O Paço Municipal de Bom Jesus dos Meiras, hoje, Brumado, conhecido como ‘prefeitura velha’, já abrigou o cartório de seu Hermes Santos, onde se realizava casamentos, batizados etc., conforme informação do ex-vereador, Sebastião Meira dos Santos, ( Seu Santos), também o setor de alistamento militar, a instalação provisória do INSS, Farmácia Popular do Governo Federal. O senhor Eufrásio Meira Alves, mais conhecido como Metre Eufrásio, contou-me que na realização de carnavais, tocou sanfona no Paço Municipal.
Segundo Sebastião Meira Santos da farmácia veterinária, o imóvel foi construído pelo intendente Major Aureliano Alves de Carvalho em 1922 e a planta foi um compromisso de um alemão comprador de pedras preciosas, aqui na cidade, que ficou de trazer da Alemanha a planta, e atender o desejo do major, em construir um prédio para abrigar o Paço municipal, sendo secretário Belarmino Jacundes Lobo.
A notícia da demolição desse prédio de muitas histórias políticas, repercutiu negativamente entre os amantes da história pública do município, pois o imóvel é considerado um símbolo do patrimônio histórico da cidade. Segundo o deputado Benjamin Farah (MDB-RJ), “Tudo o que é tradicional é destruído”. Portanto, deve-se conservar este imóvel que representa a história política de Brumado.
Não há nenhum argumento e ou motivo para essa demolição, é um absurdo dos que desconhecem a história. Espera-se que os vereadores, legítimos representantes do povo, tomem uma posição em defesa do patrimônio histórico municipal e que haja também reação da sociedade contra essa atitude incoerente da atual administração municipal.
Propositadamente, o imóvel está completamente em estado precário, em ruínas, um descaso inominável do poder público. Seria oportuno que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia-IPAC fizesse o tombamento do prédio de valor arquitetônico e histórico inquestionável, salvaguardando a cultura histórica e política de Brumado.
Enquanto a demolição não acontece nesse mandato, apela-se para que outra administração, tome uma atitude coerente, faça a reforma do imóvel, para que não desapareça e os jovens tomem conhecimento do fato e não fiquem no ouvi dizer. A sua conservação é imprescindível.
No livro Recordar é Viver, autoria de Agnelo dos Santos Azevedo, consta: “É um erro não conservarmos os nossos patrimônios históricos, para conhecimento da nova geração […].