Por Maria Sossmeier <sistemas@pr.comuniquese1.com.br>
- Foram 196 solicitações requiridas no período;
- Setor de “Serviços” segue responsável pelo maior volume de requisições (90).
São Paulo, 29 de outubro de 2024 – Segundo os dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, foram registradas 196 requisições de recuperações judiciais (RJs) em setembro, o que representa uma queda de 17,6% em relação ao mês anterior. Em comparação com o mesmo período de 2023, houve alta de 44,1%. Confira a seguir o gráfico com os dados dos últimos 12 meses:
“Embora tenha havido uma queda em setembro, o número de pedidos de RJs permanece elevado. Isso se deve às altas taxas de juros, que aumentam o custo do crédito e dificultam o pagamento das dívidas pelas empresas. A crescente inadimplência dos consumidores também impacta negativamente o fluxo de caixa das companhias, enquanto a dificuldade de acesso ao crédito restringe suas opções de financiamento. Além disso, a inflação reduz o poder de compra dos consumidores, diminuindo as vendas e afetando a saúde financeira dos negócios. Esses fatores combinados criam um ambiente desafiador, levando muitos CNPJs a recorrerem à recuperação judicial como uma forma de reestruturar suas dívidas e continuar operando”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
A análise mostrou, também, que a maioria das requisições de recuperações judiciais foram realizadas por empresas do setor de “Serviços” (90), seguido por “Comércio” (42) requisições. Em seguida, ficaram “Primário (41) e “Indústria” (23). Veja, a seguir, o detalhamento desta visão:
Na visão por portes, as solicitações de recuperação judicial foram lideradas pelas “micro e pequenas” empresas (MPEs), com 148 pedidos. Os negócios de porte médio vieram em seguida (26) e, por último, os “grandes” (22). Confira na tabela a seguir o comparativo completo:
Falências também registraram queda em setembro
Os pedidos de falências apresentaram redução de 9,0% na comparação com o mês anterior, com 91casos registrados em setembro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 26,4%. As “micro e pequenas” empresas lideraram em número de requerimentos (64), seguidas pelas “grandes” (16) e “médias” (11).