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Para sempre

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E aí Você, que nunca usou qualquer adereço, um dia, ganha um anel.

Um anel?                                                                          

Não!

O anel.

Encantada, estica o dedo e deixa que ele seja delicadamente acomodado.

Mas nunca usou nada na vida, por que usaria agora?

Como não usar?

Como não se alegrar com tal mimo?

Não era um anel, era O anel.

E, depois que o dedo, desnudo desde sempre, passa a ser pelo anel enlaçado, precisa aprender a se comportar.

Não só ele, Você também.

Certeza.

Quando saiu, após o enlace, sentiu como se estivesse carregando o sol no dedo anular.

E que todos, indistintamente, olhavam, sem cerimônia, para sua felicidade sem começo nem fim.

Passou a “sentir” o próprio dedo e o adereço que agora levava e, a cada instante, procurava por ele com os olhos, os dedos, passando no braço ou na perna.

Por estar absolutamente encantada.

Absurdamente desacostumada.

A ideia do “para sempre” ter um anel foi tomando conta da sua pessoa, eu sei. E te vejo de quando em vez ensaiando como será quando ele mudar de dedo, mudar de mão.

Relaxa, menina, curta enquanto ele está nesse dedo, porque, no outro, aí sim, vai ficar para sempre.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744