Frente pela Inovação na Bioeconomia é relançada com agenda econômica voltada para o incentivo à inovação e à sustentabilidade
Por: Bruno da Silva/Brasil 61
O relançamento da Frente Parlamentar Mista pela Inovação da Bioeconomia reuniu, nessa quarta-feira (3), parlamentares, especialistas e autoridades na Câmara dos Deputados. Presidente da frente, o deputado federal Evair de Melo (PP-ES) defendeu o aprimoramento do tema para o crescimento do país, além de pensar em políticas públicas voltadas para uma economia verde.
“Objetivo do grupo, naturalmente, é ouvir o setor e trabalhar na elaboração de lei que valorizem esse setor de bioeconomia, que tem um grande potencial em nosso país. A bioeconomia tem potencial pra gerar impacto de US$ 2 a 4 trilhões por ano entre 2030 e 2040. Uma aplicação de setores que vai da agricultura, cosmético, energia, farmacêutico, químicos, papel celulose, entre outros. A ideia é ouvir esse setor e atuar aqui na casa para que o parlamento possa dar resposta e criar um ambiente do poder legislativo para que as coisas aconteçam.”
O colegiado foi criado em 2019, com o objetivo de impulsionar a agenda legislativa ligada ao desenvolvimento econômico de baixo carbono no Brasil, sendo uma porta para a criação de incentivos para uma economia sustentável com a utilização de novas tecnologias e recursos naturais, ou seja, recursos infinitos e que podem ser reutilizados sem afetar a natureza.
Bioeconomia pode somar US$ 284 bi por ano ao faturamento industrial até 2050
A secretária Nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente, Karina Pimenta, avalia o tema como importante para o futuro do Brasil. Para ela, a frente vai ajudar no desenvolvimento sustentável e impulsionar o diálogo sobre o tema.
“A bioeconomia é de fato o futuro, uma parte importante desse futuro que estamos falando. E ter essa interlocução entre o parlamento, entre o executivo, para implementação de políticas públicas de ações de um debate qualificado sobre as diferentes bioeconomias que estamos falando, estamos falando de Amazônia, estamos falando do insumo do Nordeste, Norte, do Centro-Oeste. Temos falado de várias bioeconomias que vão utilizar recursos da nossa biodiversidade brasileira que tem muito valor para fazer esses processos industriais, tecnológicos, científico que podem representar um salto econômico muito grande”, aponta.
A frente parlamentar ainda anunciou a instalação de uma organização social que vai gerir o Centro de Biotecnologia da Amazônia. Este passa a ser um bionegócio da Amazônia para criação de parcerias entre a iniciativa privada e o estado, a fim de promover produtos e negócios, usando a biodiversidade. O decreto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nessa quarta-feira (3).