Sistema Único de Saúde também oferece atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama, recomendando a mamografia de rotina em mulheres sem sintomas ou sinais da doença entre a faixa etária de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos. A orientação sobre mudanças habituais nas mamas em diferentes momentos do ciclo de vida e sinais suspeitos também são repassados as pacientes do SUS.
Sinais e sintomas
O sintoma mais comum do câncer de mama é o caroço (nódulo) no seio, estando presente em 90% dos casos da doença. Também é possível aparecer sintomas como: pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja; pequenos caroços embaixo do braço ou no pescoço; alterações no bico do peito; e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Com qualquer um desses sintomas, é necessário consultar um profissional de saúde para análise.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um a cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Desta forma, combater fatores de risco como sedentarismo, obesidade, consumo de bebida alcoólica e sobrepeso após a menopausa é essencial. Além disso, entre 5% e 10% dos casos estão relacionados com causas hereditárias ou genéticas.
Nacional
Em outubro, mês de conscientização contra o Câncer de Mama, o Ministério da Saúde também ampliou o acesso à cirurgia de reconstrução mamária em mulheres com diagnóstico de câncer de mama que foram submetidas a mastectomia pelo SUS. Os hospitais serão habilitados e classificados de acordo com critérios técnicos. O recurso destinado é previsto em R$ 100 milhões.
Os recursos para prevenção ao câncer de mama por meio SUS chegaram a mais de R$ 421 milhões em todo o país. Já o número de mamografias realizadas, foi de 11 milhões 484 mil, sendo 5 milhões 980 mil em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. Destacando um aumento de 36,1% na produção de mamografia no ano de 2021, comparado ao ano de 2020.
Como estratégia de fortalecimento das ações de combate precoce ao câncer de mama e colo de útero, durante a pandemia, o Ministério da Saúde publicou a portaria 3.712/2020, que instituiu, de forma temporária e excepcional, um incentivo financeiro federal de R$ 150 milhões para o fortalecimento do acesso às ações de tratamento, detecção, rastreamento e controle do câncer de mama e colo de útero no SUS.
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