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PEDRO ÁLVARES CABARAL

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Biografia de personalidades célebres de Carolina Rennó Ribeiro de Oliveira – com acréscimos nosso.

Por Antônio Novais Torres

O rei Dom Manuel I, que a seu nome acrescentara o título de “O Venturoso”, confiou o comando da esquadra de 1500 a Pedro Álvares Cabral, Alcaide – Mor de Azurara e Senhor de Belmonte.

Nasceu em 1467 (ou 68) filho de D. Fernão Cabral e Isabel Gouveia.

A biografia do fidalgo Beirão  revela poucos pormenores, sabe-se   que herdou de seu pai o senhorio de Belmonte.

Pedro Álvares Cabral, como era o 2º filho, assinava  Pedro Alvares Gouveia, pois naquele tempo só o primogênito podia usar o sobrenome do pai. Com a morte do irmão, João Fernandes Cabral, ele passou a usar o CABRAL  paterno, passando a assinar  Pedro Álvares Cabral.

No dia 1º de março de 1500 o monarca referiu-se em carta enviada ao rei de Calicut, com a expressão Pedro Álvares Cabral, confirmando a mudança.

A conselho de Vasco da Gama, D. Manoel I nomeou Cabral para comandar a 1ª expedição à Índia e dela faziam parte: Sancho Tovar, Nicolau Coelho, Bartolomeu Dias, Simão de Pina, frei Henrique Soares, Gaspar de Lemos, Pero Vaz de Caminha, o físico mestre João e Duarte Pereira.

Dois anos antes, em 1498, Duarte Pacheco Pereira, cosmógrafo português, foi  enviado por D. Manoel I a localizar as terras portuguesas situadas dentro do Tratado de Tordesilhas, que ele havia assinado, como testemunha.

No dia 9 de março de 1500 Pedro Álvares Cabral comanda a grande expedição de devia seguir para a Ásia. Recebeu orientação de Vasco da Gama e Bartolomeu Dias, que  conheciam a travessia. Serviu-lhe como piloto, de Lisboa à Provincia de Santa Cruz, Duarte Pacheco Pereira.

Compunha-se a esquadra de dez naus de guerra, um navio de transporte e três embarcações.

Ao partir de Lisboa recebeu recomendações reservadas de D. Manoel I.  No trajeto passaram  pelas ilhas Canarias, nessa ocasião extraviou-se  a nau de Vasco Ataíde.

Sempre rumando para o Oeste, os marinheiros de Cabral avistaram sinais de terra a 21 de abril e a 22 pisaram terra firme. Ao primeiro monte avistado deram o nome de Monte Pascoal e à terra descoberta o nome de Ilha de Vera Cruz, por julgarem-na uma ilha. Procuraram um lugar seguro para ancorar os navios, entre a ponta da Coroa Vermelha e a Baia de Santa Cruz, que denominaram de Porto Seguro, hoje Cabrália.

Foram rezadas duas missas por frei Henrique Soares, da cidade de Coimbra, a 26  de abril e a 1º de maio, no ilhéu da Coroa Vermelha. Gaspar de Lemos voltou a Portugal, levando a D. Manoel a boa nova do descobrimento. Pero Vaz de Caminha – escrivão da frota  dirigiu a D. Manoel em 1º de maio de 1500, uma carta em que relata os pormenores do notável sucesso, descrevendo a vigorosa natureza americana e os costumes primitivos dos indígenas. O escritor português Souza Viterbo escreveu: “Pero Vaz de Caminha é a primeira narrativa do descobrimento do Brasil”. Pero Vaz de Caminha nasceu em Portugal em 1450 e  faleceu em 15 de dezembro de 1500  em Calicute na índia.

Em 2 de maio Cabral rumou para as índias, deixando em Vera Cruz dois degredados e dois marinheiros.

Na travessia do Sul da África, quatro naus se perderam numa violenta tempestade, inclusive a de Bartolomeu Dias, que conhecedor da rota, guiava a nau capitânia. Nesse naufrágio pereceu o descobridor do Cabo das Tormentas, o qual foi dobrado por ele  em 1488.

Depois desses reveses, Cabral chega em Quiloa, Melinde, Calicut e Cochim, de onde regressa a Portugal, com quatro das treze naus que saíram de Lisboa.

Cabral faleceu em 1520 em Santarém e está enterrado no convento da Graça em Santarém e no seu túmulo está escrito: “Aqui jazem Pedro Álvares Cabral e dona Isabel de Castro sua mulher”. Com ela teve seis  filhos: Fernão Álvares Cabral; Antonio Cabral; Catarina de Castro; Guiomar de Castro; Isabel e Leonor.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744