Viajamos em quase fins de janeiro, para Portugal, fugidos do calor de mais de quarenta graus, para o frio gostoso que está aqui em além-mar, oscilando em torno de dez graus. É um frio um pouco mais seco que o nosso, no sul do Brasil. É claro que a gente se preveniu com os agasalhos necessários: casacões, gorros, luvas, cachecóis, suéters, meias grossas. E acaba-se ficando até elegante.
Pois eis que senão quando, tivemos notícias do clima no sul do Brasil, da Santa e bela Catarina, que havia geado na serra! Imagine, em pleno verão de dias que ultrapassaram os quarenta graus, geada na serra. Esse nosso clima anda mesmo descontrolado. Pois aqui, também, em Braga e no Porto, andamos de manga de camisa no dia 30 de janeiro. Estava um sol esplendoroso e pudemos ficar bem à vontade.
Mas a terrinha continua linda. O céu de brigadeiro, com este sol esplendoroso, que refletindo no Rio Tejo, confere essa luz única à Luzboa, é uma beleza. Meus olhos não se cansam de olhar para as belezas dessas terras portuguesas, nem minhas pernas se cansam de andar por elas, para admirá-las tanto mais quanto possível.
Estivemos no Cristo Rei de Almada, o filhote do nosso Cristo Redentor. A vista lá de cima é fantástica. Está a 113 metros acima do nível do Tejo e o monumento todo tem 110 metros de altura. O pedestal tem 82 metros de altura e o Cristo Rei tem 28. De lá se tem a melhor vista da Ponte 25 de Abril e uma vista privilegiada do outro lado do Rio Tejo, as sete colinas onde fica Lisboa.
Já conhecemos muitas cidades portuguesas, como Coimbra, Évora, Guimarães, Óbidos, Ourém, Peso da Régua, Crasto (é cidade? Nem sei, mas é lindo, no Vale do Rio Douro, como a Régua), Porto, Aveiro, Sintra e tantas outras, mas nesta nona ou décima vinda a Portugal, já voltamos ao Porto, visitamos Braga, Barcelos (o berço do Galo, um símbolo de Portugal), Cascais e temos um sem número de cidades e lugares para ver.
Por falar em ver, fomos ver a mostra Modernistas Brasileiros, no Museu Berardo, na semana passada. Uma coleção imensa e completa de todos os grandes pintores brasileiros de todas as épocas, como Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Di Cavalcanti e Candido Portinari e muitos, muitos outros. Uma oportunidade única de admirar grandes artistas brasileiros.
E não estamos nem na metade da viagem. Ainda temos de ir à França e Itália, mas voltamos para Portugal. Muito há para se ver e para se encantar por aqui, sempre.