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Panelaço, um protesto democrático

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Ocorreu, num dia deste março de 2020, um grande panelaço como forma de protesto contra o atual governo federal, por cometer ações que desagradam os nacionais em todos os níveis. Toda forma de protesto deve ser sempre muito bem-vinda, ela nos aponta a maneira como as atitudes  estão chegando ao nosso público!

O grande problema dos protestos é que eles nem sempre são justos com os esforços que estão sendo feitos, considerando as circunstâncias em que as agonias foram encontradas, geradas, antes de as soluções serem encontradas.

Por exemplo, perguntei a algumas pessoas que participaram do panelaço, qual a razão de participarem daquela movimentação? Informaram que era contra o governo! Sim mas contra que atitudes e ações do governo o protesto está sendo endereçado? Não houve uma resposta clara, incisiva, objetiva! Isso depõe em muito contra quem participou da indignação! Esta se deveu a quê, objetivamente? Não souberam responder!

Quando alguém, seja lá quem for, assume a administração de um país, das dimensões e complexidades das do Brasil, uma pergunta deve ser respondida, logo a seguir assumir as responsabilidades do país: O que é possível fazer com as condições que temos presentemente e em que tempo isso é possível de ser realizado? A partir daqui é possível ter uma dimensão do tamanho das nossas ações em direção das exigências de todos aqueles que esperam por nós!

Vamos ver o país como estava em janeiro de 2019: taxa de juros, uma das mais elevadas do planeta; a Petrobrás em graves dificuldades, por tudo o que sabemos; a Eletrobrás em sólidas dificuldades, dentre muitas outras situações em condição de quase penúria, como é do conhecimento de todos!

Dentro desse contexto considerável é importante não confundir as atitudes necessárias, urgentes de serem tomadas, com as ações  possíveis de serem praticadas, dadas as condições disponíveis para que as mesmas possam ser realizadas!  Protestar é maravilhoso quando não se tem a responsabilidade de encontrar soluções rápidas e urgentes para nada que não nos diga respeito diretamente!

A situação do país já era intricada por toda a herança recebida de quem se serviu do país e não de quem serviu o país. A inesperada chegada de uma simples pandemia tornou desesperador o que já era aflitivo.

Participar do panelaço foi uma forma de aplaudir o mensalão e o petrolão! Foi uma forma de dizer: “Eu sou conivente assumido!”

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744